segunda-feira, 9 de julho de 2012

Fiat vai promover carro na Fenearte


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INOVAÇÃO Modelo de veículo ecológico, o Uno Ecology, estará na feira de artesanato que tem início na próxima sexta-feira. Veículo tem até cana-de-açúcar como componente
A fábrica da Fiat em Goiana, Mata Norte do Estado, só estará a pleno vapor em 2014. As ações sociais e e de marketing da empresa por aqui, no entanto, já começaram. Aproveitando a movimentada Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que abre sua XIII edição na próxima sexta, a montadora italiana, patrocinadora master do evento, estará presente com dois estandes. Um para apresentar seu carro ecológico, o Uno Ecology, e outro para mostrar os trabalhos da Cooperárvore, trabalho que desenvolve com artesãos de Minas Gerais.
Pela primeira em Pernambuco, o Uno Ecology poderá ser visto pelo público no mezanino do Centro de Convenções. “Trata-se de carro-conceito, que hoje ainda não possui viabilidade comercial, mas demonstra o potencial da Fiat em desenvolver novas possibilidade de uso de materiais e componentes, mais adequados ao meio ambiente”, explica a coordenadora de relacionamento com a comunidade da Fiat, Ana Veloso.
O veículo, que tem o mesmo design do Novo Uno, possui motor 1.0 calibrado para consumir apenas etanol (E100), proporcionando menos emissões de CO2 se comparado ao motor à gasolina, peças plásticas produzidas com o bagaço da cana-de-açúcar, que reduzem o peso em torno de 8% em relação a uma peça convencional, bancos em fibra de coco e látex com origem renovável, permeável ao ar, antifungo, reciclável e biodegradável, cuja utilização evita o uso de aproximadamente 7 quilos de poliuretano (substância derivada do petróleo), revestimento dos bancos e tapetes com tecidos a partir de PET reciclado.
Muitas dessas peças dialogam com o projeto social da Fiat em Jardim Teresópolis, bairro localizado bem próximo à fábrica de Betim (MG).
Parte do Programa Árvore da Vida, a Cooperárvore (www.cooperarvore.com.br) une mulheres da região e ocupa-as com a transformação de materiais descartados no dia a dia da produção dos carros em artesanato, a exemplo de retalhos de tecido automotivo e cinto de segurança. Em oito anos, mais de 13 mil pessoas já foram beneficiadas.
A iniciativa tem parceria das instituições Fundação AVSI e Cooperação para a Morada Humana (CDM).
É justamente a ONG de origem italiana AVSI Nordeste, que está realizando, desde maio, um mapeamento socioeconômico em Goiana para a elaboração de um diagnóstico da cidade. Sobre os planos de montar um programa social local, Ana Veloso diz que é bastante viável, mas que, primeiro, é preciso que se faça um estudo capaz de promover diálogo com a população e ouvir suas vontades.
Nesse momento, seis linhas de pesquisa simultâneas estão em andamento: aspectos socioculturais, aspectos urbanísticos e ambientais, organizações da sociedade civil, cadeia produtiva, economia e mercado de trabalho, e planejamento e investimentos públicos com a chegada da Fiat no local.
JORNAL DO COMMERCIO

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