segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Pernambuco ganhará sua quinta fábrica da Unilever

Pernambuco vai ganhar a sua quinta fábrica da Unilever. O governador de Pernambuco Paulo Câmara assinou, na última quarta-feira (14), um protocolo de intenções para a instalação de um complexo industrial de alimentos e centro logístico da empresa em Escada, na Mata Sul. A cerimônia, realizada no Palácio do Campo das Princesas, contou com a participação do presidente da Unilever no Brasil, Fernando Fernandez. Presente há 24 anos no Estado, a marca já tem unidades em Garanhuns, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes e em Ipojuca, no Complexo de Suape.
Linha de produção da Unilever na unidade de Igarassu. Imagem: Divulgação
Com inauguração prevista entre o fim de 2017 e início de 2018, a nova fábrica será a 15ª da Unilever no Brasil. Ela vai produzir itens do portfólio de alimentos e atender à demanda da região Nordeste. Com investimento de R$ 600 milhões, a unidade vai gerar aproximadamente 600 empregos diretos e 1,5 mil indiretos.
Em Escada, a Unilever deverá receber incentivos da ordem de 90% do Prodepe, em função da sua localização, do valor do investimento, da geração de empregos e do tipo do projeto. O Governo do Estado ainda deverá conceder incentivos do Proinfra, para que a empresa execute obras de infraestrutura necessárias para a implantação do empreendimento no limite de até R$ 25 milhões.
“No período que estamos vivendo, o Brasil numa recessão brutal, com previsão de menos 3% do seu PIB, nós anunciarmos esse investimento mostra claramente a confiança que os empresários e as instituições têm em Pernambuco. Apesar do momento adverso, eles sabem que investir aqui vale a pena; dá retorno e garante sustentabilidade para o futuro das empresas e do nosso povo”, cravou Paulo Câmara.
Para o governador, a unidade de Escada também será fundamental para consolidar a interiorização do desenvolvimento. “A Mata Norte conseguiu avançar muito com a chegada dos empreendimentos, principalmente, das fábricas de bebidas e da Jeep. Agora, faremos um movimento em função da Mata Sul. Do município de Escada, em breve, queremos avançar para além de Palmares, Sirinhaém e Barreiros. Com a infraestrutura adequada, a capacitação da nossa população e políticas de incentivo que olhem cada vez mais o interior do Estado, será possível fazer as coisas acontecerem como estão acontecendo em Escada”, ressaltou Paulo.
Escolhida pela localização estratégica, a cidade Escada está situada próxima do Recife e do Porto de Suape. A partir da nova unidade, será possível o escoamento da produção, como destacou o presidente da Unilever Brasil. “Todas as nossas fábricas e centros de distribuição que atendem o Nordeste do País estão localizados em Pernambuco. Estamos muito orgulhosos de fazer esse investimento. Mesmo em um momento difícil para economia do Brasil, seguimos confiando no potencial do povo brasileiro e na credibilidade de Pernambuco, que nos assegura uma permanência a longo prazo para nossas operações. Esperamos também que no futuro Pernambuco seja um centro de exportação dos nossos produtos; não só para o resto do Brasil, mas também para América Latina”, salientou Fernando Fernandez.
A unidade em Escada contará com área construída 440 mil metros quadrados e será erguida de acordo com os mais altos padrões tecnológicos e socioambientais. A expectativa é de que a terraplanagem do terreno tenha início na próxima semana.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, Pernambuco se consolida como o “centro econômico do Nordeste”. “A Unilever inicia um processo corajoso e ambicioso, que vem sendo estudado há mais de dois anos com o objetivo de concentrar uma parte importante das atividades que desenvolve aqui na região, no município de Escada. Uma área grande e privilegiada foi adquirida, que deve acolher, em um primeiro momento, uma unidade fabril e um centro de distribuição; mas tem potencial de um polo da maior importância para a Unilever e para o Nordeste do Brasil”, ressaltou.
CIMM - Centro de Informação Metal Mecânica

terça-feira, 30 de junho de 2015

Indústrias vão investir R$ 97 milhões em Pernambuco

Foram aprovados 23 projetos de indústrias, 10 importadoras e três centrais de distribuição. Todos terão descontos no pagamento do ICMS




O Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) aprovou 36 projetos, incluindo 23 indústrias, dez importadoras e três centrais de distribuição. Os projetos industriais investirão R$ 97,1 milhões em 11 projetos de ampliação (com novas linhas fabris) e nove de implantação de empreendimentos. Os projetos vão gerar 838 postos de trabalho, dos quais 556 ficarão no interior e 282 na Região Metropolitana do Recife. Geralmente, o governo do Estado anunciava um grande investimento nas reuniões do Condic, o que não ocorreu este ano devido à crise econômica, que está provocando um freio nos novos investimentos.




Entre os projetos anunciados, o maior é a primeira ampliação da fábrica da Arno, que demandará um investimento de R$ 23,6 milhões na implantação de uma nova linha de produção de ventiladores e liquidificadores. A unidade pernambucana do grupo foi anunciada em maio, com um investimento inicial de R$ 25 milhões para fabricar ventiladores e máquinas de lavar. A previsão é que a unidade funcione em agosto próximo em Jaboatão dos Guararapes. No gráfico acima, estão os 10 maiores projetos industriais aprovados ontem, listados pelo valor do investimento. Preveem a produção cerveja artesanal, pallets, produtos químicos, colchões, parafusos, produtos de limpeza, acessórios para veículos, medicamentos, entre outras coisas.

“É muito importante ter ampliações, porque elas são confirmações de que as empresas fizeram a escolha certa do lugar para investir. Nos anima esse investimento de quase R$ 100 milhões. No primeiro trimestre deste ano, perdemos mais de 50 mil empregos. A nossa expectativa é de que depois de atravessar esse momento de crise, venha uma fase de empregos mais perenes e apareçam mais empreendimentos, que sinalizem a retomada do crescimento”, resume o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões.
Já as importadoras aprovadas pelo Condic vão comprar de azeite de oliva a produtos químicos (como polímeros, ácidos, entre outros), equipamentos para uso industrial, entre outros. Elas devem movimentar, anualmente, cerca de R$ 174,7 milhões na aquisição de mercadorias que vão trazer mais cargas para os portos do Estado.
Ainda na reunião do Condic, o engenheiro Aurélio Nogueira, que representa a indústria no conselho, entregou a Thiago Norões um pedido para que as empresas beneficiadas pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) em 1999 não fiquem sem o desconto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a partir de 2016. Pela lei do programa, os incentivos podem ser concedidos por 16 anos. O Prodepe dá um desconto de até 75% do ICMS para as empresas instaladas na RMR.
“As empresas que foram enquadradas em 1999 podem perder um desconto de 47,5% do ICMS a pagar em 2016. Isso vai causar uma distorção com as companhias que fazem parte do programa”, conta o presidente da Sociedade Pernambucana de Planejamento Empresarial, Márcio Borba. Com relação ao assunto, Norões afirma que a intenção do governo é dar um tratamento isonômico às empresas, mas que ainda não há uma definição de como isso será feito.
CONDIC-ARTE_web

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Gerador eólico sem pás de hélice é projetado para reduzir impacto visual e auditivo

O novo gerador sem lâminas foi criado para produzir eletricidade sem partes rotativas, em um espaço muito pequeno e com apenas um sussurro de ruído.



Ela lembra um junco gigante que balança com o vento, mas se trata de um protótipo de gerador eólico sem pás de hélice da empresa Vortex, que produz energia elétrica com pouquíssimas partes móveis, deixando uma pegada ecológica minúscula e em quase absoluto silêncio.
Projetada para reduzir os impactos visuais e sonoros dos geradores tradicionais com hélice, o conceito utiliza a energia dos vórtices do vento.
Muitos opositores das turbinas a hélice se preocupam com o risco que elas oferecem para aves e outros animais voadores, bem como com sua operação ruidosa e, especialmente nos casos de geradores comerciais, com o enorme tamanho das instalações. Tratando-se ou não de desculpas para aqueles que preferem permanecer com as tecnologias antigas e comprovadas de geração de energia elétrica, as turbinas eólicas convencionais têm esses efeitos colaterais que tendem a frear a sua aceitação e uso.
São esses fatores que fazem com que os criadores acreditem na vantagem da tecnologia que desenvolveram. A unidade é relativamente compacta e utiliza a oscilação de um mastro em reação aos vórtices de ar gerados pelo vento para movimentar uma série de elementos magnéticos posicionados próximos à base da estrutura, gerando eletricidade.
Apesar de não ser tão eficiente quanto às turbinas a hélice de alta velocidade, este fato é compensado pela menor quantidade de partes móveis do gerador que, de acordo com os criadores, é até 80% mais econômico na manutenção. Associado ao fato de, supostamente, ser 50% mais barata para fabricar e apresentar uma redução de 40% na pegada ecológica, em comparação às turbinas convencionais.
Há diversos outros conceitos alternativos para geradores eólicos, como a turbina “Solar Aero” e o “Saphonian”, este contando com um sistema de pistões hidráulicos.
A Vortex, por sua vez, se propõe a utilizar o movimento oscilatório do vento e não diretamente a sua “força”. O sistema explora o padrão repetitivo e alternado de vórtices que é gerado pelo escoamento do fluido (no caso, o ar) ao redor de um objeto sólido, conhecido como efeito de Von Karman.   
Isso quer dizer que, em conjunto, unidades Vortex podem ser posicionadas mais próximas umas das outras do que no caso de geradores a hélice, visto que distúrbios no escoamento se tornam muito menos críticos. Devido a isso, a geração de energia por área de um destes conjuntos de Vortex também deve ser maior que o de um conjunto de turbinas convencionais.
O primeiro modelo comercial será chamado Mini: uma unidade focada em aplicação residencial e para comércio de pequena escala, com 12,5m, para geração de 4kW.  Um modelo maior, chamado Gran, está em desenvolvimento e deve ser capaz de gerar até 1MW, dedicado à aplicação industrial e para companhias de eletricidade.
Para consolidar a produção, a equipe da Vortex lançou uma campanha de financiamento coletivo.
*Tradução livre CIMM, 


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Fiat-Chrysler investe na Fábrica em Goiana (PE) para concorrer com o EcoSport

A aposta da empresa é que até 2018 o segmento de SUVs pequenos venda 328 mil unidades por ano.


Em menos de três meses, o grupo Fiat-Chrysler abriu no país 75 revendas da marca Jeep como parte da estratégia de tentar alçar o Renegade à liderança do mercado nacional dos utilitários-esportivos (SUV) de pequeno porte. Se atingir a meta, vai desbancar o Ford EcoSport, que ocupa o posto há dez anos.
O modelo começou a ser produzido na fábrica do grupo em Goiana (PE) e chegará ao mercado em 10 de abril. Somando as 45 lojas da marca Chrysler que já operavam no país, o grupo conta com 120 revendas e espera chegar a 200 até o fim do ano. Segundo Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil, a abertura dessa rede representou investimentos de R$ 240 milhões (R$ 2 milhões por loja, em média) e a criação de 1.500 postos de trabalho.
"O Brasil é o segundo maior mercado do mundo para a marca Fiat-Chrsyler, atrás apenas dos Estados Unidos", diz Ferreira, ao justificar, em parte, a aposta da empresa no mercado brasileiro mesmo em tempos de crise, quando as vendas de veículos desabam. Ele ressalta que, apesar do cenário desfavorável para o mercado automotivo como um todo, as projeções são de crescimento de 40% a 50% no segmento de SUVs compactos neste ano, frente às 135 mil unidades comercializadas em 2014. O número representa 45% das vendas totais de utilitários no ano passado, incluindo os modelos de médio e grande porte.
A aposta da Fiat-Chrsyler é que até 2018 o segmento de SUVs pequenos venda 328 mil unidades por ano. Outras marcas apostam no segmento e farão forte concorrência ao Renegade, que deve custar a partir de R$ 70 mil.
A Honda também iniciou este mês a produção do HR-V na fábrica de Sumaré (SP), assim como a Peugeot, que entrou no páreo com o 2008 em Porto Real (RJ). Ferreira diz que a marca já tem 20 mil inscritos para comprar as primeiras unidades do Renegade e não revela, por enquanto, os planos de venda do modelo para o ano todo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Primeiro carro da fábrica de Goiana - PE chega ao mercado

Jeep Renegade
O primeiro Jeep produzido na nova fábrica da montadora em Goiana (PE), saiu da planta para o mercado nesta quinta-feira (19/02). O modelo foi anunciado pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA) durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado.
“É um passo fundamental para multiplicar as vendas da marca no Brasil, contribuindo para torná-la uma força global”, disse em nota Stefan Ketter, vice-presidente mundial da manufatura da FCA/Projeto Pernambuco.
De outubro de 2014 para cá foram fabricados 250 modelos pré-série do Jeep Renegade para testes, mas eles não chegaram a ser comercializados. Nos testes, foram verificadas a geometria da carroceria e os padrões de pintura e solda dos carros, por exemplo.
O Jeep Renegade é um SUV compacto. Ele será produzido em três versões de acabamento, duas de motor e três tipos de tração. As versões serão Sport, Longitude e Trailhawk.
A fábrica da marca em Pernambuco tem capacidade para entregar até 250.000 veículos por ano, que serão direcionados à América Latina. Atualmente, 3.000 pessoas trabalham na planta, entre funcionários da própria Jeep e de outras 16 empresas fornecedoras.

Primeiro Renegade sai da linha de produção da fábrica da Jeep em Pernambuco Foto: Fiat Chrysler / Divulgação

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Toyota investe R$ 15 mi em centro de distribuição no Nordeste

Com capacidade para 30 mil automóveis, unidade será erguida em Pernambuco.

O presidente da Toyota do Brasil, Koji Kondo, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinaram na última quarta-feira (11) um protocolo de intenções para a implantação de um centro de distribuição de veículos da fabricante japonesa no estado. Com previsão de abertura no primeiro trimestre de 2016, o novo empreendimento da Toyota ficará localizado próximo ao Porto de Suape, com 50 mil metros quadrados e terá capacidade para receber até 30.000 unidades por ano.
O centro de distribuição da Toyota em Pernambuco receberá investimentos de R$ 15 milhões e irá gerar, aproximadamente, 40 postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. Serão distribuídos os veículos da Toyota produzidos no Brasil (Corolla e Etios) e na Argentina (Hilux e SW4), que têm como destino os concessionários da marca em toda a região Nordeste.
“O Nordeste é extremamente importante para os negócios da Toyota do Brasil, sendo uma das regiões onde registramos o maior crescimento em vendas em 2014 (15% em comparação com 2013). A implantação deste centro de distribuição, somado à expansão da capacidade produtiva da fábrica de Sorocaba (SP), que anunciamos há três semanas, reforça ainda mais o compromisso da Toyota com a sociedade brasileira de promover o desenvolvimento e crescimento econômico do país. Este novo centro de distribuição também terá um impacto positivo no meio ambiente, com uma redução de 13% nas emissões de CO2 das nossas operações logísticas", diz Koji Kondo.
O novo centro de distribuição da Toyota em Pernambuco terá como objetivo aprimorar aspectos técnicos da operação logística da Toyota, atendendo de forma mais eficiente os consumidores da marca na região Nordeste.
“Estaremos mais próximos de nossos clientes, visando sua satisfação com a garantia da qualidade Toyota em nossos serviços”, diz Celso Simomura, diretor de logística da Toyota do Brasil.
O centro de distribuição de automóveis de Pernambuco será a oitava unidade da Toyota no Brasil, somando-se às fábricas São Bernardo do Campo (SP), Indaiatuba (SP), Sorocaba (SP) e Porto Feliz (SP) e aos centros de distribuição de veículos de Guaíba (RS), Vitória (ES) e ao centro de distribuição de peças de Votorantim (SP).

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Toyota confirma galpão de peças no Complexo Portuário de Suape

14/02/2015
Presidente da Toyota no Brasil, Koji Kondo, assina protocolo para construção de centro de distribuição de veículos em Suape. Foto: André Clemente/DP/DA Press
A montadora Toyota fincou a bandeira japonesa no Nordeste com a chegada do centro de distribuição de veículos importados e nacionais no estado. Na manhã desta quarta-feira (11), o governo de Pernambuco e a direção da Toyota no Brasil assinaram, durante cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, o protocolo de intenção para a construção e implantação do empreendimento. O documento foi assinado entre o presidente da montadora no Brasil, Koji Kondo, e o secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Thiago Norões.
A primeira fase do projeto terá um investimento, segundo o governo do estado, de R$ 15 milhões e vai gerar 40 empregos diretos. No total, o centro de distribuição terá 50 mil metros quadrados (área pouco maior que 20 hectares no entorno do complexo portuário de Suape) e será responsável por aprimorar a operação logística da montadora japonesa na região Nordeste. A previsão das partes é de que o espaço inicie as atividades até o primeiro trimestre de 2016. “A Toyota tem compromisso com a inovação, passou por problemas, teve suas indústrias devastadas, mas se recuperou e é exemplo. Fazem de forma diferenciada o que se propõem a fazer e causam impacto onde chegam”, disse Thiago Norões.
O documento assinado hoje, checado pelo próprio governador Paulo Câmara na quinta-feira passada, quando esteve com os dirigentes da montadora em São Paulo, também prevê a construção de um galpão próprio de peças, em uma segunda fase tão essencial quanto a estocagem dos veículos. Essa etapa terá o incentivo do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe). O próximo passo do “namoro” entre japoneses e pernambucanos será a adaptação da parte fiscal e dos sistemas de informática.
Nos bastidores da indústria, o polo automotivo de Pernambuco também desperta interesse de outras montadoras. Assim como a Toyota, que aposta na região dona de 20% das suas vendas, os fabricantes serão “naturalmente conduzidos”, por questões de custos, a trocar de rota e fazer um caminho diferente da logística do just in time, com as carretas sendo carregadas na porta da fábrica para em seguida pegar a estrada. “É de se esperar novos investimentos por aqui, por que onde a Toyota vai as outras acompanham. Podemos esperar investimentos na indústria nos próximos dez anos”, pontuou Márcio Stefani, secretário da Fazenda de Pernambuco.
A economia significativa no valor do transporte via navio encurta o tempo de entrega entre o produtor/vendedor e o futuro dono do veículo. A criação de novos pátios em pontos estratégicos, a exemplo da General Motors e Volkswagen, que, por enquanto, usam os terrenos em Suape para seus veículos importados.
Impacto econômico
O galpão de estoque das peças será montado para atender aos concessionários das regiões vizinhas. As lojas poderão receber a reposição dos itens de baixo giro em um curto prazo de entrega. As peças deixarão de constar na prateleira do revendedor para serem visualizadas no depósito da fábrica. A promessa de entrega será feita em menos de 48h.
A chegada da Toyota vai gerar uma movimentação na economia da ordem de R$ 3 bilhões. O CD vai além do pátio de estocagem de 30 mil unidades, porque contemplará uma área dedicada ao PDI (Inspeção de entrega) dos veículos, principalmente os utilitários Hilux vindos da Argentina. No setor serão montadas peças e miudezas das carrocerias. A central também irá receber Corolla e Etios, que virão das fábricas de São Paulo.
A futura logística vai permitir que um automóvel, atualmente vindo de Guaíba, no Rio Grande do Sul, onde a central Toyota está instalada, em uma área de 60 mil metros quadrados operando com 50 mil carros por ano, pague menos para chegar às lojas. Hoje, o frete para o Recife, por exemplo, custa em média R$ 4,5 mil por carro por via terrestre. No navio, esse valor cairá para R$ 1 mil. Detalhe negativo: a redução de custo não deverá ser repassada para o consumidor.
Jorge Moraes – Vrum

Empresa italiana oferece 400 empregos em Pernambuco

Fornecedora da Fiat/Jeep, Sada também anuncia investimento de R$ 120 milhões


Carretas da Sada vão distribuir os carros produzidos pela montadora de Goiana / Divulgação

Carretas da Sada vão distribuir os carros produzidos pela montadora de Goiana

Divulgação

Responsável pela distribuição de 100% dos veículos da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no Brasil, a Sada Transportes também será a operadora logística da montadora no Polo Automotivo Jeep, em Goiana (Zona da Mata Norte do Estado). A empresa está investindo R$ 120 milhões na construção de três unidades de operação em Pernambuco, com geração de 400 empregos.
Os pátios serão instalados nos municípios de Goiana e Ipojuca para abastecer o mercado nacional, além de servir como plataforma de exportação e importação da companhia. A fábrica da Jeep tem capacidade para produzir 250 mil veículos por ano e a Sada será responsável por retirar os automóveis de dentro da montadora e entregar na porta das concessionárias.
O pátio de Goiana – terceiro maior do Brasil – está em construção e a previsão é começar a operar em maio. A unidade da Mata Norte será 134.600 m² de área e está localizada a três quilômetros da fábrica da Jeep. O espaço terá um centro de apoio ao motorista, com estacionamento, restaurante, dormitório, vestiário e área de manutenção. “Disponibilizar estrutura para atender ao carreteiro sempre fez parte da nossa filosofia, antes mesmo de entrar em vigor a Lei do Motorista (de 2012)”, destaca o diretor Comercial da Sada, Edson
Pereira, dizendo que a legislação serviu para regular a concorrência. A segunda unidade em Goiana será um centro de carga e descarga, que vai funcionar como apoio dentro da própria montadora. A terceira unidade será construída em Ipojuca, numa área de 132 mil m², responsável pela importação e exportação. A primeira operação da Sada a partir de Goiana vai acontecer em maio. A previsão é realizar 455 viagens por mês para distribuir 4.200 Jeeps Renegade.
Do total de viagens, 100 serão para atender aos mercados do Norte e Nordeste e o restante para o Centro-Sul. O modelo de logística adotado pela Sada tenta aumentar a competitividade e ser sustentável.
A operadora logística vai trazer cegonhas (carretas) de Betim (MG) com modelos Fiat, que vão voltar carregadas de modelos Jeeps para serem distribuídos nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A ideia é ter frete de retorno, sobretudo quando se trata de um produto de maior valor agregado (o modelo inicial do Renegade tem preço estimado em R$ 70 mil). “Esse modelo de logística foi desde 2013 para a unidade de Pernambuco. A estratégia vai poupar 23 mil viagens por ano, além de representar uma economia de 104 milhões de quilômetros, 42 milhões de litros de diesel e de reduzir 101 mil toneladas de dióxido de carbono”, exemplifica Pereira.
Esse frete de retorno tem sido motivo de disputa entre os cegonheiros de Pernambuco e do Centro-Sul. O sindicato local quer garantir que os veículos sejam transportados por carreteiros sediados no Estado, mas só as cargas destinadas ao Norte e Nordeste vão utilizar cegonheiros estabelecidos na região. A maior parte do frete virá de Minas e voltará para o Centro-Sul.
No Estado, a previsão é contratar inicialmente 12 carreteiros, podendo chegar a 40. “Não é justo que os cegonheiros locais fiquem de fora. Já ingressamos com ação judicial contra os sindicatos de Minas e de Goiânia e já tivemos uma série de reuniões com a Sada”, reclama o vice-presidente do Sindicato dos Transportadores de Veículos Autônomos do Estado de Pernambuco (Sintrave-PE), Luciano Pontes, dizendo que são 130 associados.
EMPREGOS – Até o dia 23 de fevereiro a Sada quer contratar os cem primeiros funcionários da empresa no Estado. A ideia é privilegiar mão de obra dos municípios do Litoral Norte. O número de empregados vai crescer gradativamente até totalizar 400 colaboradores, quando a fábrica da Jeep alcançar a produção de 250 mil veículos. As vagas são para motoristas de cegonha, motorista de pátio, conferente, auxiliar de logística e amarrador.

Adriana Guarda / Jornal do Commércio

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