O setor de óleo e gás necessitará nos próximos cinco anos de uma mão de obra de mais de 208 mil pessoas para atender a todos os empreendimentos que estão em operação e os que estão por vir. Os cálculos foram realizados pelos técnicos do Prominp e discutidos ontem, durante palestra do representante do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, Guilbert Dumas(foto).
Desde que foi iniciado, em 2004, o Prominp já formou 86 mil profissionais e recebeu investimento de R$ 230 milhões. De acordo com um levantamento do programa, 32% dos alunos iniciaram as aulas empregados, ao final do curso 67% estavam empregados. Destes, 59% estavam no setor óleo e gás. Guilbert Dumas reforçou que os cursos não se destinam unicamente à formação de mão de obra para trabalhar na Petrobras ou no setor O&G e destacou o programa Aluno Empresa.

Uma das instituições que tem baseado sua atuação nas necessidades da indústria é o Instituto Federal do Espírito Santo. "Nossos cursos são implantados em consonância com as indústrias da região já instaladas ou aquelas que estão por vir", diz o pró-reitor de extensão do IFES, Tadeu Pissinati Sant´Anna. Entre os exemplos citados está a construção do campus de São Mateus, no norte do Espírito Santo, onde a Petrobras realiza extração de óleo. Os primeiro curso criado foi Técnico em Mecânica, em 2006. Hoje o campus possui 10 cursos, entre técnico, graduação e pós-graduação. A instalação do Estaleiro Jurong Aracruz também possibilitou parcerias entre a instituição e a empresa. O foco, nesse caso, é a capacitação de professores para a criação de um curso em tecnologia naval nos próximos anos. "A parceria deve incluir o envio de 15 a 20 professores para Cingapura [origem da Jurong] nos próximos cinco anos", conta Sant´Anna. A preparação se deve a expectativa de que novos estaleiros se instalem na região.
O pró-reitor lembrou também que apenas a especialização não será suficiente para os jovens que ingressarem nos cursos técnicos. "A cadeia de óleo e gás está profundamente internacionalizada e o nosso Estado tem atraído diversas multinacionais de vários setores, então também é preciso dominar o inglês", enfatizou. Sant`Anna aproveitou a presença do representante do Prominp para pedir a inclusão da disciplina no currículo à exemplo do que estão fazendo em Anchieta, em parceria com a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), siderúrgica da Vale que inicia operação em 2013.
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