terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Fábrica da FIAT à procura de líderes

O Polo Automotivo Jeep, em Goiana, precisará de líderes a partir de 2015. Serão 180 inicialmente, até chegar a um total de 250 pessoas que vão liderar um grupo de 1,5 mil profissionais para produzir 250 mil veículos por ano. Além disso, o futuro centro de pesquisa e engenharia trará para Pernambuco mais oportunidades de empregos de nível de engenharia e técnico.  Pelo planejamento, serão 500 engenheiros no futuro centro, a ser instalado onde hoje está a Fábrica Tacaruna. A dica dos diretores é: além da formação técnica, interessados em atuar no grupo precisam abraçar o perfil comportamental, de vestir a camisa Jeep.
De acordo com o diretor mundial de manufatura do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Stefan Ketter, os líderes são pessoas desafiadas diariamente a realizar a gestão de células produtivas, garantindo o cumprimento absoluto das metodologias de qualidade pelos comandados, de acordo com as metas de produtividade. “Por ser umas das fábricas mais modernas do grupo e integrar mais aparatos tecnológicos, o ganho dos profissionais que atuarem na unidade Jeep, em Goiana, é a possibilidade de trabalhar em uma equipe de alta performance, um diferencial para o desenvolvimento de qualquer profissional”, destacou.
“Além de tudo, as pessoas precisam estar preparadas para entrar no grupo, de ter a marca Jeep na camisa, localizada perto do coração. Esses profissionais serão líderes-chave para o processo de qualidade, que é nossa prioridade. Então precisam ser proativos na gestão, motivados e com brilho nos olhos. Buscamos técnicos e engenheiros que sejam movidos pela paixão e interessados na construção de uma sólida carreira no grupo”, detalhou Ketter.
O Jeep Renegade será o primeiro produto a sair, em 2015, da nova fábrica de Goiana, Pernambuco, Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no mundo. Ele já é produzido na Itália e será feito na China em 2016, com vendas em mais de 100 países, sempre com a mesma qualidade construtiva. “Alguns engenheiros pernambucanos já produziram o Renegade fora do Brasil e agora vão fazer aqui, seja atuando como multiplicador ou em produção”, complementou o diretor de Recursos Humanos do grupo FCA, Adauto Duarte.
No início do mês, o grupo anunciou a formação de uma ampla parceria em educação com universidades e instituições de ensino superior, técnico e profissional de Pernambuco e Paraíba. O resultado da iniciativa pode tornar, nos próximos anos, a região Nordeste em um polo mundial de desenvolvimento e produção de veículos e de geração de conhecimento em engenharia automotiva e são os profissionais que o grupo quer.
DIARIO DE PE

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Tintas Iquine terá fábrica em Vitória de Sto Antão

Imagem da Empresa
A pernambucana Tintas Iquine está investindo em outra fábrica no Estado, desta vez em Vitória de Santo Antão. A empresa, líder no Norte-Nordeste e quarta marca do País no setor, já opera em Prazeres, Jaboatão, na RMR. A nova planta irá produzir massas, resinas, vernizes e tintas. Será uma unidade voltada para produção imobiliária, industrial e automotiva. O investimento é de R$ 46 milhões, financiados pelo BNDES e Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), e geração de 252 empregos.
Segundo o diretor comercial e de marketing da Iquine, Alan Souza, está sendo feita agora a limpeza da área para iniciar a terraplanagem. Das obras até a produção, serão entre 24 e 36 meses. Quando o projeto estiver maduro, a planta produzirá 70 milhões de litros de tinta por ano. Souza detalha que a ideia era levar a segunda fábrica, que atenderá Meio Norte e Norte, para outro Estado do Nordeste, mas decidiu-se por Pernambuco por causa dos incentivos.
CONDIC
Semana passada o Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) realizou sua 88ª reunião, a última da gestão Eduardo Campos/João Lyra. A Iquine foi o destaque dentre os projetos industriais aprovados, com maior aporte e maior geração de empregos. Outros 35 foram aprovados: 22 indústrias, 11 importadoras e duas centrais de distribuição. “Para 2015, tem muita coisa engatilhada”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni, sem dar detalhes.
Mas é provável que o município de Escada seja destaque já no início do ano. Está nas propostas da pasta a aquisição de um terreno para abrigar novos projetos, além do distrito industrial. Outro grande investimento já certo para o próximo ano é do Grupo gaúcho Bolognesi, que irá implantar uma térmica a gás natural e um terminal de regaseificação em Suape, um investimento de mais de R$ 3 bilhões.
Além disso, o governo sinalizou que irá investir em novos projetos de comercialização de energia renovável, com foto na fotovoltaica, com forte potencial de geração no Sertão. Haverá também apoio à implantação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, Inovação e Engenharia da Fiat Chrysler em três imóveis provisórios, enquanto o da Fábrica Tacaruna não fica pronto. AD Diper também anunciou que fará seu primeiro concurso público em 2015.

Jornal do Comércio

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Refinaria já está produzindo combustíveis em Suape


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O “coração” da Refinaria Abreu e Lima, a unidade de destilação atmosférica, começou oficialmente a funcionar no último sábado. De forma bem simples, é uma torre que processa o petróleo: em cada “andar” há uma temperatura e processos diferentes, resultando em um produto específico.
Segundo nota divulgada pela Petrobras nesta segunda (8), da primeira carga de petróleo processada em Pernambuco saíram diesel, gás de cozinha (GLP) e produtos menos conhecidos do grande público: nafta, usado pela indústria petroquímica, e duas matérias-primas para outras etapas de produção da própria refinaria, o gás combustível e o resíduo atmosférico (RAT).
Confira a nota da Petrobras:
“Refinaria Abreu e Lima inicia produção de derivados de petróleo
A Petrobras iniciou no sábado, 06/12, a produção de derivados de petróleo na Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Os produtos foram enviados para armazenamento em tanques e esferas da refinaria.
A primeira carga de petróleo, após o processamento na UDA, gerou gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, diesel e resíduo atmosférico (RAT) – insumo para a unidade de coqueamento retardado. Além dos derivados, foi produzido também gás combustível, que será utilizado nos processos da própria refinaria.
Jornal do Commercio 

Vitória de Santo Antão terá fábrica italiana de vidros

Italiana Glass Company também produzirá painéis solares. Investimento é de € 12 milhões e o início das operações está previsto para o mês de outubro de 2015
Polo Vitoria Foto Michele Souza -JC ImagemO polo industrial da Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, vai ganhar reforço com a implantação de uma fábrica de vidros e painéis solares da empresa italiana Glass Company. A unidade vai receber investimento de  € 12 milhões e tem previsão de começar a operar em outubro de 2015. A proposta é atender ao mercado brasileiro, sem descartar a possibilidade de expandir o atendimento para a América Latina.
“A Glass Company está presente no Brasil desde 1996, com uma fábrica no Rio Grande do Sul. Mas essa unidade está focada na fabricação de vidros para a construção civil, enquanto a de Vitória de Santo Antão poderá atender tanto ao setor quanto a usinas solares”, declarou ao Portal A Voz da Vitória Ebert Casanova, diretor da Consultoria Confiance Gestão Contábil & Negócios, que intermediou a atração do investimento.
O executivo afirma que o interesse do grupo italiano era fazer o investimento em São Paulo, mas acabou se convencendo a ficar em Pernambuco. A empresa vai pleitear os incentivos do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe). Os sócios adquiriram um terreno de quatro hectares na BR 232, em Vitória. A unidade tem capacidade para produzir 30 mil metros quadrados de vidro por turno de produção. No primeiro ano de operação, a previsão é que o faturamento mensal da indústria fique na casa dos R$ 3,5 milhões.
O vidro fotovoltaico chega a ser 20% mais caro que os comuns, mas são sustentáveis, permitindo a geração de energia solar. O produto é constituído por lâminas de células fotovoltaicas fabricadas com silício, que é um elemento químico semicondutor. Esse material é instalado em vidros comuns, que absorvem a radiação solar e transformam em energia.
“Ainda não temos contratos fechados, mas conversamos com construtoras, hotéis e móveis que se interessam pelo produto”, adiantou Casanova. Segundo ele, regras do Programa Minha Casa, Minha Vidasugerem a substituição do vidro comum pelo fotovoltaico.
Em Pernambuco, a Glass Company se associou a Coliseum Leilões e a MF de Lima. Na distribuição societária, a Glass terá 30% de participação e os outros dois sócios, 35% cada um.
USINA SOLAR
A Fábrica da Glass Company integra um projeto maior, que prevê a implantação de dez usinas solaresnos municípios sertanejos de Salgueiro e Serra Talhada. A previsão é investir  € 430 milhões em usinas com 30 MW cada uma. O projeto terá participação de fundos de investimentos alemão e japonês, com participação de 50% e as empresas interessadas em se agregar poderão entrar com participação a partir de 10%.
A ideia inicial era implantar os parques em Afogados da Ingazeira, mas a localização foi revista. Os projetos da fábrica e da usina foram apresentadas em dezembro de 2013, em reunião com o Governo do Estado.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Novidades da Moderna Equipamentos para a Fimmepe Mecânica Nordeste

Daniel Torquato, Diretor Financeiro, fala sobre sua participação na Fimmepe Mecânica Nordeste 2014, a importância da feira para o setor, e as novidades que a Moderna Equipamentos trará para o evento.





Qual a importância da Fimmepe Mecânica Nordeste para o setor? 
A feira representa o crescimento na Região Norte e Nordeste do país.

Qual o resultado esperado com a participação da Moderna Equipamentos Industriais na Fimmepe Mecânica Nordeste? 
Com a participação neste importante evento para o setor industria e pela alta qualificação dos visitantes/compradores, a Moderna Equipamentos espera aumentar em 20% o faturamento da empresa.

Quais produtos/serviços a Moderna Equipamentos Industriais lançará ou dará destaque no evento? 
Juntas de expansão metálicas e não metálicas fabricadas pela Balg; placas de papelão hidráulico, juntas metálicas, placas de grafite flexível e fixadores especiais fabricados pela Lamons; selos mecânicos de ultima geração para todos os seguimentos industriais incluindo petróleo e gás  fabricados pela Marksol.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Navio pernambucano João Cândido conclui operação inédita do pré-sal

Embarcação exportou petróleo do pré-sal para o Chile

 / Guga Matos

Guga Matos

Primeiro navio construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo de Suape, o petroleiro  João Cândido concluiu, no início deste mês de agosto, a inédita operação de exportação de petróleo do pré-sal realizada por uma embarcação encomendada pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro. No dia 1º de agosto, o navio ancorou próximo ao Terminal de Angra dos Reis, um mês depois de iniciar a odisseia que o levou até o Chile, comprovando sua segurança e eficiência também em rotas de longo curso.
A viagem, iniciada no próprio terminal fluminense, tinha como objetivo transportar 1 milhão de barris de petróleo até águas chilenas, onde seria descarregado através de operação ship-to-ship, no Porto de Talcahuano, e também no Terminal de San Vicente. As operações de descarregamento foram realizadas com sucesso, mas, antes disso, o navio enfrentou mar agitado e ondas grandes. Ship-to-ship é uma operação que consiste no transbordo de petróleo ou derivados, de um navio para outro amarrados lado a lado com dispositivos de proteção entre eles e conectados por mangueiras especiais.
Na passagem pela costa argentina no caminho de ida, o Suezmax passou, pela primeira vez, por ondas de até 8 metros, acompanhadas de rajadas de vento de cerca de 70 km/h. Já em águas chilenas, após cruzar o Estreito de Magalhães, passagem natural entre os oceanos atlântico e pacífico, enfrentou novos desafios como tempestade de neve e temperaturas negativas. A alta tecnologia da embarcação e seu sistema de calefação garantiram o conforto e segurança da tripulação.
Já no retorno ao Brasil, ainda em águas chilenas, ondas de 15 metros foram enfrentadas pelo navio, que rumou para os canais patagônicos, desviando de novas tempestades e possibilitando uma navegação com mais velocidade. De volta aos mares brasileiros, o gigante de 274 metros foi recebido sem contratempos, completando sua viagem de 7.078 milhas náuticas, equivalente a mais de 13 mil quilômetros.
Atualmente, sete embarcações do Promef estão em operação e outras 14 estão em construção.
JC ONLINE

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Fiat seleciona profissionais do distrito de Tejucupapo

Os candidatos devem ter ensino médio completo. As vagas são para mecânico, eletricista, auxiliar de produção e auxiliar logístico


 / Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Profissionais do distrito de Tejucupapo, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, estão sendo selecionados pela Fiat Chrysler, no polo automotivo de Goiana. As vagas são para mecânico, eletricista, auxiliar de produção e auxiliar logístico.
Os candidatos devem ter o ensino médio completo. O currículo impresso deve ser entregue na Escola Heroínas de Tejucupapo até quinta-feira (28), das 9h às 16h. A escola fica na Rua do Juá, sem número.

JC Online

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Refinaria Abreu e Lima vai receber primeiro navio de petróleo no próximo dia 03/09/2014

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O primeiro navio da Petrobras trazendo óleo da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, para processar na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) tem data prevista para atracar no Porto de Suape, no próximo dia 3. A chegada da embarcação vai marcar o início dos testes da unidade de refino com petróleo passando nas tubovias (estruturas que levam o óleo cru do navio até a planta industrial) e na linha de produção. A expectativa é que a embarcação atraque no píer de granéis líquidos (PGL) 3, um dos três berços construídos exclusivamente para esse tipo de operação.
Com previsão de inaugurar no dia 4 de novembro, a Rnest tem capacidade para processar 230 mil barris por dia. A unidade vai transformar petróleo em óleo diesel, nafta, coque de petróleo, gás liquefeito de petróleo (GLP) e bunker (combustível marítimo). A previsão inicial era que a Rnest recebesse três navios superpetroleiros por semana para abastecer a unidade, mas a falta de conclusão da dragagem do canal externo deve fazer a Petrobras rever a estratégia.
Nesse primeiro teste será usado um navio menor para carregamento de petróleo apenas para teste. Os superpetroleiros (com capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo) precisa de uma profundidade de 20,5 metros. A dragagem do canal de acesso permitiria essa profundidade. Apesar de ter atingido 95,60% de execução, o status atual não permite a atracação desses navios gigantes.
O secretário de Desenvolvimento de Pernambuco, Márcio Stefanni, explica que a conclusão da obra esbarrou em problemas técnicos e financeiros. Orçada inicialmente em R$ 340 milhões, a obra está paralisada desde maio de 2013. A constatação da existência de pedras no fundo do canal fizeram o orçamento da dragagem explodir, em função da necessidade de implodir as pedras. O governo de Pernambuco informou a situação à Secretaria Especial de Portos, com a necessidade de complementar o investimento na obra em quase R$ 100 milhões. O projeto acabou questionado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a obra não voltou a avançar. Com o problema, a Petrobras terá que mudar a logística, aumentando o número de atracações de navios menores (no lugar dos superpetroleiros) para transportar o petróleo.
TESTE
Em novembro do ano passado, o Porto de Suape realizou a primeira movimentação de carga de petróleo, numa preparação para atender a Abreu e Lima. Operado pela Petrobras, o navio tanque Aliakmon atracou no Pier de Granéis Líquidos (PGL) 3B, com uma carga de 13,5 mil toneladas de petróleo cru proveniente de Xaréu, no Ceará. O material foi descarregado em outra embarcação, o navio tanque Norient Scorpius. O procedimento durou cerca de 24 horas e, depois, o navio seguiu para Manaus. A operação foi um marco para o Porto de Suape.
JC ONLINE

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Promar lança navio neste mês

Primeiro gaseiro que foi construído em Pernambuco pelo estaleiro entrará na fase final de testes. Falta fechar a data para a cerimônia
O estaleiro Vard Promar, localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, programa para a segunda quinzena deste mês o lançamento ao mar do primeiro navio gaseiro (usado no transporte de GLP, o gás de cozinha) construído em solo pernambucano. Esta é a fase final de testes, onde são identificados possíveis problemas e realizados os ajustes necessários. A previsão é de que a encomenda seja entregue à Transpetro, subsidiária da Petrobras, e responsável pela encomenda, em dezembro.
A solenidade de lançamento ao mar deve contar com a presença de autoridades do setor. Porém, o estaleiro ainda aguarda a agenda da subsidiária para fechar a data da solenidade. A expectativa é de que, na ocasião, seja anunciado o nome do navio, que, por enquanto, está sendo chamado de EP-3. Procurada pelo Diario, a assessoria de imprensa do órgão afirmou que ainda não há previsão para o lançamento da embarcação. A construção do navio teve início em julho de 2013.
O estaleiro pernambucano faz parte da divisão Vard, o braço offshore do grupo italiano Fincantieri, referência na construção naval mundial. Apenas para erguer o empreendimento, cujas obras estão em fase final, foram investidos R$ 350 milhões. O Promar possui contrato com a Petrobras para a construção de oito navios até 2017, totalizando uma carteira de encomendas de US$ 536 milhões.
Além do EP-3, já foi dada a largada em Suape para a construção do quarto gaseiro. Para não atrasar o cronograma de entregas, já que, além de iniciar a produção de navios, o grupo precisaria estar com a parte física do estaleiro em obras, os dois primeiros navios do pacote começaram a ser construídos na fábrica do Vard Promar em Niterói, no Rio.
Pelo cronograma da empresa, a previsão é de que em 2015 sejam entregues três, no ano seguinte dois e em 2017, o último. O Vard Promar também possui contrato com a Dofcon Navegação, empresa do segmento de instalação offshore, para construção de dois Pipe-Laying Support Vessel (PLSVs), navios de lançamentos de tubos, cuja construção deve ter início até o final do ano. Este último contrato é no valor de US$ 500 milhões.

Fonte: Diario de Pernambuco

terça-feira, 1 de julho de 2014

Grupo Lear, fornecedora da Fiat, busca profissionais em Pernambuco


O Grupo Lear, fabricante de bancos automotivos que está instalando uma unidade em Goiana, onde será fornecedora da Fiat, está em busca de profissionais. O cargo com mais demanda é o de costureira. Até o final do ano, serão 170 funcionários contratados. A função pode ser exercida por homens e mulheres.
Neste caso, a porta de entrada é a capacitação oferecida pelo Senai, por meio do Pronatec (programa do governo federal) ou do Novos Talentos (oferecido em parceria com o governo do estado). Os currículos devem ser enviados para selecaogoiana@lear.com.
A empresa também está em busca dos profissionais que fizeram o curso técnico em vestuário da escola do Senai de Paulista. Os concluintes, independente do ano de conclusão, podem encaminhar o currículo para o mesmo e-mail (selecaogoiana@lear.com) e no assunto colocar: “Ex-aluno Senai Paulista”.
A empresa também busca profissionais da área de Qualidade, Logística e Manutenção. Quando em plena operação, a unidade deve contratar 110 pessoas nessas três áreas. Os pré-requisitos básicos são: morar em Goiana ou arredores, ter o segundo grau completo e, preferencialmente, com curso técnico nessas áreas. Os currículos devem ser encaminhados para o mesmo e-mail.
O Grupo Lear será responsável pela produção de capas, espumas dos bancos e montagem dos assentos dos veículos fabricados pela Fiat em Pernambuco. A produção começará com 30 kits para carros (dois bancos dianteiros e um traseiro) por hora. Quando em pleno funcionamento, serão 60 por hora.
As contratações do Grupo Lear para o cargo de costureira já iniciaram. Nove mulheres embarcam na próxima quarta-feira (2) para o México, onde passarão um mês em treinamento na maior unidade da marca, localizada em La Cuesta, no México. Quando retornarem, elas servirão como multiplicadoras dos demais funcionários.
Das nove profissionais que embarcam, sete fizeram o curso de qualificação para Costureiro Industrial do Vestuário. As duas profissionais restantes fizeram o curso técnico em vestuário também pelo Senai e participaram de um processo seletivo.

Rochelli Dantas – Diario de Pernambuco

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Petroleiro João Cândido faz seu primeiro carregamento com óleo do pré-sal

Ontem 29, pelo facebook, o comandante Carlos Muller, a frente do navio João Cândido, primeiro petroleiro construído em Pernambuco no Estaleiro Atlântico Sul (Suape) noticiou o primeiro carregamento com óleo do pré-sal.
Um acontecimento que vai muito além de sua dimensão logística, já que reúne dois grandes momentos da recente história do Brasil que são a conquista do pré-sal e a recuperação da indústria naval brasileira, de cuja representação histórica, o Navio João Cândido se tornou ícone, por ser o primeiro da nova frota brasileira, lançado ao mar há pouco mais de dois anos.
 “Fazendo agora nosso primeiro carregamento de petróleo do pré-sal para o Chile. Esperando uma boa viagem, com tempo firme e bastante frio na nossa rota para o Pacífico. Parabéns a todos que estão fazendo um bom trabalho no mar e em terra para esse óleo gerar riqueza no nosso país.”

O Navio

João Cândido é um navio petroleiro feito no Brasil com 274 metros de comprimento, 48 metros de largura, 51,6 metros de altura e 12 tanques de carga, considerado a maior embarcação já construída no país,2 com a capacidade de transportar metade da produção diária de petróleo brasileiro.3 Foi construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, localizado no município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco.
Foi o primeiro navio construído para o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). É parte de um lote de 49 navios encomendados pela Transpetro, a um custo de 10,6 bilhões de reais no total. 4 Foi construído com 70% de nacionalização 5 no Estaleiro Atlântico Sul (EAS).
O seu nome foi em homenagem ao marinheiro João Cândido (1880-1969), que liderou a Revolta da Chibata, em 1910, com cerca de dois mil marinheiros negros que lutavam contra os maus-tratos a que eram submetidos pelos comandantes da Marinha.
Características gerais
Classepetroleiro
Tonelagem81 429, Porte Bruto: 157 055 t 1
Largura48 m
Maquinárion/d
Comprimento274,2 m
Calado14 m
Velocidade13,6 / 12,4 nós

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Primeira usina solar de Pernambuco está aberta à visitação

A unidade é responsável por até 30% do consumo pela Itaipava Arena Pernambuco

 / Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

A Celpe anunciou, na última terça-feira (27), que a Usina Solar São Lourenço da Mata, a primeira no gênero em Pernambuco, está aberta para visitação. A unidade é responsável pelo abastecimento de 30% da Itaipava Arena Pernambuco. Para aprimorar a visita, o Centro de Visitação foi instalado em meio aos 3.652 painéis solares fotovoltaicos. A unidade possui potência instalada de 1 megawatt pico (MWp), capacidade suficiente para gerar 1.500 MWh por ano, o que equivale ao consumo de seis mil habitantes.
O Centro de Visitação está inserido no  Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e foi criado para funcionar em paralelo com o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”, da Aneel. Além da usina, o P&D contempla outros investimentos que totalizam R$ 24,5 milhões.
Toda a estrutura para a produção de energia faz parte do roteiro de visitação. A maior atração do local é o pátio com as milhares de placas fotovoltaicas, mas há também a estação meteorológica. Esse equipamento é utilizado para monitorar as condições climáticas locais, disponibilizando dados importantes no âmbito de pesquisas e estudos em energia solar. Os visitantes ainda terão a oportunidade de participar de palestras sobre o uso seguro e eficiente da energia elétrica.
Os grupos interessados em visitar a Usina Solar São Lourenço da Mata devem entrar em contato para agendar a visitação por meio do telefone 3035-8989. As visitas guiadas são realizadas de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h, de forma gratuita.
Do JC Online

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Estaleiro em Pernambuco forma primeiras turmas do Prominp em 2014

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O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, é a primeira empresa a aderir este ano ao projeto aluno-empresa de qualificação de mão de obra, definido em 2013 pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). As cinco primeiras turmas, totalizando 95 alunos selecionados pelo estaleiro, estão assim distribuídas: caldeireiro; eletricista de força e controle; encanador industrial; soldador de estrutura e instrumentista montador.
Desde 2013, o Prominp vem intensificando a capacitação pela modalidade Aluno-Empresa. A partir de agora, as empresas indicam os alunos e dividem o investimento na qualificação com o Prominp. Esse modelo passou a ser estimulado com base na experiência acumulada nos seis processos seletivos públicos (ciclos) já realizados. Foi identificada a necessidade de ampliar a participação dos fornecedores de petróleo e gás na seleção dos candidatos, como forma de estimular a absorção do pessoal qualificado pela indústria.
O Programa Nacional de Qualificação Profissional (PNQP), que integra o Prominp, possui duas rotas de qualificação: Aluno-Empresa, que qualifica profissionais em parceria com as empresas, que ficam responsáveis por selecionar os alunos para os cursos, sejam estes seus próprios funcionários (Aluno-Empresa Contratado) ou recrutados no mercado (Aluno-Empresa Recrutado) e Aluno-Público, que qualifica profissionais selecionados por meio de processo seletivo público. A partir desse ano, os processos seletivos para os cursos do Prominp serão oferecidos apenas em regiões com empreendimentos que ainda não tenham empresas contratadas para sua implantação. Ou seja, em vez de ciclos nacionais de qualificação, com processos seletivos simultâneos em diversos estados do país (modelo utilizado até 2013), serão realizados processos seletivos regionais, com destaque na oferta de vagas para ocupações de nível técnico e superior.
De 2006 a 2013, foram qualificados em cursos coordenados pelo Prominp mais de 97 mil profissionais, com investimento de aproximadamente R$ 294 milhões.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Grupo Novartis amplia área da fábrica que está sendo construída em Jaboatão

Em 2013, Novartis adquiriu um terreno vizinho de 13 hectares e, agora, outra área de quatro hectares está sendo alugada (Novartis/Divulgação)
Em 2013, Novartis adquiriu um terreno vizinho de 13 hectares e, agora, outra área de quatro hectares está sendo alugada
O projeto da fábrica da Novartis, empresa do setor de medicamentos que está se instalando em Jaboatão dos Guararapes, passa por uma nova expansão, a segunda desde a ida do projeto para o município. O lote inicial tinha uma área de quatro hectares. No ano passado, o grupo adquiriu um terreno vizinho de 13 hectares e, agora, outra área de quatro hectares está sendo alugada. Com isso, o terreno totalizará 21 hectares.
A multinacional não informou em quanto a nova aquisição irá impactar no valor do novo investimento, que estava estimado em R$ 1 bilhão. A expansão também não altera o cronograma formalizado anteriormente com o governo de Pernambuco. De acordo com o diretor da fábrica, Markus Schneider, após uma intensa fase de qualificação de todos os equipamentos, a transferência da tecnologia da planta acontecerá em 2016 e a produção será iniciada no primeiro semestre de 2017.
“Em função da aprovação formal da Anvisa, a operação comercial está prevista para o final de 2018”, explicou Schneider. Quando estiver em operação, a fábrica irá gerar 120 empregos diretos. As mudanças do projeto pernambucano não param por aí. Com a troca de ativos realizada entre a Novartis e a GSK, na semana passada, envolvendo a divisão de Vacinas, a farmacêutica suíça não irá mais produzir em Pernambuco vacinas no combate à meningite B, como previsto inicialmente.
“A Novartis decidiu manter a fábrica de biotecnologia no grupo, reforçando o compromisso da empresa no Brasil. Porém, a empresa está definindo quais serão as decisões estratégicas sobre o futuro da produção em Pernambuco”, informou a empresa por meio de nota enviada ao Diario.
O projeto pernambucano foi anunciado em 2007. Em setembro de 2009, a empresa lançou a pedra fundamental do empreendimento em um terreno localizado no Polo Farmacoquímico, em Goiana, Zona da Mata Norte do estado. Mas após análises, a empresa suíça considerou que o solo e a distância dos polos de exportação do produto (portos e aeroportos) não eram ideais e optou pela transferência do empreendimento para Jaboatão dos Guararapes.
A construção segue em ritmo avançado. A unidade está sendo construída em blocos, que estão sendo fabricados nos Estados Unidos e chegarão ao estado em contêineres. A previsão é de que os primeiros módulos cheguem em agosto.

Rochelli Dantas - Diario de Pernambuco

Fiat intensifica divulgação de vagas em Pernambuco

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Foto: Reprodução/Internet
Fiat intensifica divulgação de vagas em Pernambuco pelo site oficial |
Interessados são redirecionados a uma página com o detalhamento das vagas. 
A Fiat Chrysler intensificou a divulgação das vagas para a fábrica da montadora, que está fase de construção, no município de Goiana, na Mata Norte. Por meio de um banner, que está no site oficial da empresa (www.fiat.com.br), os interessados em trabalhar na unidade são redirecionados a uma página onde constam todas as vagas detalhadas. Até o fim do ano, serão contratadas 850 pessoas.
Desse total, já foram contratadas 482 pessoas. Desses, 92 estão trabalhando e 390 estão passando por treinamento. A operação começa no próximo ano. E até 2016, quando estiver a todo vapor, o Polo Automotivo vai precisar contar com um total de 8 mil trabalhadores.
Segundo informações da montadora, do atual quadro, 93% são nordestinos, 71% pernambucanos e 40% são de Goiana e região. Além disso, dos 390 funcionários em treinamento, 120 estão no exterior (Itália, Sérvia e Estados Unidos). Já os que estão sendo capacitados em solo pernambucano contam com uma mini fábrica piloto, onde aprendem na prática o processo de produção de veículos.
O Polo Automotivo em implantação em Goiana terá investimento da ordem de R$ 7 bilhões, incluindo o valor aplicado pelas sistemistas, que são as empresas fornecedoras. O projeto como um todo, o que inclui essas empresas, irá gerar 12 mil empregos. A montadora terá capacidade de produção de até 250 mil automóveis por ano e será a mais moderna do Grupo Fiat Chrysler no mundo.
Oportunidades de trabalho no polo automotivo de Pernambuco
Área especializada (Escolaridade: superior completo)
Engenheiro mecânico
Engenheiro eletrônico
Engenheiro eletricista
Engenheiro de automação
Engenheiro de segurança do trabalho
Engenheiro químico
Engenheiro ambiental
Engenheiro de produção
Engenheiro de materiais
Engenheiro civil
Médico do trabalho
Supervisor de saúde
Segurança e meio ambiente
Analista e supervisor de logística
Analista e coordenador de qualidade
Analista e supervisor de produção
Analista de recursos humanos
Analista de tecnologia da informação
Analista de comunicação corporativa
Analista de projeto
(economia administração e ciências contábeis)
Enfermeiro
Área Técnica (Escolaridade: técnico completo)
Técnico em mecânica
Técnico em eletrotécnica
Técnico em eletromecânica
Técnico em eletroeletrônica
Técnico em automação
Técnico em instrumentação
Técnico em segurança
do trabalho
Técnico em enfermagem
Ferramenteiro
Técnico em nutrição
Área Operacional (Escolaridade: médio completo ou técnico em andamento)
Líder de Equipe
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Economia: Diario de Pernambuco

Expansão da Petrobras amplia oportunidades de trabalho para profissionais

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Mercado de trabalho para profissionais se amplia com o nosso crescimento
Nossa expansão nos próximos anos cria uma série de oportunidades para profissionais de todos os níveis na cadeia de fornecedores diretos e indiretos. Com planejamento de dobrar de tamanho até 2020, demandaremos cada vez mais bens e serviços à indústria nacional que, por sua vez, precisará cada vez mais de mão de obra especializada, de nível técnico e superior. Entre as carreiras promissoras, estão engenheiro naval, geólogo e engenheiro de equipamentos, além de técnico de operação e técnico de projeto e de construção e montagem.
Os resultados do plano de qualificação profissional do Programa de Mobilização Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) apontam que, entre 2006 e 2013, já foram qualificados mais de 97 mil profissionais, com investimentos realizados de aproximadamente R$ 294 milhões. Até 2015, são esperados investimentos adicionais de R$ 50 milhões. Desde 2006, foram contempladas 34 cidades em 17 estados.
Profissões promissoras
Há oportunidades para profissionais de todos os níveis na cadeia de fornecedores diretos e indiretos. Planejamos dobrar de tamanho nos próximos seis anos e o aumento de produção previsto no nosso Plano de Negócios e Gestão 2014-2018 contribuirá para o aumento de oportunidades no setor de energia.
• Engenheiro naval: atua nas atividades de planejamento e fiscalização de projetos e obras em estruturas flutuantes. Graduação em Engenharia Naval.
• Geólogo: atua em projetos exploratórios, com mapeamentos geológicos e análise de dados. Graduação em Geologia ou Engenharia Geológica.
•Engenheiro de Equipamentos: acompanha serviços de manutenção e inspeção em equipamentos, instala­ções e sistemas, paradas de manutenção, projetos, construção e montagem e estudos de viabilidade técnica. Formação em áreas de Engenharia.
• Técnico de operação: participa das atividades de operação das instalações, equipamentos, painéis de controle, sistemas supervisórios e de monitoramento, entre outras. Formação em cursos técnicos de nível médio específicos.
• Técnico de Projeto, Construção e Montagem: gerencia a execução de projetos e obras de engenharia em instalações novas e faz manutenção. Formação específica em cursos técnicos de nível médio.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Perspectivas para a Mata Norte de Pernambuco

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Quando abordamos o futuro do Município de Goiana, pretendemos incluir o desenvolvimento econômico da Zona da Mata Norte do Estado, pelos efeitos multiplicadores que os grandes investimentos já iniciados ali beneficiarão outros daquela região.
Nos seus primórdios, Goiana foi sede, duas vezes, da Capitania de Itamaracá, e durante anos era a segunda cidade mais importante de Pernambuco. A história do município está vinculada à cana-de-açúcar, às centenas de engenhos existentes e às lutas libertárias de que participou, como a batalha travada pelas heroínas de Tejucupapo (hoje, distrito municipal), em 1646, da Revolução Pernambucana de 1817, à Revolução Praieira, à Revolução de 1817, à Confederação do Equador. Um aspecto interessante é que a vila operária de Goiana é considerada a primeira a ser construída na América Latina.
Numa rápida apreciação, autores entendem que a origem mais provável do nome Goyanna deriva da palavra em tupi-guarani “Guyanna”, que significa “terra de muitas águas”. O topônimo do município surge, pela primeira vez, nos catálogos da Companhia de Jesus, em 1592, com o nome de aldeia “Gueena”. O historiador holandês, Adolf de Varnhagem, diverge, ao afirmar que a palavra equivale “à gente estimada”, oriunda, também, do tupi-guarani. Há outras opiniões que alongariam essas observações, sendo dispensáveis citá-las.
Queimando etapas, como o período colonial, o período imperial (d. Pedro II ali esteve, em 1859), a Abolição da Escravatura, há informações de que no período republicano circulou o primeiro ônibus no Brasil, da marca Panhard-Levassor, importado em 1900 pela Companhia de Transporte local.
Quanto à economia, a principal atividade do setor primário é a cana-de-açúcar, empregando a maioria da mão-de-obra. O setor secundário é importante desde o início do século XX. Instalaram-se em terras goianenses a Kablin, Nassau (a maior fabricante de cimento do Estado e segunda maior do País), Canaã, Itapessoca, Produtos Pérola, Usina Santa Tereza etc. Nas primeiras décadas de 1900, a indústria têxtil se destacava entre outras atividades fabris.
Nos anos mais recentes e agora estão curso grandes investimentos que deverão resultar na formação de um novo centro industrial diversificado, a exemplo da montadora Fiat, do Polo-Farmoquímico de Biotecnologia, de uma fábrica de hemoderivados e outras,cujo funcionamento mudará a economia de Goiana e dos municípios nas suas proximidades, além de estimular o turismo praieiro, que tem na praia de Ponta de Pedras a sua maior expressão. Dessa maneira, haverá uma redução na desigualdade econômica deste Estado entre a Zona da Mata-Norte e a Zona-da-Mata Sul, esta última que já se beneficia do Complexo de Suape. Essas são as novas perspectivas com o desenvolvimento econômico de Goiana que já se configura.
Folha – PE

Crescimento de SUAPE e GOIANA fazem Usinas enfrentarem crise abandonando o açúcar para vender terrenos

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Pelo menos três usinas na Mata Sul e duas na Mata Norte passaram a atuar na área imobiliária, principalmente nos últimos cinco anos, devido ao desenvolvimento dos polos industriais de Suape e Goiana. Os acionistas da Usina Maravilhas – que fazem açúcar e álcool há pelo menos quatro gerações – transformaram uma parte do seu negócio na Maravilhas Empreendimentos Imobiliários, em Goiana. A valorização das terras daquele município da Mata Norte ocorre num período em que a crise, mais uma vez, bateu à porta do setor sucroalcooleiro com o preço do álcool perdendo a sua competitividade, quando comparado com a gasolina.
O que motivou a entrada da usina no setor imobiliário foi um estudo feito por uma consultoria indicando a futura viabilidade da venda de 3 mil hectares – que faziam parte do canavial da antiga Usina Maravilhas – numa ocupação a ser realizada entre 15 e 20 anos, período em que a área deve receber indústrias, empresas de logística, moradias, empreendimentos de lazer e serviços.
“A lógica econômica nos fez optar por um rendimento que é maior. Não faz sentido ter um produto agrícola e não aproveitar essa oportunidade”, resume o consultor da TIR Finance, Matheus Queiroz, falando pelos acionistas da Usina Maravilhas, com sede em Goiana, na Mata Norte. A oportunidade foi a expansão e valorização das terras próximas à fábrica da montadora da Fiat, também em Goiana. “A nossa maior referência é Betim, em Minas Gerais. Lá, a cidade tinha 30 mil habitantes antes da chegada da multinacional. Hoje, são 360 mil habitantes”, afirma. Antes de receber a fábrica da Fiat na década de 70, a cidade mineira estava numa área predominantemente rural, como é Goiana atualmente. Para a empresa, a vantagem econômica é grande. A área cultivada com cana-de-açúcar se mede em hectare, enquanto as terras comercializadas para empreendimentos urbanos são vendidas em metro quadrado.
A produção de cana-de-açúcar na Mata Norte também tem outra adversidade constante: as estiagens mais frequentes e intensas. A última moagem da Maravilhas foi em 1998, quando a região passou por uma seca muito forte. Depois disso, a cana-de-açúcar da Maravilhas passou a ser processada na Usina Cruangi, de Timbaúba, que pertence ao mesmo grupo.
Em 2010, ocorreu uma cisão entre os acionistas e a gestão da Maravilhas ficou com os irmãos Fernando Queiroz Filho e Dulce Gueiros, enquanto a administração da Cruangi passou a ser feita por Cândido Rios e Maria da Conceição Rios. Ambas as empresas têm os mesmos proprietários.
A primeira venda das terras das Maravilhas para uso industrial ocorreu em 2006, quando a empresa cedeu 340 hectares de terras em Goiana para a implantação da fábrica da Hemobrás, empresa do governo federal. Na época, a usina tinha 18 mil hectares. “Em 2009, o Grupo Brennand fez um acordo com o Estado, ficando com 52 hectares para instalar a fábrica de vidros”, conta Matheus. E lembra: “Em junho de 2011, alguns representantes do Estado nos procuraram para implantar um grande projeto na Mata Norte”. Era a fábrica da Fiat.
“Se não fosse a Fiat, essa futura ocupação poderia levar de 40 a 50 anos”, revela. A expectativa dos acionistas é que cerca de 9 mil hectares da Maravilhas continuem sendo cultivados com cana-de-açúcar. Aproximadamente 5 mil hectares foram trocados por débitos da empresa com os governos federal e estadual. Até 1984, a Usina Maravilhas pertenceu à família Lundgren, quando foi comprada pela Usina Cruangi administrada pela família Queiroz, a qual está no setor sucroalcooleiro desde 1921, quando o bisavô de Matheus, Júlio Queiroz adquiriu a Usina Cruangi.
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