quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Usiminas Mecânica confirma fábrica em Suape

A unidade terá capacidade para produzir 65 mil toneladas anuais de painéis enrijecidos com até 18 metros de comprimento.

O produto, segundo a empresa, permite que a Usiminas Mecânica amplie o portfólio de itens para a indústria naval.
“A nova planta atenderá à crescente demanda do mercado naval, impulsionado pelas obras do pré-sal. A previsão é que a unidade entre em funcionamento no final de 2012″, diz a empresa em nota.

De acordo com Guilherme Muylaert, diretor-executivo da Usiminas Mecânica, a instalação no Suape é logisticamente uma vantagem competitiva para aproveitar a exigência de 65% de conteúdo nacional nas embarcações petrolíferas para exploração do pré-sal.

“A Usiminas Mecânica está ampliando sua participação no mercado naval, oferecendo ao mercado um produto de alta qualidade e com vantagens logísticas”, afirma Muylaert.

Estratégia no pré-sal

A ida da Usiminas Mecânica para o entorno do Estaleiro Atlântico Sul, em construção no Suape, tem como objetivo agregar valor às chapas grossas produzidas na usina de Cubatão (SP).

Com isso, a empresa pretende garantir o escoamento de chapas produzidas com a tecnologia CLC (resfriamento acelerado), trazida do Japão após aporte de R$ 1 bilhão, utilizada para fazer aço especial para unidades navais e plataformas de petróleo.

Segundo o presidente da Usiminas, Wilson Brumer, foco comercial da empresa não é vender apenas chapas brutas, mas os grandes blocos acabados, feitos com elas e usados pelos estaleiros para compor o corpo de embarcações.

“Ao invés de vender apenas chapas, vamos vender o painel de aço já pronto”, disse em entrevista ao Brasil Econômico na última semana.

Nivaldo Souza / Brasil Econômico

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Suape, passaporte para o futuro

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Sobrevôos de helicóptero viraram rotina no Complexo Industrial Portuário de Suape. São pelo menos oito por mês. É do alto que o governo de Pernambuco gosta de apresentar, a empresários daqui e do exterior, o maior polo de atração de investimentos do Brasil. Distante 50 quilômetros do Recife, com área distribuída entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, esse gigante tem uma carteira de empreendimentos privados estimada em US$ 22 bilhões. A construção de uma refinaria de petróleo, de estaleiros, de um complexo petroquímico, de dezenas de fábricas e de projetos de infraestrutura faz de Suape um canteiro de obras sem similar em território nacional. Redenção da nova economia de Pernambuco, Suape poderá devolver ao Estado sua posição de liderança regional.

“De cima é possível ter uma dimensão do que é Suape hoje, desde a área portuária até o complexo de indústrias. Recebemos, por mês, uma média de 20 grupos de empresários e instituições interessadas em conhecer o fenômeno que ocorre aqui”, diz o vice-presidente do porto, Frederico Amâncio. Os empresários que escolhem o complexo como endereço de seus negócios, apontam pelo menos três singularidades em comum: localização geográfica privilegiada, boa infraestrutura e mercado consumidor em expansão.

A chegada de grandes empreendimentos veja artes provocou uma mudança de escala no porto. Os investimentos públicos saltaram da casa dos milhões para alcançar o patamar dos bilhões. Nos últimos 4 anos, os aportes do governo somaram R$ 1,1 bilhão. Para o próximo quadriênio, a projeção é desembolsar R$ 4,4 bilhões em obras. São intervenções para melhorar a infraestrutura portuária, com a construção de novos cais, além de obras viárias, de mobilidade e habitação. Os investimentos da iniciativa privada também se multiplicam. Atualmente, 114 empresas integram o complexo industrial, gerando 20 mil empregos, e outras 30 estão em implantação.

“Não é mais possível pensar em Suape sem olhar o que acontece no mundo. Os países emergentes ganharam importância na economia global. Os Brics (Brasil, Rússia, China e Índia) já representam 22% do PIB mundial. Nessa tendência, Brasil, Nordeste e Pernambuco ganham importância”, aposta o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e presidente do Porto de Suape, Geraldo Júlio. Com players mundiais instalados em Suape, a exemplo da Petrobras, a diretoria do complexo criou o fórum Suape Global e elaborou um novo plano diretor do local. O fórum quer transformar o Estado num polo provedor de bens e serviços para as indústrias de petróleo e gás, naval e offshore. E o plano diretor revisado vai permitir planejar a expansão de Suape num horizonte de 20 anos.

A estratégia do governo de Pernambuco é transformar Suape em um hub port (porto distribuidor de cargas) do Nordeste. A movimentação de mercadorias, que hoje cresce a taxas superiores a do PIB estadual, terá salto exponencial quando a refinaria, o polo petroquímico e a ferrovia Transnordestina entrarem em operação. No ano passado, Suape movimentou 9 milhões de toneladas, com crescimento de 16,3% sobre 2009. Para este ano, a estimativa é alcançar 11 bilhões de toneladas e saltar para 30 milhões em 2013 e 50 milhões em 2016. Só no primeiro semestre deste ano, a expansão já foi de 20,1% sobre igual intervalo de 2010. “Também fomos o primeiro porto do Nordeste a operar linhas direta para a Ásia. A partir deste ano passamos a contar com duas linhas. Antes, essa movimentação era feita a partir do Porto de Santos”, comemora Amâncio.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirma que o gigantismo de Suape exige a prática de uma nova governança. “Cresce na nossa consciência a importância de planejar a expansão dessa região. Não queremos repetir desigualdades que se arrastam por quatro séculos de história. Porque de desigualdade esse território de Suape entende. São marcas muito profundas, que começaram com a exploração dos índios e dos escravos, e não poderão se repetir nesse novo ciclo de desenvolvimento”, defende.
HISTÓRIA
Em novembro deste ano, o Complexo de Suape comemora 33 anos de história. “Quando o então governador Eraldo Gueiros lançou a pedra fundamental do primeiro porto-indústria de Pernambuco, já vislumbrava que o complexo se transformaria em motor da economia do Estado. O projeto inicial previa a implantação de uma unidade de refino e de estaleiro, que hoje se concretiza”, recorda o jornalista Anchieta Hélcias, que integrou a primeira equipe responsável por tratar da implantação de Suape. O porto alterou a paisagem da região, secularmente ocupada pelo cultivo da cana-de-açúcar. As indústrias surgiram no lugar dos engenhos e mudaram o curso da história.

Pernambuco vive um processo de reindustrialização. Após duas décadas de letargia, o setor volta a ter relevância no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, capitaneado pelos empreendimentos ancorados no Complexo de Suape. A economia historicamente arraigada na cana-de-açúcar estreia, agora, em setores de integração global. O Estado crava sua bandeira no mundo do refino de petróleo e da petroquímica e na emergente indústria naval.

“Entre 1985 e o final dos anos 90, a economia do Estado não se deu bem e o principal problema estava na indústria de transformação. Setores inteiros deixaram de existir e outros perderam força. Um exemplo foi a atividade têxtil, que impactou outras indústrias da cadeia produtiva, como a metalmecânica”, recorda a economista Tania Bacelar, especialista em estudos do Nordeste.

Eram tempos amargos para a economia pernambucana. Os empresários andavam cabisbaixos e pairava um clima de desânimo com as repetidas notícias de que o Estado perdia espaço no cenário nordestino para Ceará e Bahia. O PIB apresentava taxas negativas de expansão. De 1985 até 2003, o crescimento médio da economia foi minguado (1,9%). O setor industrial estava estagnado (0,5%) e a indústria de transformação registrava taxa negativa de 0,6%. A participação da atividade no PIB despencou de 25% para 11,3%. “Agora existe uma tendência consolidada de retomada da participação da indústria na economia do Estado, com perspectiva de que volte a representar um quarto ou um terço do PIB”, acredita o economista Sérgio Buarque.

Enquanto o Brasil fala em desindustrialização, por conta do câmbio que provocou uma desova de produtos importados por aqui, Pernambuco comemora uma nova revolução no setor. As transformações têm contornos semelhantes (guardadas as proporções) ao que aconteceu na Inglaterra no século 18, durante a Revolução Industrial. O país europeu experimentou um acelerado crescimento econômico, mas também conviveu com concentrações urbanas (por conta do deslocamento rural para as cidades), com trabalhadores habitando cortiços, com crescimento exponencial da população de Londres e aumento das demandas sociais.
Em Pernambuco, a industrialização protagonizada por Suape motivou a volta de nordestinos para a região, uma invasão de trabalhadores de outros Estados e o desafio aos municípios de oferecer infraestrutura para dar conta das necessidades sociais que surgiram. A renovação da indústria mudou, ainda, a relação entre capital e trabalho. A importação de operários mais politizados e com experiência nacional mudou o cenário dos canteiros de obras, impondo aos industriais a necessidade de reaprender a dialogar com essa nova mão de obra.

Em 2035, Pernambuco, que tem um Produto Interno Bruto (PIB) hoje de R$ 80 bilhões, poderá ter seu conjunto de riquezas equivalente ao do Nordeste, atualmente na casa dos R$ 400 bilhões. Ou, numa projeção menos otimista, alcançar a casa dos R$ 255 bilhões. Em qualquer um dos dois cenários, traçados por especialistas, a economia do Estado vai crescer pelo menos três vezes, na comparação com o panorama atual. O Complexo de Suape será a locomotiva dessa expansão e vai motivar um crescimento acelerado também nos municípios do chamado território estratégico, responsáveis por 20% do PIB estadual.
Mesmo antes da entrada em operação de grandes empreendimentos, como a Refinaria Abreu e Lima, o “Eldorado pernambucano” já mostra sua força transformadora na economia. Enquanto o PIB brasileiro ficou estável em 2009, com crescimento de 0,2%, registrou taxa de 5,6% no Estado. No ano passado o PIB pernambucano se aproximou dos dois dígitos (9,3%), enquanto o nacional ficou em 7,5%. A construção civil é o setor que mais cresce, em razão da fase de obras dos empreendimentos em Suape, ultrapassando a casa dos 20%.

Os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, que recebem os impactos diretos do “fenômeno Suape”, também assistem a uma franca expansão de suas economias. No Cabo, a receita mais que dobrou desde que os grandes empreendimentos começaram a chegar, a partir de 2005. Entre aquele ano e 2010, o dinheiro em caixa saltou de R$ 157,7 milhões para R$ 347,8 milhões.

Cidade-sede da maioria das novas indústrias estruturadoras localizadas em Suape, Ipojuca é destaque nacional nas listas de municípios que lideram geração de empregos, desembolsos de financiamentos bancários e volume de investimentos privados. O superintendente regional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Pernambuco, Paulo Guimarães, lembra que Ipojuca ficou em segundo lugar no País na liberação de financiamentos em 2009, atrás apenas de São Paulo. “É verdade que naquele ano foram liberados R$ 9 bilhões para a refinaria, mas em 2010 o município continuou apresentando uma boa colocação, ficando em 7º lugar no País”, acrescenta.

Ipojuca figura, ainda, como a nova fronteira do emprego. O Ministério do Trabalho e Emprego aponta para a criação de 16.413 vagas formais em 2010. Só em dezembro do ano passado foram 1.376 postos, colocando o município em terceiro lugar no ranking nacional.
“Nos últimos 8 anos, Ipojuca tem percebido esse crescimento econômico com muita força. Nosso povo só sabia o que era a economia do açúcar. Apesar de o Porto de Suape ter se instalado aqui há três décadas, a participação de ipojucanos trabalhando nas indústrias era muito pequena. Hoje isso mudou, porque existe um acordo entre as empresas, o governo do Estado e a prefeitura para contratar pessoas da região. Apesar disso, ainda ficamos com os menores salários”, lamenta o prefeito Pedro Serafim.

O gestor afirma que, apesar de a receita ter engordado, as demandas sociais cresceram com muita rapidez e alerta para a necessidade de as empresas oferecerem contrapartidas sociais. “A Petrobras está investindo R$ 30 milhões em projetos numa parceria conosco, mas a conta acaba ficando pela receita, porque a empresa tem com um grande pacote de benefícios fiscais e exige uma infraestrutura gigante para atender a seus trabalhadores”, observa.

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Desafio do RH da Petrobras será contratar 17 mil até 2015

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Em tempos de escassez de mão de obra qualificada e disputa por talentos, receber a missão de recrutar mais de 17 mil pessoas nos próximos 4 anos poderia ser aterrorizante para qualquer departamento de recursos humanos. A dona desse desafio, contudo, é a Petrobras, que não parece estar muito preocupada.

De acordo com Lairton Corrêa, gerente de gestão do efetivo de RH da Petrobras, fatores como estabilidade e boas perspectivas de desenvolvimento de carreira contribuem para que a companhia não tenha dificuldade em trazer profissionais, mesmo em áreas concorridas como engenharia.

Por ser de capital misto e obrigada a contratar por meio de concurso, a atratividade que a empresa exerce em razão de sua marca e de seu porte atrai em média 100 candidatos por vaga. Como a empresa tem a cultura de formar seus funcionários internamente pela Universidade Petrobras – atualmente com dois mil colaboradores em treinamento – não é necessário ter experiência prévia. Também não existe limite de idade e o único requisito para participar do processo seletivo é ter ensino médio (técnico) ou superior completo, de acordo com a posição desejada. “Muitas vezes os aprovados, depois de empregados, ficam até um ano em programas de qualificação antes de começarem a trabalhar efetivamente”, explica Corrêa.

Segundo ele, o planejamento para distribuição interna das mais de 17 mil vagas, criadas principalmente em função do aumento da exploração de petróleo e gás natural oriundos do pré-sal, já está em andamento e deverá ser finalizado em até três meses. “Estamos estudando a necessidade de cada setor da companhia para detalhar os cargos, os salários, as áreas e os projetos onde essas pessoas vão atuar”, diz. A disponibilidade de se mudar é explicitada no edital de cada concurso, uma vez que os trabalhadores podem ser alocados para qualquer unidade da organização no país. A maioria deles, segundo Corrêa, fica baseada no Estado do Rio de Janeiro.

Com esse novo contingente, o número de funcionários da Petrobras saltará dos atuais 85 mil funcionários para pouco mais de 103 mil em 2015. “O RH precisa trabalhar de forma estreita com a estratégia da companhia”, ressalta. (RS)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Presidente da Fiat no Recife para anunciar fábrica em Goiana

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A comitiva da Fiat está hoje em Pernambuco para anunciar o que já havia sido antecipado pelo Diario, em 7 de julho: a mudança do local da fábrica e todas as características da nova planta. A coletiva de imprensa acontece esta manhã, no Palácio do Campo das Princesas.

O município de Goiana, a 64 km do Recife, será o novo destino da fábrica, do centro de desenvolvimento dos veículos e da pista de provas, que ocupará um terreno de 12 milhões de metros quadrados. Em 28 de dezembro, a pedra fundamental foi lançada em Suape com a participação do CEO mundial da Fiat, Sergio Marchionne, e do então presidente Lula.

Ainda hoje, Cledorvino Belini, presidente da Fiat no Brasil e na América Latina, Roberto Baraldi, gerente de imprensa da marca, e Marco Antônio Lage, diretor de comunicação, acertam os últimos detalhes com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o secretário de imprensa, Evaldo Costa, durante um jantar. Coincidência (ou não?), o ex-presidente Lula estará no Recife hoje, onde fará a palestra de abertura da Convenção da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), no Centro de Convenções, podendo fazer parte do jantar.

Na tarde da terça-feira, a comitiva da Fiat deve visitar o local das futuras instalações, com excessão do presidente Cledorvino Belini, que terá compromisso em Brasília.
A chegada da fábrica a Goiana vai revolucionar a vida dos moradores da cidade de quase 72 mil habitantes.

Pelo menos 5 mil empregos serão gerados beneficiando toda aquela região, incluindo o estado da Paraíba, a apenas 51 km do município. Junto com a montadora, cerca de 60 empresas sistemistas (fornecedores da cadeia produtiva) são aguardadas para o local, transformando a Mata Norte na nova força econômica de Pernambuco. Parte dos sistemistas será instalada estrategicamente no solo paraibano, compondo o novo polo automotivo do Nordeste brasileiro.

Para acomodar tamanho investimento são previstos um novo porto, um aeroporto local e melhoras nas estradas, como o Arco Metropolitano, uma rota alternativa para ligar a Mata Norte ao Litoral Sul. A mudança do local da fábrica acontece por questões técnicas. Como divulgado pelo Diario, o governo investirá os R$ 200 milhões que seriam para a terraplanagem da área de Suape no porto de Atapuz, vizinho à praia de Pontas de Pedra.

A fábrica será ecologicamente correta, como em Betim (Minas Gerais), e precisa de um platô de aproximadamente 10 metros de profundidade, para instalação das prensas e da drenagem de resíduos gerados, ampliando consequentemente o espaço logístico.

O investimento de R$ 3 bilhões para a instalação da mais moderna fábrica do grupo que é dono da Ferrari, Alfa Romeo, Chrysler e Lancia já está sendo utilizado. O aporte pernambucano faz parte do plano de investimentos de R$ 10 bilhões que a Fiat aprovou para o Brasil. O saldo maior é destinado à fábrica de Betim e ao desenvolvimento de novos veículos.

Com informações do Diario de Pernambuco

domingo, 7 de agosto de 2011

Grupo Taurus investirá em Pernambuco

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Com investimento de R$ 32 milhões, a companhia vai produzir carrinhos de mão e prateleiras em São Lourenço da Mata
Mais conhecido pela fabricação de armas de fogo, o grupo gaúcho Empresas Taurus possui sete segmentos de atuação na indústria. Duas marcas da companhia, a Famastil Taurus Ferramentas e a Prat-K vão ser instaladas em São Lourenço da Mata, numa mesma área de 6 hectares e dividir suas produções num espaço de 5.000 metros quadrados de área construída. Vão fabricar carrinhos de mão e prateleiras. O terreno também abrigará uma central de distribuição que atenderá as duas marcas na entrega dos produtos para todo Brasil.

O investimento total será de R$ 32 milhões, sendo R$ 14 milhões da Prat-K e R$ 18 milhões da Famastil. As obras terão início em outubro, quando começará a terraplenagem do terreno e a produção está prevista para iniciar em abril de 2012, quando a unidade empregará 200 pessoas.

A seleção e recrutamento de funcionários também deverá começar em outubro deste ano. Do total, o parque industrial vai requerer 80% da mão de obra para a parte de produção, 15% para a parte administrativa e de apoio, que inclui manutenção predial e industrial e 5% na distribuição e expedição.
O diretor de operações das duas empresas, Adriano Tissot, explica que a escolha por São Lourenço da Mata foi estratégica em termos de logística. “A área está próxima do eixo da BR, com uma boa infraestrutura, o que facilita o transporte. Além disso, a região tem uma boa disponibilidade de mão de obra”, disse o executivo.

Segundo ele, a região de Suape está com limitação de áreas disponíveis e outros locais próximos à Região Metropolitana do Recife se mostraram distantes para os interesses da indústria.
Tissot explica que o governo do Estado teve participação importante, tanto no processo de escolha do terreno como na decisão de trazer a produção das duas empresas para Pernambuco. “Procuramos outras unidades da federação, mas o Estado nos mostrou áreas e, além disso, as condições de Pernambuco foram as melhores”.

Ele informa que terá três incentivos fiscais, nas áreas de industrialização, importação e distribuição de produtos dentro do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe). “Até o final deste mês vamos dar entrada no pedido junto ao Prodepe e estamos confiantes que nosso pleito será aprovado até setembro”.
O diretor explica que a Prat-K é uma empresa do grupo Famastil, “apesar de não ter os mesmos acionistas, a gente administra como grupo”. É especializada na produção de organizadores plásticos e pequenas prateleiras dos mais diferentes materiais como madeira, vidro e metal, além de acessórios de banheiro.

“Nosso objetivo com essa unidade produtiva é abastecer o Brasil e a CD para atender o Nordeste e alguns Estados do Norte.” A outra linha produtiva, da Famastil, vai montar carrinhos de mão, com capacidade de 15 mil unidades por mês, podendo atingir 25 mil. O grupo espera duplicar o tamanho da fábrica em três anos.

Leonardo Spinelli / Jornal do Commercio

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Braskem abre inscrições para programas de estágio e trainee 2012

Os interessados têm até o dia 29 de agosto para concorrer a uma das 162 vagas
 
A Braskem, empresa líder das Américas em produção de resinas termoplásticas e maior produtora mundial de biopolímeros, abre inscrições para os seus programas de Estágio e Trainee 2012. Ao todo serão 162 vagas em diversas áreas e regiões do país. As inscrições estão abertas até o dia 29 de agosto pelo novo portal www.jovensbraskem.com.br.

Serão 27 oportunidades para o Programa de Trainee 2012, em que os selecionados passam por diferentes áreas da empresa durante um ano e meio. O candidato que desejar participar precisa ter a graduação concluída entre dezembro de 2009 e dezembro de 2011 em um dos seguintes cursos: Engenharia Química, Engenharia Mecânica, Engenharia de Materiais, Engenharia Produção, Engenharia de Segurança do Trabalho e Engenharia Metalúrgica; Administração, Psicologia, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Química, Química Industrial e Economia.

Já o Programa de Estágio 2012 vai selecionar 135 estagiários, que terão a oportunidade de complementar a sua formação e unir o conhecimento teórico adquirido na universidade à prática. Os candidatos deverão terminar o curso entre dezembro de 2012 e dezembro 2013.

Os trainees e estagiários selecionados passarão por programas estruturados de desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais, além da interação com as equipes de trabalho. Para poderem aplicar seus conhecimentos teóricos em atividades práticas, eles desenvolverão projetos em suas áreas de atuação, sempre com o acompanhamento dos líderes diretos e da equipe de Recursos Humanos da Braskem.

Uma das novidades dos processos é o site www.jovensbraskem.com.br. O novo portal foi elaborado para ser um canal de comunicação entre a empresa e o público jovem. Nele estão disponíveis informações relevantes sobre os programas, a empresa e o mercado. A ideia é contribuir com o crescimento profissional e pessoal dos interessados independente da seleção pela qual passarão.

O objetivo da empresa é atrair e desenvolver jovens talentos que se identifiquem com os valores da Braskem.

Japoneses compram parte da Schincariol



A cervejaria japonesa Kirin anunciou ontem a compra de uma participação de 50,45% na brasileira Schincariol, terminando com meses de especulações sobre a venda da vice-líder do mercado nacional de cerveja, com cerca de 11% de participação, e a 15ª no mundo. O grupo japonês adquiriu todas a ações de Alexandre e Adriano Schincariol por R$ 3,95 bilhões. Em Pernambuco, a empresa possui uma unidade em Igarassu.

O valor será pago hoje, de acordo com comunicado divulgado pela empresa japonesa. A Kirin afirma que angariou o valor por meio de recursos próprios e empréstimos. A compra dá à Kirin uma sólida base no mercado brasileiro, que cresce rapidamente, e se soma à base que a companhia já detém na Ásia e na Oceania.

O grupo japonês afirma que a compra da Schincariol faz parte de sua estratégia de expansão territorial como forma de ganhar mercado. O mercado brasileiro (de bebidas) deverá manter crescimento estável por conta da expansão econômica do Brasil e do contínuo aumento da renda pessoal da população, afirma a empresa.

HISTÓRICO

O Grupo Schincariol foi fundado em 1939 pelo filho de imigrantes italianos Primo Schincariol, que instalou, nos fundos de sua casa em Itu, interior de São Paulo, uma pequena fábrica de bebidas. Começou produzindo licor de cacau, conhaque, groselha, vinho quinado, anisete e o refrigerante Itubaína. Para distribuir a produção, Primo colocava as caixas sobre o lombo de burros e as levava até os comerciantes locais.
Em 1989, a produção de cervejas, se concretiza com o lançamento da cerveja pilsen Schincariol, primeira cerveja do Grupo, que hoje detém marcas como Cintra e Nobel, além da Baden Baden, Devassa e Eisenbahn (no segmento preminum).

Hoje, a companhia tem 14 fábricas em 12 Estados brasileiros, possui mais de 600 mil pontos de venda, 11 centros de distribuição, além de 200 revendas e escritórios.

Jornal do Commercio