terça-feira, 15 de maio de 2012

Construção de fábrica de cimento deve gerar 1,2 mil postos de trabalho na Paraíba




Trezentos milhões de reais em investimentos e oportunidades de emprego para 1,2 mil paraibanos. As obras da fábrica de cimento do Grupo Elizabeth, na cidade de Alhandra, devem começar na primeira quinzena de junho. O empreendimento vai ocupar uma área de 50 hectares. A empresa será a segunda no ranking das 33 que mais investem na Paraíba. Juntas, elas devem movimentar mais de R$1 bilhão até o fim do ano.
A injeção de recursos vem de iniciativas de atração de empresas do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep).

A capacidade produtiva da empresa será de 950 mil toneladas/ano de cimento. De acordo com o engenheiro químico e coordenador do Projeto Elizabeth Cimentos, Degmar Peixoto Diniz, está prevista a geração de 800 postos de trabalho na construção civil, e uma média de 400 postos de trabalho para a montagem mecânica e elétrica. “Na etapa final, as oportunidades de trabalho podem gerar outras vagas”, adianta. Para a operação da fábrica, a previsão é gerar 400 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.

O coordenador adiantou que já foram realizadas a audiência pública com os moradores da área e a validação do Estudo de Impacto Ambiental para a elaboração do Relatório de Impacto do Meio Ambiente. Em seguida, devem ser emitidas as licenças, prévia e de instalação, pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema).

Para a diretora de Operações da Cinep, Eriene Rafael Suassuna, com a instalação de três grandes cimenteiras, nos próximos dois anos, a Paraíba tem potencial para se tornar o principal produtor de cimento do Nordeste e terceiro do Brasil. “A produção média anual de cimento no Estado é de 2 milhões de toneladas, e até 2014, temos a perspectiva de aumentar para 7 milhões/ano”, destaca.

Fonte: Governo do Estado da Paraíba \ Economia NE

Falta de pessoal qualificado e de estradas são entraves do Complexo do Pecém

14/05/2012
 

Uma das questões que serão apresentadas pelo Conselho Gestor do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) ao governador Cid Gomes com um entrave a ser resolvido é a necessidade de mais estradas de acesso. Adiantou, ontem, o secretário do Planejamento e Gestão, Eduardo Diogo, que está à frente do levantamento.

“Estamos com o material pronto para ser apresentado. Foi identificado que há uma necessidade de outros eixos de desenvolvimento do ponto de vista estrutural. A CE-422 agora terá o nome de CE-155, por exemplo. Deveríamos criar outros ramais rodoviários”, disse Eduardo Diogo.

O secretário enfatizou também que a falta de pessoal qualificado é outro entrave ao desenvolvimento do CIPP. “Formação de mão de obra está na pauta também. Há uma necessidade muito grande de nós promovermos uma complem que é feito no estado do Ceará. Eu falo de todas as estruturas que fazem esforço de mão de obra”, comentou o secretário.

Ele representou o governador em visita ao novo escritório da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), ontem à tarde.

(Fonte: O Povo (CE)/AJ)

Robô já substitui até trabalhador chinês

Na fabricante de carretas Noma, no interior do Paraná, não tem gente fazendo força. São os robôs espalhados pela fábrica que carregam as peças pesadas. São também robôs que soldam as diferentes partes dos veículos. Antes privilégio de grandes corporações, os robôs estão invadindo as linhas de produção de pequenas e médias empresas no mundo todo e prometem mudanças importantes na divisão global do trabalho, com prejuízo para os países emergentes.
Está em curso uma mudança no sistema fabril que pode significar um novo estágio da revolução industrial. Hoje, comprar um robô custa praticamente o mesmo que pagar o salário de um operário chinês. Dados preparados pela consultoria Gavekal mostram que o custo unitário de um robô industrial atingiu cerca de US$ 48 mil no ano passado, uma diferença pequena para os US$ 44 mil pagos a um funcionário pela gigante de montagem Foxconn durante dois anos.
 
Na verdade, os chineses recebem menos que isso na Foxconn - que, entre vários outros produtos, faz os iPhones e iPads da Apple -, mas o cálculo considera um fictício operário que trabalhasse 24 horas - como um robô. As jornadas de trabalho da China são pesadas, mas ainda não chegam a tanto. O resultado dessa aproximação de custos é que até a Foxconn já anunciou que pretende "empregar" 1 milhão de robôs até 2014.
 
Outra evidência do avanço da robótica é que a demanda por robôs industriais está indo além do setor automotivo, que já é tradicional nessa área. Em 2006, as montadoras respondiam por 36% dos robôs utilizados no planeta. Esse porcentual caiu para 28% em 2010. O setor elétrico e eletrônico, que detinha 18% dos robôs, saltou para 26%. Também se destacam os fabricantes de plásticos, produtos químicos e cosméticos.
 
"Estamos diante de uma tecnologia de ruptura. O excesso de mão de obra vai deixar de ser uma vantagem e as empresas vão começar a retornar para países com mão de obra qualificada, baixos custos e boa infraestrutura", disse José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados. "A robótica é um dos fatores que vai ajudar a indústria a renascer nos Estados Unidos".
 
Mendonça de Barros projeta que, até 2015, o mundo vai assistir atônito a uma mudança radical nas relações de trabalho. Yuchan Li, analista da Gavekal baseada em Hong Kong e autora dos cálculos, disse ao Estado por e-mail que "é difícil colocar um prazo definitivo, mas que há sinais de que a revolução já está ocorrendo". Segundo ela, as mudanças são mais rápidas em alguns países, como a Coreia do Sul, do que em outros.
 
O movimento é inevitável
De um lado, o esforço de países como a China para reforçar o mercado local, melhorando a renda e as condições de trabalho, acaba elevando os custos da mão de obra. De outro, os robôs acabam sendo beneficiados pela chamada Lei de Moore. Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, previu, na década de 1960, que a capacidade dos microprocessadores dobraria a cada dois anos. Isso faz com que os eletrônicos possam ser, a cada ano, mais potentes e mais baratos. E o mesmo acontece com os robôs.
 
Substituição. A crise global enfrentada desde a quebra do Lehman Brothers ajudou a acelerar o processo, porque forçou as empresas a buscar novas maneiras de reduzir seus custos e melhorar suas magras margens de lucro. Mas são duas tendências estruturais, para as quais não há sinal de alteração no curto prazo, que alimentam o processo: a queda do preço dos robôs e o aumento dos salários, particularmente na China, mas também no Brasil. Marcos Noma, dono da empresa paranaense, conta que os robôs que utiliza chegavam a custar R$ 800 mil há 10 anos e hoje não passam de R$ 200 mil. "Foi isso que permitiu o nosso investimento", diz.
 
A queda dos preços globais dos robôs não foi tão significativa quanto relata o empresário brasileiro, mas não deixou de ser relevante. Entre 2000 e 2010, o custo médio de um robô industrial caiu 23%, conforme a Gavekal. A consultoria não possui dados tão antigos para os salários na Foxconn, mas entre 2003 e 2010, a remuneração dos operários da empresa na China cresceu 140%.
 
Considerada o chão de fábrica do mundo, os custos na China estão subindo porque o país não vai conseguir oferecer trabalhadores suficientes para acompanhar o crescimento da manufatura global, apesar do seu 1,3 bilhão de habitantes. Muitas empresas estão elevando sua produção a uma taxa anual de 10%, enquanto a oferta de trabalho na China cresce apenas 2% - reflexo da política do filho único adotada pelo governo comunista.
 
A China deve continuar a ser uma grande produtora global de manufaturas, mas é provável que daqui para frente as empresas instaladas no país se dediquem cada vez mais a atender o mercado interno, cujo consumo precisa acelerar para garantir um crescimento sustentável da economia. Empresas americanas e europeias, que produziam na China para atender seus mercados de origem, já começam a fazer o caminho de volta.
 
Os populosos e pobres países asiáticos, como Vietnã ou Bangladesh, devem ser os mais prejudicados pelas mudanças tecnológicas, mas o Brasil não vai passar imune. Algumas empresas brasileiras começam a recorrer a robôs para melhorar a qualidade e fazer frente a falta de mão de obra qualificada. O grande problema é que a indústria brasileira enfrenta hoje uma séria falta de competitividade, por conta da infraestrutura ruim e da segunda energia mais cara do mundo, o famoso custo Brasil. Com os robôs substituindo chineses, são esses fatores que vão determinar a instalação da indústria global nos novos tempos.
 
Por Raquel Landim e Renato Cruz / Estadão

Indústria de telhas em Lagoa do Carro


 
 
 
Grupo Andrade Benevides investe R$ 2 milhões e implanta uma fábrica de telhas de concreto no município de Lagoa do Carro
O grupo Andrade Benevides, distribuidor do Cimento Campeão (produzido pela Lafarge), investiu R$ 2 milhões numa fábrica de telhas de concreto, instalada na PE-90, em Lagoa do Carro. A indústria começou a girar há um mês com uma capacidade inicial de produção de 12 mil telhas por dia, sendo que este volume pode ser dobrado.
 
    Nossa projeção é de atingir a marca de 3 milhões de telhas produzidas neste primeiro ano, num faturamento médio de R$ 5 milhões, comentou o diretor da indústria, Nelson Benevides.
Comercialmente, o diferencial do produto é que sua fabricação no Estado deixa o seu valor mais em conta em Pernambuco, devido à economia de frete e também por evitar que haja diferenciação de alíquota de ICMS, que se paga ao comprar o produto nos outros Estados. Há fábricas deste tipo de telha no Ceará e na Bahia.

   O pessoal vai buscar na Bahia e o frete é caro. Um caminhão trucado (com mais de um eixo traseiro) traz 3 mil telhas. Estamos falando de uma economia de 40 centavos por unidade, comentou outro diretor da empresa, Afonso Benevides.
A indústria é a própria responsável pela distribuição do produto e está fechando parcerias comerciais com home centers do Recife e interior para chegar diretamente no consumidor final.

Temos parcerias com Atacado dos Presentes, Tupan e em Carpina, com o Comercial 2001, um dos maiores da Mata Norte, comentou Nelson.

O maior concorrente das telhas produzidas a partir do cimento são as tradicionais telhas cerâmicas e a sua principal vantagem em relação ao produto tradicional, defende Nelson, tem a ver com a sustentabilidade.    A telha cerâmica é um material que agride o meio ambiente. A queima de madeira está ligada à sua produção e, por isso, a CPRH já não mais dá autorização de instalação de novas fábricas deste tipo.

   Entre outras vantagens, a telha de cimento é normatizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), não há diferenças de uma para outra porque não envolve queima e variação de temperatura na sua confecção. A qualidade do cimento é constante, é um processo frio e todo mecanizado, diz o empresário. Toda a fábrica emprega 18 funcionários.

As telhas são produzidas por uma máquina dentro do processo conhecido como estrusivo, ou de estrusão. A técnica faz a compactação do cimento que depois é aplicado em formas.
Como o material é pigmentado, não há risco de a telha desbotar sendo que a cor pérola (natural do cimento) é o tipo mais comercializado.

    Vende mais porque é mais barato. Mas quem quiser pode encomendar pigmentações. Temos várias cores, assegura. Para quem acha que o material esquenta, Nelson Benevides informa que o seu conforto térmico segue as normas da ABNT, sendo uma das melhores soluções neste quesito.

OUTRAS

Além da fábrica de telhas, o Grupo Andrade Benevides também investiu numa fábrica de pisos intertravados, a AB Blocs, no município de Arcoverde, no Sertão.
Fora os dois empreendimentos, a companhia tem a Construtora Andrade Benevides, que também atua em Arcoverde.       Estamos com um projeto de 101 casas no município. Um condomínio que será o primeiro a ter todas as telhas e as calçadas com os pré-fabricados de cimento, diz Nelson.

DÁRIO DE PERNAMBUCO

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Montadora Chinesa Abrirá Fábrica em Caruaru



A diretoria da montadora chinesa Shacman, que investirá R$ 1 bilhão na construção de uma fábrica de caminhões em Caruaru, chegará a Pernambuco na primeira semana de junho para dar início ao projeto. O anúncio do empreendimento, que deve começar a operar em 2013, foi feito na última terça-feira (8) pelo governador Eduardo Campos, que cumpriu uma agenda de trabalho de quatro dias na China.
“É muito importante a chegada da Shacman para que a gente consolide, junto com a Fiat, um cluster de indústria automotiva. Em 60 anos, o Nordeste só teve duas plantas, a Ford na Bahia, a Fiat aqui em Goiana e agora a Shacman, em Caruaru”, frisou o governador através de sua assessoria.
Pernambuco também tenta atrair a Great Wall Motors Company (GWM), maior montadora privada do país asiático. A empresa informou que pretende abrir uma fábrica no Brasil, mas o local ainda não foi escolhido. A GWM espera triplicar sua produção de 500 mil veículos por ano até 2020.
“A China hoje é o principal parceiro comercial do Brasil e o grande desafio é atrair os investimentos produtivos. A China já é hoje o maior investidor externo no país e temos que apresentar um Brasil menos conhecido deles, que é a região Nordeste”, ressaltou Eduardo.
A planta chinesa da Shacman, que fica na província de Shaanxi, ocupa uma área de 1.200 hectares, emprega 2.880 funcionários e produz 150 mil caminhões por ano. A cada sete minutos, um veículo sai da linha de produção. Hoje, a Shacman já possui uma central de distribuição no Porto do Recife.
De acordo com a assessoria do Palácio do Campo das Princesas, a fábrica empregará mais de mil trabalhadores. Serão produzidos cinco modelos de caminhão em Caruaru, com foco em atender ao mercado da América do Sul.
Relações internacionais
Na última terça-feira, o governador  reuniu-se com o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, e acordou a abertura de escritório de representação comercial na sede da Associação Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em Pequim. O escritório deve iniciar as suas operações em 60 dias e será administrado pela AD Diper.
Com informações do governo do estado

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O novo mapa do emprego


 

Projetos em instalação devem gerar 1,2 milhão de postos de trabalho

Pernambuco terá uma nova configuração de mão de obra nos próximos dez anos, quando os grandes empreendimentos em fase de implantação atingirem a produção plena. O boom do emprego na construção civil, intensificado a partir de 2007, prossegue com as obras físicas da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, e da fábrica da Fiat, em Goiana. Após o período de instalação dos novos parque fabris, as projeções apontam a abertura de um novo leque de ocupações. As oportunidades de emprego estarão no setor de serviços especializados e nas indústrias fornecedoras de insumos. Um estudo de impacto econômico, realizado pela Agência Condepe/Fidem, prevê a criação de 1,2 milhão de postos de trabalho no estado.

Por enquanto, quem surfa na onda positiva do emprego é o trabalhador da construção civil. O número de empregos no setor pulou de 56 mil para 88 mil entre 2001 e 2010, segundo os números da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese. O crescimento foi de 57,1% no período. Desbancou o setor de serviços, cujo aumento foi de 36,4%. “A construção civil é a vedete do crescimento do emprego na década”, assinala Jairo Santiago, coordenador geral da pesquisa. Segundo ele, nos demais setores da economia, o emprego pouco se moveu na área metropolitana.

Anilo Antônio da Cruz, 42 anos, fazia “bicos” há quatro quando surgiu a vaga de pedreiro no canteiro de obras da Hemobrás, em Goiana. Começou a trabalhar em outubro de 2010. Subiu de posto e está como líder de equipe. “O mercado de trabalho melhorou 100% por causa das fábricas. Goiana fica entre Recife e João Pessoa e não tinha emprego.” Com três filhos para criar e o quarto para chegar, ele aposta na maré boa do emprego quando acabar a construção da fábrica: “Acho que os empregos continuarão por aqui”.

A ex-frentista Marilene da Silva Maciel, 38, paraibana de Caaporã, também surfou na maré do emprego em Pernambuco. Depois de oito anos desempregada, ela decidiu fazer um curso técnico de armadora no Senai de João Pessoa. “Apareceu essa vaga na construção civil e eu me candidatei. A disputa foi grande, mas eu consegui”, comemora. Há quatro meses ela trabalha como apontadora no canteiro de obras da fábrica de hemoderivados, com mais 550 peões. E o preconceito? “A construção civil tem espaço para a mulher crescer e competir com os homens”, garante.

O presidente da Agência Condepe/Fidem, Antônio Alexandre, prevê que o boom da construção se mantenha até 2017.  E para onde vai esse exército de trabalhadores após a desmobilização dos canteiros de obras? Para Antônio Alexandre, o perfil do trabalhador da construção civil começa a se modificar com os programas de capacitação, o que facilitará o remanejamento desses profissionais.

ROSA FALCÃO – Diário de PE