segunda-feira, 2 de julho de 2012

Investimento no Promar será ampliado

 
 As acionistas STX Norway Offshore e PJMR        Empreendimentos LTDA vão ampliar os investimentos no Estaleiro Promar S.A., empreendimento em instalação na ilha de Tatuoca, na zona industrial portuária do Complexo de Suape. Dos R$ 170 milhões iniciais, a cifra passará a R$ 205 milhões, valor já aprovado pelo Fundo da Marinha Mercante e que aguarda aprovação do órgão financiador do estaleiro, o Banco do Brasil (BB). O aumento, disse o diretor da STX OSV, Dail Cardoso, está relacionado a melhorias e complementos feitos ao projeto básico.

Vizinho ao Estaleiro Atlântico Sul, o Promar deve começar a cortar a chapa de seu primeiro navio em maio de 2013 e, prevê a direção, estará totalmente concluído no segundo semestre do mesmo ano.
Segundo estaleiro de Pernambuco, o Promar tem oito navios gaseiros encomendados pelo Programa de Modernização da Frota (Promef) da Transpetro (empresa logística da Petrobras), total avaliado em US$ 536 milhões (R$ 995 milhões, na cotação de ontem). Estrategicamente, o primeiro deles já está em fabricação no Rio de Janeiro – é também o primeiro do tipo fabricado pelo grupo no Brasil. De acordo com Cardoso, um consórcio com o estaleiro CGU, no Rio, está fabricando o casco.

O diretor disse que a obra do Promar está dentro do cronograma da empresa, depois de entraves (principalmente ambientais) que retardaram seu início. A terraplanagem (com supressão vegetal de mangue e restinga) foi iniciada pelo Complexo de Suape em novembro de 2011. Estando as estruturas da oficina de corte de aço, jateamento de pintura e pátio de aço concluídas, começa o corte do segundo navio da encomenda. No calendário dessa embarcação, a batida de quilha (batismo) está programada para outubro de 2013 e o lançamento ao mar, entre março e abril de 2014.
 
Iniciar a encomenda do Promef no Rio de Janeiro faz parte de uma “estratégia de antecipação” da STX OSV (empresa de capital coreano). “Dessa forma, atendemos à Transpetro de um lado e abrimos frente para encomendas de outros tipos de embarcações sem afetar o calendário”, descreveu.

Os gaseiros do Promef são embarcações com cerca de 150 metros de comprimento. Na encomenda do Promef, há três tamanhos, de dois mil metros cúbicos (m³) de capacidade, sete mil m³ e 12 mil m³.
Cardoso explica que o foco é o mercado de navios especiais, de apoio à exploração de petróleo.

Por aí seguirão os negócios do Promar, depois dos gaseiros. “São navios que têm bastante tecnologia embarcada e várias aplicações, desde os transportadores de materiais até manuseios de âncoras e construção subaquática”, detalhou. Em geral, essas embarcações são construídas para clientes da Petrobras, mas a STX tem amplo mercado internacional.

FOLHA-PE

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