sábado, 30 de abril de 2011

Grupo vai gerar 1,2 mil empregos

Brasanitas abre primeira filial no Recife e investirá R$ 15 mi em 3 anos

O Recife é a primeira capital nordestina a receber filial do grupo Brasanitas, especializado em limpeza ambiental, higienização hospitalar e manutenção predial. As operações começaram em janeiro e já renderam R$ 400 mil de retorno financeiro, respondendo aos investimentos de R$ 2 milhões, estimados somente para a filial recifense, até o fim do ano. A unidade já emprega 350 profissionais, número que deve crescer, segundo expectativa da empresa. Em 2011, também está previsto o início de atividades em Salvador. Nos próximos três anos, o grupo estima investir R$ 15 milhões e gerar 1,2 mil empregos na unidade do Recife.

Desse montante, R$ 5 milhões serão direcionados à qualificação de mão de obra, prioritariamente local. De acordo com o gerente de Marketing e Comunicação do Brasanitas, Gauthama Nassif, o grupo já fechou contrato com grandes empresas em Pernambuco, como Kraft Foods (em Vitória de Santo Antão), Shopping Tacaruna, Unimed e Memorial São José. “O crescimento econômico do Estado foi o que mais chamou a atenção. Estudamos as possibilidades por mais ou menos um ano”, esclareceu. O Brasanitas inclui quatro empresas: a Brasanitas (de limpeza e conservação ambiental), a Brasanitas Hospitalar (com foco em higienização de hospitais, clínicas e laboratórios), Praxxis (de controle de pragas) e a Infralink (de logística interna, infraestrutura e manutenção predial).

Nassif falou da dificuldade em encontrar mão de obra, embora o Brasanitas exija apenas nível médio e arque com todo o processo de capacitação dos seus funcionários. O grupo cadastra candidatos para as vagas de emprego através do site www.brasanitas.com.br, no link “relacionamento”. O Brasanitas tem sede em São Paulo, onde atua no interior, em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Curitiba. A empresa, que faz 50 anos de mercado em 2012, tem 20 mil funcionários e chega a faturar R$ 400 milhões por ano. A previsão de crescimento é de 15% para 2011.

Tatiana Notaro | Folha de Pernambuco

Desafios da nova ISO 26000

combate à discriminação e à corrupção são desafios para a implantação da ISO 26000, a norma internacional de responsabilidade social, nas empresas brasileiras. A afirmação é do presidente mundial da ISO 26000, Jorge Cajazeira, que esteve no seminário de divulgação da norma, realizado na última semana, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.


Segundo Cajazeira, as empresas brasileiras associam, na maioria das vezes, responsabilidade social à filantropia, mas não é só isso. Ele destaca que várias grandes empresas que faliram tanto no Brasil quanto no mundo estavam envolvidas em esquemas de corrupção. “A questão de envolvimento com fraudes, de má governança organizacional e até erros nas atitudes socioambientais são os fatores que mais levam empresas à falência e não apenas questões eminentemente financeiras”, destacou.

O gerente-executivo de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI, Emerson Casali, disse que a norma ISO 26000 veio para esclarecer o tema para as organizações e associar a responsabilidade social a ações éticas. “As empresas passam a mudar a ideia de apenas financiar ações beneficentes, mas de ter uma atitude correta com todas as partes envolvidas. Essa mudança de pensamento é fundamental para a construção de um país mais sustentável”, afirmou.

Para o gerente-executivo da Unidade de Responsabilidade Social do Serviço Social da Indústria (SESI), Alex Mansur, o tema deve ser visto como forma de melhorar os negócios. “As preocupações com a responsabilidade social torna a gestão das empresas mais ágil e transparente”, disse.

Cerca de cem pessoas participaram do seminário de divulgação da ISO 26000. O evento é uma parceria da CNI com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e com as empresas Suzano, do setor de papel e celulose, e da Petrobras. Outros encontros para apresentar a norma a empresários foram realizados desde o ano passado em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Neste ano, serão realizados outros eventos em capitais do país.

Fonte: FIEPE

Fonte: CNI

Kraft abre fábrica na 3ª feira

INDÚSTRIA Grupo investiu US$ 50 milhões na unidade que será inaugurada em Vitória e já programa ampliação de US$ 20 milhões

A Kraft Foods Brasil inaugura na próxima terça-feira, a primeira fábrica da companhia em Pernambuco, no município de Vitória de Santo Antão. O evento, programado para começar às 9h30, vai contar com a presença do presidente da operação brasileira, Marcos Grasso, e do governador Eduardo Campos. O grupo investiu US$ 50 milhões na unidade e já projeta um aporte de US$ 20 milhões na ampliação da planta.

O projeto inicial da unidade era para produção de sucos em pó e chocolates, mas a perspectiva é que também passe a fabricar o biscoito salgado Club Social, que é produzido atualmente na fábrica da Kraft em Piracicaba (SP). A unidade de Vitória de Santo Antão iniciou a produção em fase de teste em fevereiro, com a fabricação dos sucos em pó das marcas Tang, Fresh e Clight. O início da produção de chocolates ocorreu este mês. Das linhas de produção vão sair tabletes da marca Lacta: Diamante Negro, Laka e Milka. A construção da fábrica teve início em dezembro de 2009.

Para garantir mão de obra, a Kraft treinou 1.200 profissionais por meio da sua Universidade do Alimento, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A estimativa é que o número de contratados chegue a 600 neste início de operação.

Para o projeto de ampliação, a Kraft já deu entrada na solicitação de licença de instalação junto à Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH). A companhia conta com uma área de 300 mil metros quadrados em Vitória de Santo Antão.

Jornal do Commercio

Mundo e País afetam perspectivas de PE

Embora Pernambuco viva um momento diferenciado, com acelerado processo de atração de investimentos, a elaboração dos cenários precisa levar em conta a conjuntura mundial e brasileira. Em âmbito interno, estão na lista de preocupações variáveis macroeconômicas, como as reformas tributária, trabalhista e previdenciária, além da pressão inflacionária, que se transformou em um dos principais desafios no início da gestão da presidente Dilma Rousseff. No ambiente global, o alerta é para a crise econômica, que perdura em alguns países, a guerra cambial e o impacto das mudanças climáticas.

Apesar de ter superado a crise econômica global melhor que o Brasil e o mundo, Pernambuco não está imune aos impactos externos”, alerta Sérgio Buarque. O economista lembra que o Brasil ainda tem uma taxa de investimento baixa, respondendo por 19% do PIB, diferente do que acontece em outros países emergentes.

Brasil e Pernambuco também precisam estar atentos ao ciclo mundial de mudança da matriz energética. Apesar de o petróleo ainda ser uma fonte importante nos próximos 20 anos, principalmente no País em função da descoberta do óleo submerso do pré-sal, o mundo aposta nas energias alternativas. As pesquisas avançam na direção de novas fontes, a exemplo do etanol de celulose, pesquisado atualmente no Brasil e Estados Unidos.

“A discussão da matriz energética vai remeter ao problema das mudanças climáticas. Mesmo que o mundo esteja se movimentando para reverter a situação, os impactos já são percebidos e serão fortes no Brasil e no Nordeste. Pesquisa da Embrapa aponta os rebatimentos no Semiárido, que vão desde a perda de áreas devido à desertificação, passando pela evaporação dos recursos hídricos. Isso vai reverberar na diminuição da produtividade da agroindústria na região”, observa o sócio da Multivisão.

INOVAÇÃO

A competitividade brasileira poderá não ser atingida por falta de investimentos em tecnologia e inovação. O País apresenta algumas melhoras em números de pesquisadores e produção científica, mas ainda está muito distante das nações desenvolvidas. O baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) é uma realidade nos setores público e privado.

“Em Pernambuco, as empresas que apostarem em P&D e se credenciarem como fornecedoras de grandes empreendimentos, como a refinaria e o polo petroquímico, estarão se credenciando para atuar no mercado internacional”, diz Sérgio Buarque.

Jornal do Commercio

Dilma assina MP que dá ao etanol caráter ‘estratégico’

A presidente Dilma Rousseff assinou ontem medida provisória transformando o etanol em combustível estratégico e não em mero derivado da produção agrícola. A MP também reduz a mistura do anidro na gasolina de 25% para 18%. Como adiantou o Valor, Dilma já havia sinalizado com essa proposta há 20 dias, na primeira reunião que teve com diversos ministros para discutir o aumento do preço do etanol. A medida permitirá que o governo tenha mais controle sobre os estoques em mãos privadas e nas estatísticas sobre oferta e demanda, já que o controle passará a ser feito diretamente pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

No encontro, do qual participaram os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão; da Agricultura, Wagner Rossi; da Casa Civil, Antonio Palocci; e da Fazenda, Guido Mantega, Dilma disse que era preciso encontrar caminhos para sanear o setor. Chegou a afirmar que, caso os Estados Unidos suspendessem o embargo ao etanol brasileiro, o país “passaria o vexame de não ter produção suficiente para atender o mercado americano”.

Dilma pretende usar o instrumento de regulação para mostrar força perante os usineiros. Dilma também determinou à Petrobras Biocombustíveis mais rapidez nos investimentos em produção de etanol. A estatal, que atualmente produz 1 bilhão de litros em dez usinas, deve aumentar essa produção para atender o mercado interno e externo.

O governo considera ser necessário investir R$ 15 bilhões por ano ao longo da próxima década para garantir a oferta interna e atender a esperada demanda internacional pelo etanol de cana-de-açúcar. A crise no etanol levou o produto a atingir um preço praticamente igual ao da gasolina, eliminando a competitividade dos carros flex fuel.

Dilma ainda analisa a possibilidade de taxar em 4% a exportação de açúcar. A presidente reclama que os usineiros preferem produzir açúcar ao etanol, movidos pelo aumento na cotação da commodity no mercado internacional. Avaliações mostram que os preços do açúcar superam os do etanol em 75%.
Para o governo federal, medidas concretas para conter o aumento do etanol são importantes para dar um sinal claro da disposição do governo em controlar a inflação, que ameaça ultrapassar a meta de 6,5%.

Fonte:Valor Econômico/Paulo de Tarso Lyra | De Brasília

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Construção da Novartis ainda sem início definido

Um dos maiores investimentos do polo farmacoquímico do Estado, a indústria da Novartis, ainda não tem data para o início da construção – mesmo um ano e sete meses depois de um megaevento que teoricamente marcaria a pedra fundamental da obra. Procurados para comentar o projeto, integrantes da Novartis se limitam a dizer que o prazo para operação está mantido para 2014, embora não divulguem qualquer previsão de início das obras.
A questão é que como nenhum movimento para a construção foi feito no local até agora, e o inverno praticamente já chegou, qualquer intervenção só deverá ser feita, na melhor das hipóteses, quando o verão chegar, no último trimestre do ano. Apesar disso, a nota enviada ao JC garante que o projeto tem como data-limite para operação o ano de 2014, o que daria pouco mais de dois ano de obra para um projeto teoricamente complexo. Uma unidade como essa, mesmo estando pronta, precisa ser avalizada para entrar em operação. É o que vai acontecer, por exemplo, com a fábrica da Empresa Brasileira de Biotecnologia e Hemoderivados (Hemobrás).
Muita coisa ainda não foi esclarecida com relação ao investimento do laboratório suíço Novartis. Na verdade, até mesmo a produção não foi oficialmente apresentada. Inicialmente, o projeto previa uma fábrica para suprir o Brasil de vacinas contra doenças como meningite, por exemplo. Mas nem isso foi oficializado.
O custo do empreendimento também engloba uma variável e tanto, podendo, segundo a própria empresa suíça, ficar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões. Ou seja, a planta poderá custar R$ 471 milhões ou R$ 785 milhões, pela cotação do dólar de ontem (R$ 1,57).
Em setembro de 2009, a indústria gastou mais de R$ 1 milhão em um evento, no terreno da futura unidade, com a presença do então ministro da Saúde José Gomes Temporão e todo o staff da Novartis. Na época, muitos chegaram a acreditar que o projeto de fato sairia do papel. Hoje, conseguir encontrar o terreno da futura unidade é até difícil diante da falta de sinalização.
Apesar das incertezas que envolvem o projeto, a área reservada para a Novartis dentro do polo farmacoquímico é a maior, com 36 hectares.
Questionado sobre o assunto, o governo do Estado, que já alardeou o investimento o quanto pôde, argumenta, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico que “não há novidade sobre o projeto”.

HEMOBRÁS

Embora tenha amargado durante alguns anos a crítica da oposição quanto à demora na sua construção, a Hemobrás é agora o único empreendimento que efetivamente em obras, com previsão de conclusão do primeiro bloco para junho. A unidade deve operar em 2014.

Carla Seixas | Jornal do Commercio

Investimentos no município de Escada foram sub-avaliados na pesquisa Empresas e Empresários da TGI

O Jornal do Commercio publicou nesta terça-feira(26) a matéria “Novo Mapa Econômico de PE”, destacando a 11ª edição da pesquisa Empresas e Empresários realizada pela TGI e Instituto da Gestão INTG, na qual estaria sendo apresentada “a nova configuração  de investimentos produtivos e de infraestrutura” espacialmente distribuídos em Pernambuco e em uma projeção temporal  até 2020 quando os investimentos que “desembarcam em Pernambuco” devem superar, segundo a pesquisa, os 70 bilhões.
Embora o texto da matéria não detalhe os números por município, o mapa que ilustra a matéria destaca alguns pólos e municípios, foco destes investimentos, classificando-os através de uma legenda com uma série que inicia com pólos ou municípios cujos investimentos não ultrapassam 10 milhões de reais e fecha com pólos que terão investimentos até 100 bilhões, somados os investimentos produtivos e de infraestrutura.
Encontrar o município de Escada neste mapa da nova configuração dos investimentos e porque não dizer do desenvolvimento de Pernambuco não foi surpresa. A surpresa veio com a classificação do município. É o único que aparece na base da legenda, informando ao leitor que os investimentos no município de Escada, que está entre os três maiores da Mata-sul junto com Vitória de Santo Antão e Palmares e que integra o Território Estratégico de Suape, não ultrapassariam 10 milhões de reais.
Não sei qual a origem do erro, já que ainda não tive acesso ao texto original da pesquisa e estou me baseando na matéria do JC, mas o fato é que, mais uma vez, Escada é sub-avaliada em sua importância no novo cenário do desenvolvimento econômico do Estado de Pernambuco, com números que estão muito, mas muito, distantes da realidade.
Para não nos alongarmos demasiadamente, vamos aos números. E aqui pretendo apresentar apenas os investimentos já recebidos ou em andamento, considerando os últimos 2 ou 3 anos.
INFRAESTRUTURA *
Milhões de reais
Linha de transmissão (LT69) de energia elétrica para Distrito Industrial
1,2
PAC – água e esgoto
16,0
Pavimentação do Distrito Industrial
2,5
TOTAL
19,7
(*) Para não fugir aos itens que aparecem no mapa da matéria, não estou acrescentando outros investimentos em infraestrutura em andamento na cidade como o Aterro Sanitário, Abatedouro municipal e pavimentação de ruas feitas pelo município nos últimos anos.
INVESTIMENTOS PRODUTIVOS – NOVAS EMPRESAS
Milhões de reais
TUBOS E CONEXÕES TIGRE
40,0
MERCOTUBOS / MAXEN
25,0
ALPHATEC S/A
20,0
NORPACK / ROYALPACK
14,0
MCM CONSTRUÇÕES E MONTAGENS
7,0
PLASTSPUMA / ORTOLITE
5,0
EBSE
5,0
MAX PINTURAS
3,5
PPL MANUTENÇÃO E SERVIÇOS
3,2
TAJET
3,0
DOLBLES
2,0
Masterpol, Limeira Logística, TMC logística, Pégasus
1,2
TOTAL
128,9
São, portanto, quase 150 milhões de reais em investimentos somando infraestrutura e novos empreendimentos, o que coloca Escada na faixa até 500 milhões proposta pela pesquisa e publicada no mapa; e isso considerando investimentos já realizados ou em andamento. Se fizermos a projeção para 2020 estes números cresceriam significativamente. Deixo o cálculo, no entanto, aos especialistas.

Suape: desafio é evitar enclave

Com empresas que atuam no mercado global trabalhando com alta tecnologia, a consolidação do Polo de Suape representa um desafio para o Estado: transformar os investimentos em desenvolvimento social. Especialistas da Pesquisa E&E advertem para o risco do complexo se transformar numa área industrial isolada. Um exemplo recorrente tem sido o Polo de Camaçari, implantado na Bahia, nos anos 70, que também abriga indústria petroquímica e uma montadora de automóveis.
Como muitos dos milhares de empregos diretos gerados no Polo de Suape demandam profissionais especializados, para os consultores da E&E, a geração de empregos para a mão de obra local depende da criação de outras atividades econômicas, movidas pelo “efeito renda” de Suape. “Em Camaçari, não houve a passagem do desenvolvimento para o seu entorno. O polo formou um enclave. O processo em Suape está se dando numa dinâmica diferente, mas temos o desafio de evitar que aconteça em Pernambuco o exemplo da Bahia”, disse a consultora Fátima Brayner, sócia da TGI.
Os números de empregos gerados e o crescimento do PIB de Ipojuca e do Cabo, mesmo com os empreendimentos ainda em fase de instalação, expõem os municípios a uma migração acelerada de pessoas em busca de oportunidades. “Suape passou a ser um investimento de Estado e não de governo. É preciso ter uma ação sistematizada, um engajamento da sociedade, governo e empresários. Esse momento de qualificar a discussão sobre o futuro de Suape é fundamental”, afirma o consultor Ricardo de Almeida, sócio da TGI.
Como os problemas urbanos e sociais criados pelo rápido desenvolvimento da região – como violência e mobilidade – não são restritos aos municípios individualmente, mas envolvem a toda a região, o consultor Leonardo Guimarães Neto, sócio da Ceplan, defende que eles sejam tratados de forma conjunta. “Suape pegou Pernambuco despreparado. Há muitos gargalos, mas temos que olhar esses problemas dentro de um conjunto regional. É preciso melhorar a eficiência estratégica de cada um dos municípios impactados diretamente pelo porto, mas eles têm que atuar conjuntamente, sobretudo nos estrangulamentos de infraestrutura

Pilar é vendida para detentora da Vitarella

Empresa cearense M. Dias Branco desembolsou R$ 70 milhões
O grupo cearense M. Dias Bran­co, líder nacional na fabrica­ção de massas e biscoitos e de­tentor da marca Vitarella, anun­ciou ontem a compra da Pi­lar por R$ 69,922 milhões. A em­presa pernambucana, repre­sentada pela NPAP Alimentos S.A., obteve em 2010 uma re­ceita líquida de R$ 107,5 milhões. A negociação visa o fortalecimento da companhia no Nordeste.
Do investimento total da transação, R$ 45,072 milhões serão pagos à vista. Os outros R$ 24,850 milhões serão parcelados, sendo R$ 3,85 milhões desembolsados em 90 dias e o saldo remanescente de R$ 21 milhões pagos ao final de seis anos, descontados possíveis contingências.
O contrato de compra e venda da Pilar ainda será submetido à ratificação pela assembleia geral extraordinária de acionistas e à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia vinculada ao Ministério da Justiça brasileiro.
Em encontro com o governador Eduardo Campos, ontem, o presidente do grupo, Ivens Dias Branco, ressaltou que a compra da Pilar representa o objetivo de “criar uma base forte no Estado, um dos que mais crescem no País”.
Em comunicado ao mercado, a M. Dias Branco declarou que “a operação está inserida na estratégia da companhia de participar ativamente do processo de consolidação do setor, ampliando sua liderança nacional nos segmentos de massas e biscoitos, além de agregar valor pelo ganho de eficiência nas unidades moageiras e na fábrica de gorduras vegetais do grupo”.
Ainda de acordo com o comunicado, com a aquisição, a participação do grupo M. Dias Branco no mercado nacional de biscoitos deve passar de 22,2% para 23,4% e de 22,4% para 24,7 % no setor de massas alimentícias.
A M. Dias Branco adquiriu a fábrica de biscoitos Vitarella por R$ 595,5 milhões em abril de 2008. Na época, a empresa pernambucana empregava 1,8 mil funcionários. Este ano, são 2,5 mil pessoas trabalhando nas instalações em Jaboatão dos Guararapes.
Já a NPAP Alimentos iniciou suas atividades em 1875, com o nome de Padaria e Biscoitaria Pilar. A unidade foi fundada pelo português Luiz da Fonseca Oliveira, na época em que os biscoitos eram importados da Inglaterra. Hoje, a Pilar é uma das mais antigas empresas de massas e biscoitos em atuação na América Latina.

Laiziane Soares* | Folha de PE

*Com informações da assessoria de Imprensa do Palácio

Nutrin seleciona 220 profissionais até fim do semestre

A Nutrin, empresa de administração de refeitórios corporativos, vai contratar 220 pessoas em Pernambuco até o fim do primeiro semestre. As vagas são para cargos como nutricionista, chef, cozinheiro, ajudante de cozinha, estoquista de garçom e copeira. Quem quiser se candidatar pode enviar o currículo para o e-mail selecao@nutrin.com.br ou telefonar para (19) 3475-7300.
O processo de seleção será composto por cinco etapas, e a primeira é a avaliação dos currículos. Depois, os candidatos vão participar de entrevistas coletiva (dinâmica) e individual (técnica). Por fim, se submeterão a exames médicos e análise de documentação.
Segundo a Nutrin, os salários são compatíveis com os oferecidos pelas outras empresas do mercado. Os candidatos contratados também terão direito a convênio médico, odontológico e de farmácia, seguro de vida, cesta básica, vale-transporte, refeição no local de trabalho, participação nos lucros e plano de carreira.
Por Tiago Cisneiros, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Clube de Engenharia debate importância da qualificação profissional

Nesta sexta-feira 29/04/2011, o Clube de Engenharia de Pernambuco vai realizar mais um encontro no âmbito do Seminário Permanente de Desenvolvimento. Desta vez, em simpósio aberto ao público, no salão de convenções do restaurante Catamarã, vai discutir
A qualificação profissional e o atual estágio de crescimento econômico em Pernambuco, com a participação do conferencista Antônio Sotero, engenheiro químico, coordenador executivo do Núcleo de Desenvolvimento, Articulação e Integração Industrial da Fiepe.
Segundo o presidente da instituição, Alexandre Santos, o objetivo é debater a importância da qualificação profissional nesse momento de forte avanço do Estado. “Pernambuco vive um momento muito bom. Mas, para não deixarmos passar esta oportunidade, precisamos investir na qualificação dos profissionais”, explica.
O Seminário Permanente de Desenvolvimento foi criado há seis anos com o objetivo de reunir engenheiros e o público em geral, uma vez por mês, e discutir temas de fundamental importância para o crescimento do país, especialmente da região Nordeste. Este ano, já foram realizados três encontros, sempre com convidados de renome.
Em janeiro, o grupo discutiu a polêmica questão do Nióbio (metal de importância crucial na fabricação de variados objetos, de automóveis a piercings, cujas reservas brasileiras representam 98% do total mundial); Em fevereiro, tomando como gancho a Transnordestina, o debate girou em torno dos novos rumos das ferrovias brasileiras; Em março, foi o momento de focar nas implicações do desenvolvimento no meio ambiente.
“Até o momento, os encontros têm sido um sucesso. Esperamos atrair cada vez um público maior e, assim, discutir com consistência temas indispensáveis ao desenvolvimento do nosso país”, finaliza Alexandre Santos.

Da coluna JC Negócios