sábado, 28 de maio de 2011

Novo complexo do Paiva vai gerar 12 mil empregos

A Reserva do Paiva, em Suape, vai receber um complexo turístico formado por hotel cinco estrelas, centro empresarial e um shopping, com previsão de funcionamento em março de 2014. O investimento de R$ 450 milhões foi anunciado nesta segunda-feira (23) pelo governador Eduardo Campos, além de representantes da Odebrecht Realizações Imobiliárias e do grupo português Promovalor. Os dois últimos serão responsáveis por 51% e 49% do montante, respectivamente.

O projeto prevê um hotel cinco estrelas com 350 quartos e uma estrutura de lazer que inclui espaço fitness, SPA, restaurante, bar. Um centro de convenções, de arquitetura moderna, terá capacidade para abrigar 2.100 pessoas. Já o segmento comercial será composto por seis torres de sete andares cada, de aproximadamente 43 mil m2 de área total locável.

Entre os recursos disponíveis estão alta tecnologia e o conceito de sustentabilidade sócio-ambiental incorporado aos projetos. “Parte dos empreendimentos vai utilizar energia solar ao invés de elétrica. O uso racional da água também é uma das premissas. As casas vão captar a água da chuva e reutilizar para a irrigação. A acessibilidade está prevista para todo o bairro e a madeira utilizada será 100% de reflorestamento”, detalhou o diretor de incorporação imobiliária da Odebrecht, Luiz Henrique Oliveira.

A área empresarial ficará por conta de um shopping com área locável de 3 mil m2, integrado ao ambiente de praia e clima tropical. Construído sob um conceito inovador, chamado de Open Mall, o centro de compras contará com 40 lojas e será a aberto com jardins, espelhos d’água, vistas livres para a mata e para o mangue. No espaço, bancos, restaurantes, comércio e serviços, que funcionam integrados ao hotel e centro de convenções.

O empreendimento está na primeira, de três etapas previstas para a obra. No total, o projeto vai gerar 5.980 postos de trabalho diretos e indiretos, apenas no período de construção. Para a operação dos equipamentos, a previsão é que outras 7.025 vagas sejam criadas. Com dez anos de atuação no mercado europeu nos segmentos residencial, resort e serviços, o grupo Promovalor escolheu o estado como foco de investimento não por acaso.

Entre os principais motivos está o fato de Pernambuco ser uma das locações para a Copa de 2014. “Quando decidimos investir em algum país, o Brasil foi o primeiro que nos saltou a vista, pelo fato de falarmos a mesma língua e por ter empatia com Portugal. E quando olhamos para o Brasil, decidimos que Pernambuco fazia todo o sentido porque está sendo alavancado por conta da copa e por todo o investimento que está sendo feito em Suape”, completou o diretor de marketing da Promovalor, Tiago Vieira.

Para o governador Eduardo Campos, o novo Complexo do Paiva vai promover ainda mais o estado, aquecendo a economia local. “Vamos aproveitar a ótima oportunidade, que é a Copa do Mundo e trabalhar para que a maior parte dos postos de trabalho que serão criados sejam destinados aos trabalhadores do estado”.

Por Elian Balbino / Pernambuco.com

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Estrela inaugura sua primeira fábrica de brinquedos no Nordeste em junho

Investimento de R$ 8 milhões prevê geração de 150 empregos diretos; hoje, 40% da produção da empresa vem da China

Com um investimento de R$ 8 milhões, a Estrela vai inaugurar até o final de junho em Ribeirópolis, Sergipe, sua primeira fábrica de brinquedos no Nordeste, segundo o presidente da companhia, Carlos Tilkian. A nova unidade será voltada para atender o crescente mercado consumidor da região em condições de competitividade com os produtos chineses.

“O foco é ter uma linha específica de brinquedos grandes com preço unitário relativamente barato. O custo de fazer nas nossas fábricas no Sudeste e levar para o Nordeste implica num aumento muito grande por causa do frete, em torno de 20%”, disse Tilkian em entrevista ao G1.
Hoje, a Estrela possui duas fábricas no país, em Itapira (SP) e em Três Pontas (MG), com cerca de 800 funcionários. A nova fábrica em Sergipe irá entrar em operação com 150 empregados diretos e cerca de 100 costureiras contratadas em oficinas.

Nos últimos anos, após enfrentar uma forte crise em função da abertura do mercado para brinquedos importados, Estrela transferiu parte de sua produção para empresas terceirizadas na China. Em 2010, 40% da produção da empresa veio da China e 60% foi fabricada no Brasil.
“Hoje temos uma parte bastante relevante sendo produzida na China, não por problema de falta de tecnologia, criatividade ou design. São fatores de macroeconomia como câmbio, impostos e mão de obra que acabam fazendo com que a produção chinesa fique artificialmente mais barata”, explica o executivo.

Em janeiro, o governo elevou a alíquota de importação de diversos brinquedos de 20% para 35%. Na avaliação de Tilkian, o efeito da medida foi praticamente anulado pela desvalorização do dólar no ano.
“Houve uma desestruturação do mercado do mercado, mas a Estrela entende que estrategicamente deve manter um nível de produção importante aqui no Brasil e briga para tentar conscientizar o governo de que mais do que criar problemas para a importação, a administração federal deveria incentivar a produção nacional”, opina.

Segundo o presidente da companhia, o contexto macroeconômico exige que a Estrela mantenha essa flexibilidade entre produção local e importação. “Se o modelo econômico diz que temos que importar muito, a gente tem hoje como importar. Se mudar, se o câmbio voltar para R$ 3, então temos fábrica para produzir aqui”.

PE 360 Graus | Da Redação do G1

Mão de obra é desafio para setor de petróleo

Com estabilidade política e econômica e a abertura do mercado, o Brasil é um país “inevitável” para um número cada vez maior de empresas do setor de óleo e gás. Principalmente porque a Petrobras, a empresa mãe do setor no Brasil, tem um plano bilionário de investimentos do qual ninguém quer ficar de fora. Essa é basicamente a visão de Francisco Aristeguieta, diretor da área de serviços financeiros do Citibank para a América Latina e México, sobre a situação atual do país, que tem condições incomparáveis de atração de investimentos, oportunidades e desafios. “O mais difícil já se logrou, que é o modelo político e o processo fiscal estável, sem inflação”, afirma.

O executivo aponta entre os desafios do país prover a indústria de engenheiros, técnicos e principalmente infraestrutura capazes de preparar tantos eventos simultâneos que vão exigir maciços investimentos como a Copa do Mundo de futebol de 2014, a Olimpíada de 2016 e o plano estratégico da Petrobras para o pré-sal. Com alguns parceiros, a estatal prevê aumentar de 2 milhões para 3 milhões de barris por dia a produção de petróleo até 2014/2015 e para 5 milhões de barris/dia em 2020.

Os investimentos programados até 2014 são de US$ 224 bilhões, mas estão em fase de revisão. Somente o pré-sal da bacia de Santos vai absorver US$ 73 bilhões em investimentos até 2015, dos quais 74%, ou US$ 54 bilhões, virão da Petrobras e o restante dos seus parceiros (BG, Repsol, Galp e Shell, entre outros). “Será um desafio para o país prover todas as pessoas, os talentos, os trabalhadores e a infraestrutura para fazer tudo o que é preciso ao mesmo tempo”, lembra Aristeguieta.

Michael Roberts,, chefe global do corporate banking e de crédito de capitais do Citibank, compara a situação atual do Brasil, que ele considera desafiadora, à da Noruega na década de 70, no início da exploração de petróleo no Mar do Norte. Ele lembra que na época o país nórdico encontrou as primeiras reservas e atraiu empresas que levaram tecnologia e capital.

A grande diferença com relação ao Brasil é que a Noruega é menor e com necessidades energéticas que puderam ser atendidas facilmente, permitindo a exportação de excedentes da produção de petróleo e a formação de um fundo soberano bilionário. Já o Brasil é um país gigante que descobriu grandes reservas no momento em que ainda tem um enorme mercado para ser atendido.

Os dois executivos avaliam como correta a decisão do governo brasileiro de atrair não apenas a indústria como a transferência de tecnologia para o mercado local no momento em que o país se prepara para viver um “boom” no setor. O próprio Citi começou a investir nesse nicho no país há cerca de dois anos, contratando pessoal com conhecimento sobre a indústria. Além da Petrobras, a sua carteira de clientes no Brasil conta com Odebrecht, Repsol, Chevron, El Paso, Anadarko, Baker Hughes, Transocean, Statoil, Cameron e as chinesas Sinochem e Sinopec.

Roberts compara a situação do país com a Rússia, exportador onde não há segurança regulatória e onde é difícil empresas estrangeiras operarem, e a China, que não produz o suficiente para atender a própria demanda e precisa focar na produção fora do país, para concluir que o Brasil é o melhor local para se estar. “É no Brasil que estamos dispostos a financiar mais projetos. O país tem uma série de atrativos e isso explica o êxito do aumento de capital da Petrobras.”

Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Do Rio

Sucessor do Uno Mille será montado em Pernambuco

Ainda em fase testes , o Mini Fiat é a grande aposta da montadora italiana para substituir o Mille, a partir de 2014.

O modelo, que será fabricado em Suape (PE), foi baseado no Fiat Seicento, cuja produção  iniciou em 1998, na Polônia, e permaneceu por 12 anos. A escolha do inspirador polonês não foi por acaso, já que o Seicento atende os requisitos principais para assumir a posição do Mille: baixo custo de produção e aderência às normas de segurança. Por isso, decidiu-se aproveitar a base de um veículo já existente, sendo até mesmo possível que parte da fábrica polonesa seja trazida ao Brasil e instalada na unidade de Suape, em Pernambuco.

O Seicento vai servir apenas como inspiração para o Mini Fiat, pois a montadora deve adequar o carro para deixá-lo mais próximo do estilo de automóvel brasileiro.

O novo carro será menor que o seu antecessor, e em termos de motor, é esperado que venha com um bicilíndrico Multiair, capaz de emitir menos poluentes.

O popular Mille terá sua fabricação encerrada, provavelmente no final de 2013, devido a questões de segurança.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Inscrições para programa Novos Talentos (PETROBRÁS) vão até o dia 22

Começam amanhã, com um dia de atraso, as inscrições para a primeira chamada do programa Novos Talentos, lançado ontem pelo governo do estado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Problemas técnicos teriam motivado o adiamento.

Os interessados terão até o dia 22 para se inscrever exclusivamente pelo site da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (www.stqe.pe.gov.br). O programa prevê a abertura de 5,1 mil vagas em cursos profissionalizantes, até o fim do ano, para a população de baixa renda.

Para participar é preciso ter mais de 18 anos, possuir renda per capita de até dois salários mínimos, estar cursando ou ter concluído o ensino fundamental e ser trabalhador empregado ou desempregado.
As aulas de 151 turmas (2.140 vagas) devem ter início no fim do mês. A segunda chamada do programa compreenderá as demais 2.960 vagas, com convocatória em julho. Os cursos têm carga horária mínima de 160h, com aulas de segunda a sexta-feira.

 Com informações de Ed Wanderley, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO
 

Vaga para Estagiária (Setor de Compras)

    Leitores a empresa TAVEX está em busca de uma estagiária para o setor de compras.

    Requisitos:  Sexo feminino, que esteja no curso de Adm (preferencialmente) do 2º ao 4º periodo.
 
    A empresa ofereçe: Vale transporte, refeição, assistência médica, período de 6horas de segunda a sexta feira.

  Apenas quem se enquadra, enviar Currículum para: jose.oliveira@tavex.com.br

 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Petrobras não exigirá experiência em SUAPE

Os profissionais capacitados para atuar no Complexo Industrial Portuário de Suape deverão ser beneficiados com a assinatura de um Protocolo de Intenções estabelecido entre o Governo do Estado e a Refinaria Abreu e Lima. A parceria busca qualificar e facilitar o ingresso destes trabalhadores às funções oferecidas em Suape, anulando a exigência de experiência profissional para aqueles que forem capacitados pelo Centro de Certificação e Pessoas, que deve ser implantado pelo Governo do Estado até o segundo semestre.

“Temos satisfação em assinar este protocolo porque a Petrobras sempre investiu em pessoas, tecnologia e desenvolvimento econômico. Estamos tentando trazer mais do que uma refinaria para o Estado”, ressaltou o presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes. Segundo o secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antônio Carlos Maranhão de Aguiar, a implantação do Centro de Certificação foi idealizada dentro do Fórum Suape Global, mas a proposta deve ser ampliada para envolver os segmentos de comércio, serviços, hospitalidade, entre outros.

“Existe um Sistema Nacional de Certificação de Pessoas, gerido pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). O Inmetro concede autoridade e credita instituições para fazer, em nome dele, certificações em níveis básicos e técnicos”, detalhou. Segundo Maranhão, a certificação funcionará como a comprovação de uma entidade de terceira parte, diferente da instituição capacitadora, garantindo que o curso de qualificação proporciona a capacitação necessária àquele profissional.

O Centro deverá reunir diversas instituições, como a Fundação Brasileira de Tecnologia e Soldagem, Associação Brasileira de Ensaios Não-Destrutivos e Inspeção, Associação Brasileira de Manutenção, entre outras. Cada instituição terá o seu espaço para realizar exames práticos e teóricos no espaço, que deverá ser administrado pelo Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep). Para sair do papel, a Secretaria deverá se reunir, no próximo mês, com as entidades qualificadoras. “Queremos viabilizar o início do funcionamento até o segundo semestre des­te ano. Para isso, estamos montando um projeto para apresentar ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) como parceiro financeiro desse projeto”, revelou Maranhão.

Folha de Pernambuco

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Suape faz IFPE adotar novo perfil

No câmpus de Ipojuca, por exemplo, onde fica o complexo, é oferecido o primeiro curso de construção naval do Brasil lecionado por uma instituição civil. ?Nosso PIB cresce o dobro em relação ao do País

A implantação de empreendimentos de grande porte em Suape, no Grande Recife, está levando o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) a adaptar o perfil do ensino para acompanhar o crescimento desse polo industrial. Com o surgimento do estaleiro, petroquímica e refinaria de petróleo, a instituição está cada vez mais voltada a garantir a mão de obra para esse tipo de empresa. No câmpus de Ipojuca, por exemplo, onde fica o complexo, é oferecido o primeiro curso de construção naval do Brasil lecionado por uma instituição civil. “Nosso PIB cresce o dobro em relação ao do País. O IFPE pensa em aliar o industrial sem esquecer a questão agrícola, que é muito importante para o nosso Estado”, afirma a reitora do IFPE, Cláudia Sansil.

Com 10 câmpus, dois no Grande Recife, sete no interior e um virtual, a instituição já tem mais de 14 mil alunos matriculados. Resultado da união do antigo Cefet com as agrotécnicas federais, localizadas em Vitória e Barreiros (Zona da Mata) e Belo Jardim (Agreste), o  IFPE  disponibiliza 40 cursos técnicos, sete de nível superior e quatro licenciaturas. Quatro das graduações formam tecnólogos: radiologia, gestão em turismo, engenharia em gestão ambiental e design gráfico. Há dois mestrados em parceria com universidades nordestinas, a Federal de Campina Grande (UFCG) e a Federal de Alagoas (UFAL), e um doutorado interinstitucional com a Federal de Santa Catarina (UFSC). “Nunca se valorizou tanto o curso técnico como agora”, disse a reitora Cláudia Sansil.

As licenciaturas também surgem como área prioritária na instituição. Na última semana, o IFPE sediou o primeiro fórum, com o objetivo de retomar o debate sobre a desvalorização da área e a falta de professores para lecionar algumas disciplinas, como física e química. “O objetivo foi discutir a formação desses profissionais e possibilitar o fortalecimento das licenciaturas”, explica a reitora Cláudia Sansil. Física, matemática e química são alguns dos cursos ofertados.

De acordo com uma avaliação realizada pelo Ministério da Educação, divulgada em janeiro, a instituição de ensino superior de Pernambuco ficou com a melhor colocação do Índice Geral de Cursos (IGC), aparecendo como a líder do Norte e Nordeste. Com pontuação de 314 numa escala que vai até 500, o IFPE fica em nono lugar numa lista de 158 centros universitários do País.

No dia 8 de junho, a comunidade acadêmica se prepara para a primeira eleição de reitor da instituição. Antes, o ministro da Educação nomeava alguém para o cargo. A eleição é proporcional, considerando os pesos de cada segmento, professores, alunos e servidores.

Do JC Online

Fábrica de aparelhos de refrigeração busca provissionais no Recife.

Tosi, que produz aparelhos de refrigeração, abriu gerência no Recife
 
O crescimento econômico que Pernambuco está vivenciando por conta do Complexo Portuário de Suape, aliado à localização geográfica estratégica, está atraindo empresas como as Indústrias Tosi, líder brasileira na produção de ar-condicionados que fica localizada em Cabreúva, interior de São Paulo. A multinacional acaba de instalar uma gerência regional no Recife com o objetivo de prospectar mais negócios no Nordeste.

A capital pernambucana foi escolhida por ser equidistante às demais grandes cidades nordestinas.

A Tosi também não descarta a possibilidade de, nos próximos anos, implantar uma fábrica no Estado, integrando suas quatro linhas de produção, que envolvem equipamentos de ar-condicionado central (na unidade fabril Tosi Coldex), de difusão de ar (na Jelly Fish), aletados (produtos) para indústrias de refrigeração (na Tosi Aletados) e divisão de água quente (na Tropical).

Para o primeiro ano da gerência regional, a Tosi está realizando um investimento da ordem de R$ 1 milhão na área comercial da empresa. “Neste primeiro momento estamos nos instalando no Recife para facilitar os negócios em toda a região. Estamos focando em produtos de eficiência energética como painéis solares, bombas de água de baixo consumo, além do Turbocor, um compressor eletromagnético que não utiliza óleo e tem tecnologia semelhante a do trem bala”, disse o gerente Regional das Indústrias Tosi, Walter Altieri.

Segundo ele, inicialmente a empresa está empregando 25 pessoas para seccional, com cinco funcionários no Recife e 20 espalhados pelo Nordeste. “Estamos buscando profissionais como engenheiro mecânico e técnico mecânico de refrigeração, mas estamos sentindo dificuldade porque este tipo de mão de obra está sendo empregada em Suape”, observou.

Entre os grandes empreendimentos atendidos pelas Indústrias Tosi estão o primeiro prédio com certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Diamante, o Edifício Núncio Malzoni, da Construtora Brookfield, em São Paulo.

CAROL PACOBAHYBA | Folha de Pernambuco

Capacite-se para o mercado da logística

Área tem tido boas chances de emprego, principalmente com novos investimentos de Suape

 



Os empreendimentos de Suape, a Copa do Mundo de 2014 e obras como a Transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina, além do boom da construção civil, têm despertado o mercado de trabalho pernambucano para um ramo até então considerado fraco: a mão de obra especializada em logística.   É uma área que precisa de qualificação e está sendo bastante procurada, confirma a gerente do centro de tecnologia do varejo do Senac-PE, Flávia Campos, onde são oferecidos cursos técnicos e de aperfeiçoamento.

A logística é responsável, basicamente, pelo desenvolvimento de atividades de suprimento, movimentação, operação e distribuição de recursos, materiais, serviços e informação, além de processos de planejamento, operação e controle de programação da produção de bens e serviços, programação e manutenção de máquinas e equipamentos.

Serve também para orientar as estratégias competitivas das empresas e instituições para a conquista de novos mercados. A atividade inclui ainda o desenvolvimento e a manutenção de ações voltadas para o fluxo de materiais e informações, operando os produtos ou serviços de um ponto de origem a um ponto de destino.
Quem estuda esses processos geralmente aprende como planejar, programar e controlar a cadeia logística através de recepção, separação, armazenagem, conferência, expedição, distribuição de produtos, gerenciando pessoas, gerando e administrando informações, além de aprender conceitos de marketing, segurança, meio ambiente e, algumas vezes, dependendo do grau de formação, Tecnologia da Informação (TI) e uma língua estrangeira instrumental.

     É um mercado que vem crescendo, mas realmente não possui mão de obra local suficiente para atender a demanda. Muitos profissionais que exercem cargos de gerência e diretoria na área têm vindo de fora, principalmente de São Paulo, comenta o coordenador dos cursos na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), José Sales.

As exigências atuais para ser um profissional de logística de destaque envolvem também pró-atividade, multifuncionalidade e habilidade para trabalhar e conduzir equipes.
Para quem faz um curso técnico de gestão em logística (o mais comum) pode chegar a uma média salarial entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Mas, de acordo com Sales, da Unicap, quem assume uma cargo de gerência conquista um salário bem mais gordo, que, em alguns casos, chega a ultrapassar R$ 10 mil em grandes corporacões.

Raissa Ebrahim | Jornal do Commercio

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pernambuco gera 136,6 mil novas vagas de trabalho, a maioria em serviços

O Nordeste foi o segundo maior gerador de empregos entre as cinco regiões do país no ano passado, com 588 mil novos postos de trabalho criados de janeiro e dezembro, revela a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2010, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No cenário regional, Pernambuco aparece com a criação de 136,6 mil novas vagas (23% das registradas na região), o que elevou o estoque de empregos formais do estado para 1,5 milhão em dezembro. Em relação a 2009, houve um incremento de 9,76% no nível de empregabilidade no estado.

O campeão em geração de oportunidades, tanto em escala nacional quando no estado, foi o setor de serviços – sozinho, o segmento respondeu por 51,9 mil novos postos em Pernambuco. Em seguida, impulsionada sobretudo pelos empreendimentos de grande porte na área de Suape e aumento da densidade populacional nas regiões próximas ao complexo industrial, aparece a construção civil, com 37 mil novos postos. O comércio vem em terceiro lugar, com 24 mil novas oportunidades geradas em 2010.

Mas o salário médio pago no estado, de R$ 1.370,02, ainda é incompatível com a escalada que a  economia de Pernambuco tem registrado nos últimos anos. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, Sergipe é o estado que paga melhor no Nordeste (R$ 1.579,19), seguido por Rio Grande do Norte (R$ 1.433,55) e Bahia (R$ 1.426,11). Atrás de Pernambuco, que ocupa o quarto lugar neste ranking, vêm Maranhão (R$ 1.341,33), Piauí (R$ 1.311,70), Paraíba (R$ 1.304,56), Alagoas (R$ 1.285,21) e, por fim, Ceará (R$ 1.228,94), “lanterninha” na lista nacional.

Homens ganham mais – O recorte local da última edição da Rais reforça o que já é histórico no Brasil: homens continuam ganhando mais do que mulheres. Em Pernambuco, os salários do público masculino passaram por uma valorização de 4,30% no embate 2010-2009, com média de R$ 1.408,78, ao passo que as mulheres tiveram um aumento de 2,01% no mesmo período. A remuneração das pernambucanas era de R$ 1.311,39 no último ano.

Em nível nacional, os dados mostram que houve crescimento de 7,28% na contratação de mulheres em 2010, em relação ao ano anterior. Entre os homens, houve aumento de 6,7%. A participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou de 41,4%, em 2009, para 41,6%, no ano passado.

Pernambuco.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

Complexo Industrial Portuário de Suape na 11ª edição da Coteq

Pernambuco está inserido cada vez mais no mundo do petróleo. E, para consolidar este cenário, o Complexo Industrial Portuário de Suape participa, pela primeira vez, da 11º edição da Conferência de Tecnologia de Equipamentos – Coteq, que acontecerá entre os dias 10 e 13 de maio, no Enotel Resort, em Muro Alto, no município de Ipojuca.

A participação do Porto de Suape será de grande importância para o Projeto Suape Global, pela oportunidade de difundir as técnicas de Ensaios Não Destrutivos (EDN) e inspeção, através de ações voltadas para aprimoramento da tecnologia e, consequentemente, do pessoal e das empresas envolvidas no tema.

O ritmo acelerado de crescimento econômico credenciou Pernambuco a sediar o evento, já que uma das razões desse crescimento é a implantação de projetos estruturadores no Complexo Industrial Portuário de Suape. Obras como a Refinaria Abreu e Lima, a Petroquimica Suape, o estaleiro Atlântico Sul, a montadora da Fiat, fazem de Suape um dos maiores fornecedores de bens, equipamentos e serviços industriais do país.
A solenidade de abertura acontecerá amanhã, 10, às 18h. No dia 11, às 11h20, o diretor do projeto Suape Global, Silvio Leiming, fará uma palestra sobre a história de Suape e a transformação do Porto em um referencial para o Brasil.

“Será uma grande oportunidade para termos no nosso estado a presença de importantes entidades empresariais nas áreas de petróleo e gás. Estamos a cada dia atraindo novas empresas, formando assim os diversos clusters no estado. A consolidação desses clusters é só uma questão de tempo”, afirma o vice-presidente do Porto de Suape, Frederico Amancio.

Coluna JC Negócios / Jornal do Commercio

Pernambuco ganha primeiro carro elétrico do Nordeste



Pequeno, com espaço para apenas duas pessoas; potente, com capacidade de transporte de até 350kg de cargas; com baixo custo de combustíveis, em média, R$ 0,05 por quilômetro rodado; e, acima de tudo, ambientalmente sustentável. A partir do próximo mês, o primeiro carro totalmente elétrico, de produção nacional, começa a circular nas ruas da Região Metropolitana do Recife. O Aris, de produção da Edra Automotores, será testado durante um período de seis meses, e sem custos, pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do estado. O protótipo tem custo estimado de R$ 80 mil, mas caso o modelo chegue a ser produzido em larga escala, o preço final ao consumidor deve ficar em torno de R$ 20 mil – valor menor que os carros pupulares convencionais movidos a combustível.

De autoria da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o projeto de cooperação foi assinado nesta segunda-feira (9), no Espaço Ciência, em Olinda. Semelhante a ele, já está em circulação na cidade de Campinas, interior de São Paulo, um outro Aris, este, utilizado pelos Correios da cidade. “Ele é ideal para circular justamente em ambientes como uma região metropolitana, o que satisfaz demais uma empresa pública como os Correios ou secretarias de governo. A autonomia é de 100km, o que normalmente é coberto em um dia. Depois, basta recarregar em uma tomada comum”, explica o vice-presidente da CPFL, Paulo Cezar Tavares.

Menor e mais silencioso que os carros comuns, o Aris não tem escapamento, ou seja, não emite gases que contribuem para o efeito estufa, como os veículos comuns. Além disso, desenvolve até 80 km/h, velocidade limite em áreas urbanas e, para estar com o ‘tanque cheio’, bastam cinco horas ligados à tomada. O conjunto de baterias, importado atualmente ao valor de 10 mil dólares, tem capacidade de armazenar até 27,5 kw/h. “Em comparação com os carros de passeio a combustíveis líquidos, a eficiência é mais de 300% superior. Com a combustão da gasolina, por exemplo, apenas 25% da energia gerada se transforma em força de propulsão do carro, realmente utilizada. No caso do carro elétrico, o índice de aproveitamento é de 85%”, conclui Tavares.

De acordo com o secretário de meio ambiente e sustentabilidade, Sérgio Xavier, o convênio, o primeiro firmado desde a criação da pasta, é o primeiro de uma série de passos de experimentações de recursos tecnológicos que possam pregar a sustentabilidade e moldar o desenvolvimento econômico de forma ‘verde’. “Estamos atrás de medidas simples e reinventando tecnologias, especialmente no que diz respeito à mobilidade.

O carro elétrico, em si, é uma criação do século XIX, mas, agora, podemos utilizá-lo de uma forma mais adequada. Vamos avaliá-lo e, se interessante, este modelo fará parte da frota do governo, depois que atrairmos indústrias interessadas em sua fabricação em Suape, fazendo de Pernambuco, mais uma vez, pioneiro”, defende.

Para o diretor do Espaço Ciência, Antônio Carlos Pavão, a medida é um grande passo para repensar a sociedade, mas exige cuidados com uma cadeia que vai além do consumo direto da energia elétrica. “É interessante e, certamente, mais ambientalmente responsável que o cenário atual, mas ainda não é o ideal. Nossa energia é, em sua maioria, hidroelétrica, o que significa profundos impactos ambientais de qualquer forma”, explica. No próprio Espaço Ciência, há um protótipo que Pavão julga ser o futuro verde.
O carro, também elétrico, tem como combustível o hidrogênio. A eletricidade, gerada por painéis solares desarticula as células da água para promover energia. “E no fim, tudo que ele devolve para o ambiente é, também, água”, explica.

Modelos do tipo, no entanto, ainda são economicamente inviáveis no Brasil, mas já existem em países como a Alemanha. Um modelo do tipo, fabricado pela Mercedes, já foi solicitado para mais estudos no Espaço Ciência, mas a licitação nunca foi concluída.

Por Ed Wanderley | Pernambuco.com

Pequenas empresas são vilão do emprego

Elas movimentam 20% do Produto Interno Bruto brasileiro, crescem até 30% ao ano e vão abocanhar até R$ 30 bilhões em oportunidades com a Copa de 2014.

Oferecem remuneração agressiva e perspectiva de crescimento rápido de carreira, desejo de nove entre dez profissionais da geração Y. Entre os especialistas, não há dúvidas. Pequenas e médias empresas nunca estiveram tão atraentes e já representam um desafio para a retenção de talentos das grandes companhias.
“Até pouco tempo, muitos profissionais queriam ter a grande empresa como seu sobrenome. Mas hoje a possibilidade de fazer a diferença com um projeto já atrai mais do que o nome”, diz Marcos Hashimoto, do Centro de Empreendedorismo do Insper.

Foi isso que transformou a rotina da paulistana Claudia Neufeld, 35. Ela trocou as salas de reunião da Unilever – onde foi de trainee a diretora global de marketing de cremes dentais – pela Digipix, startup (empresa iniciante) de álbuns digitais com faturamento pouco acima de R$ 10 milhões.
“Não ter resposta para tudo é um tanto desconfortável, mas o desafio de aprender motiva muito”, diz Claudia, que encarou o desafio do comércio eletrônico, diferente do varejo de bens de consumo onde estava.
Outros casos como os da executiva começaram a ficar mais populares após a crise. Segundo Carlos Eduardo Altona, sócio da Exec Partners, especializada em recrutamento, com orientação para corte de custos muitas multinacionais puxaram o freio de mão.

O desenvolvimento de pacotes atraentes de remuneração também contribuiu. As pequenas e médias já estruturam programas de recompensas com bônus anuais superiores aos das grandes. Para o nível de diretoria, algumas empresas já oferecem até dez salários (ante seis salários numa grande empresa), além de participações minoritárias na sociedade.

Autonomia e velocidade na tomada de decisão também estão entre os atributos considerados. “Muitas vezes existem apenas uma ou duas camadas de decisão até o presidente”, diz Altona.
Foi agilidade um dos motivadores para o engenheiro Jack Sterenberg, 49, deixar uma posição de diretoria na subsidiária da gigante Oracle para assumir a direção-geral da Dimension Data, de integração de sistemas de tecnologia. No mundo, a companhia fatura US$ 5 bilhões, mas no Brasil ainda está em fase de crescimento.

Jornal do Commercio

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Soldador: um futuro promissor

Com salários iniciais de R$ 800, mas com potencial para ofertar remunerações de até R$ 8 mil, a a profissão atrai cada vez mais interessados no Estado.

Por Leonardo Spinelli

Uma das características do desenvolvimento econômico é o seu poder de multiplicação de empregos, gerando, inclusive, novas profissões. Um exemplo deste fenômeno em Pernambuco é o aumento da demanda por profissionais especialistas em soldagem, estimulado pela atual montagem da indústria do petróleo e gás no Estado, um setor que inclui refinaria, estaleiro e as petroquímicas de POY e PET.

Somente o Estaleiro Atlântico Sul espera contratar este ano cerca de 500 profissionais, isso sem falar em outros empreendimentos que estão para chegar, como o estaleiro do consórcio Schahin-Modec.
Perspectiva de bons rendimentos atrai pessoas de outras áreas técnicas para a profissão

A carreira de soldador começa com um salário na faixa dos R$ 800, mas com desenvolvimento e investimento pessoal pode pagar mais de R$ 8 mil, como no caso dos inspetores de solda de nível 2. Em outras palavras, o aumento das vagas também traz exigências de qualificação do profissional, até porque a qualidade atestada do serviço é uma condição que uma empresa como a Petrobras – a maior cliente do setor – não abre mão.

Eduardo Veiga, diretor do Senai Cabo, explica que existem hoje duas formas básicas de ingressar na carreira de soldador. “A primeira delas é através do Senai Cabo, que oferece cursos de treinamento de qualificação e também o curso técnico”, comentou. A outra forma é através do Programa de Mobilização da Indústria do Petróleo e Gás Natural (Prominp).

A notícia ruim para quem pretende ingressar nesta carreira é que a fila de espera é grande. No caso do Senai do Cabo, Eduardo Veiga contabiliza que existe uma fila de espera de 1.500 pré-inscritos. “Nossa meta, no entanto, é zerar esse estoque até setembro”, diz.

O importante mesmo para quem quer seguir no caminho é se inscrever. “Me matriculei há seis meses no curso do Cabo e o pessoal me ligou agora. Comecei dia 19 e já nem esperava mais ser chamado”, comenta o estudante de Marketing Gustavo Cavalcanti, de 22 anos. Seu interesse, conta, é seguir na carreira para tentar chegar ao posto máximo, de inspetor de soldagem. “Fiquei sabendo da profissão através de um amigo e quero chegar a ser inspetor porque é um cargo que paga salários de R$ 8 mil. É um pagamento bacana”, conta. Para chegar lá, Gustavo vai começar se qualificando na área e vai pagar duas parcelas de R$ 187 para o curso inicial.

Fazer um curso de soldador, no entanto, não garante o aprendizado imediato. As aulas de capacitação têm duração de 300 horas. O Estaleiro Atlântico Sul, por exemplo, recebe o pessoal qualificado mas ainda remete o grupo para um treinamento específico na área naval. “É impossível preparar um profissional de solda em três meses. Os cursos do Senai têm o seu papel na formação de pessoal, mas precisamos dar mais instruções específicas. Temos um Centro de Treinamento para começarmos a formar o nosso pessoal”, informa o diretor administrativo e de RH do EAS, Gérson Beluci. Ele informa que até o final deste ano a empresa terá investido R$ 10 milhões na formação de seu pessoal.

Salário de inspetor atrai candidatos

Inspeção de campo de solda circular

Um dos cargos mais desejados desse mercado atualmente é o de inspetor, cujas boas remunerações vêm atraindo cada vez mais interessados. O superintendente executivo da Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), José Alfredo Barbosa – instituição responsável pela certificação desse profissional – comenta que a demanda pelo ofício está crescente. “O desenvolvimento da indústria do petróleo e gás fez crescer a procura, temos a questão do pré-sal e em Pernambuco temos o estaleiro, a refinaria. Todos clientes da Petrobras, empresa que demanda a certificação desses profissionais de acordo com as normas técnicas da ABNT”, salientou.

Ele pondera, no entanto, que procurar a função apenas olhando o salário pode não ser uma boa escolha profissional. “Não é interessante a pessoa entrar numa busca dessa. Primeiro, ela deve ter consciência de sua competência, pois o índice de reprovação é alto. Cerca de 60% dos candidatos que fazem a prova de certificação são reprovados. Hoje temos mais de 30 instituições oferecendo curso de inspetor, mas o que o candidato deve analisar é a qualidade do curso, procurar docentes já certificados, pois o assunto é duro”, comentou.

Basicamente para se tornar um inspetor de solda – cuja diária dos profissionais autônomos está na faixa de R$ 500, com uma média mensal acima dos R$ 5 mil – é necessário fazer o treinamento (oferecido no Senai do Cabo) e depois a prova de certificação, que tem um investimento alto, cerca de R$ 2 mil, mas ainda não é oferecida em Pernambuco. Quem quer se certificar na área, no Estado, precisa ir para a Bahia ou para outras escolas certificadoras localizadas em Estados como Rio de Janeiro e São Paulo. A expectativa, no entanto, é que o Senai do Cabo passe a oferecer a certificação até o final deste ano.

Normalmente a função de inspetor de soldagem atrai o pessoal de cursos técnicos em mecânica, metalurgia e engenheiros de várias áreas. No entanto, é necessário comprovar uma experiência mínima de um ano na área de soldagem.

A norma NBR 14.842 estabelece os critérios para a candidatura ao cargo em seus dois níveis de trabalho, o nível 1 – faixa salarial mais baixa – e o nível 2 – com salários que passam dos R$ 10 mil. Basicamente, o inspetor de nível 1 tem a função de verificar se todos os procedimentos estão sendo aplicados no trabalho de soldagem. O de nível 2 é responsável por estabelecer os requisitos da montagem. Ou seja, um profissional determina como o trabalho deve ser feito e o outro verifica se o plano está sendo seguido.

Os pré-requisitos envolvem um balanceamento entre o nível de escolaridade e o tempo de experiência em soldagem. Quanto mais escolaridade tiver o candidato, menos experiência prática é exigida. Além disso, é necessário comprovar treinamento na área. “Matérias que mais reprovam envolvem provas visuais e de tratamento térmico. No nível 2, uma das exigências é a leitura em inglês, pois muitas normas de projetos estão na língua inglesa”.

(Jornal do Commercio)

Petrobras cobra de estatal da Venezuela dinheiro da Refinaria Abreu e Lima

Rio de Janeiro – A Petrobras enviou uma carta de alerta à estatal petrolífera PDVSA, da Venezuela, cobrando o dinheiro que deveria aportar na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Se a PDVSA quiser continuar como sócia da Petrobras no empreendimento, os recursos devem ser liberados até agosto. A informação foi dada pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.

“A PDVSA tem até agosto para assumir a dívida contraída no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ou seja, 40% dos 10 bilhões de reais (liberados) e fazer os aportes necessários. É preciso ter aporte de recursos dos sócios”, reclamou o diretor após a reunião do Instituto Estadual do Ambiente do Rio para tratar das compensações sociomabientais do Polo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Desde novembro do ano passado a Petrobras espera do governo venezuelano o dinheiro prometido para a refinaria pernambucana, que já tem 35% das obras concluídas.

Da Agência Brasil

Pernambuco terá cinco novas barragens contra enchentes

A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiram no início da noite desta quinta-feira, em conversa telefônica, unir esforços para construir rapidamente cinco novas barragens na Bacia do Rio Una. O objetivo é ter um controle maior sobre a vazão do rio e reduzir a incidência de enchentes no Estado.

Pelo acordo, União e governo estadual dividirão igualmente um investimento de R$ 650 milhões, que serão aplicados nas obras das barragens e nas desapropriações necessárias. As primeiras duas barragens deverão demorar cerca de um ano para serem construídas e a previsão é que sejam entregues até maio de 2012. As outras três barragens deverão ser concluídas até o fim de 2013.

Segundo o governador, as barragens serão instaladas nos municípios de Cupira, Lagoa dos Gatos, Serro Azul, Igarapeba e Barra do Guabiraba.

Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência da República

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Investimentos trazem de volta o nordestino

Como muitos outros nordestinos fizeram durante décadas, Adelmir Marcelino de Oliveira foi tentar a vida em São Paulo. Durante anos, sua rotina foi pautada pela troca de empregos e alguns retornos à terra natal, em Palmares, na Zona da Mata Sul pernambucana. Até acertar o passo em São Paulo Adelmir levou uns 10 anos e somou quatro viagens do Sudeste para o Nordeste e vice-versa. Há seis anos, porém, ele se firmou em uma das bandeiras do Grupo Pão de Açúcar e foi exatamente através dessa empresa que ele teve a oportunidade de voltar ao Estado de origem com emprego certo e com o mesmo salário pago em São Paulo.

A empresa abriu uma unidade do Assaí em Caruaru bandeira voltada para venda no atacado, mas que também atende o consumidor do varejo.  Estou aqui há um ano e meio recebendo R$ 756, o mesmo que eu ganhava em São Paulo. Acho bom porque pude voltar a ficar perto dos meus pais. Nunca imaginei que pudesse voltar com um emprego certo, reconhece Adelmir que atualmente exerce a função de açougueiro. Tristeza só mesmo a causada pelo término do relacionamento com a noiva, moradora de Palmares. “Se ela não voltar, acho que vou embora novamente, dizia ele no dia da entrevista.

O grupo Pão de Açúcar que abriu de uma vez só cerca de 80 vagas em Caruaru adotou a seguinte política: divulgou em São Paulo entre os colaboradores nordestinos os planos de expansão, abrindo a possibilidade de transferência dos interessados em voltar para o Nordeste.
Nesse embalo, Iranilson Lima de Santana, nascido em Feira de Santana, na Bahia, também voltou para a região. Já com sotaque paulista e acumulando uma larga experiência no varejo de supermercado, ele hoje é gerente geral da loja de Caruaru e anda feliz da vida com a qualidade de vida proporcionada pelo interior.       Saí da Bahia em 1994 e fui tentar a vida em São Paulo. Nessa época o primeiro emprego no Nordeste era muito difícil. As empresas não davam oportunidade. Agora está diferente, avaliou. Depois de dez anos no Sudeste, ele se diz mais do que adaptado ao interior pernambucano.   Cheguei a passar muito tempo sem ver meus pais. Aqui, até a saúde da minha filha melhorou , comemora.

GRAVATÁ

José Welington do Nascimento tem na ponta da língua as metas estipuladas no seu novo emprego. Depois de trabalhar em uma bonbonnière no Centro de Gravatá, recebendo cerca de um salário mínimo e nenhum outro benefício, José foi um dos que aproveitaram a entrada de grandes redes no interior para melhorar a renda. Desde abril ele passou a integrar o quadro da Esposende com projeção de praticamente dobrar o salário.         A gente tem como meta de venda um determinado valor, são oito horas diárias de trabalho. Fui treinado no Recife. Nosso diferencial é o atendimento, dizia o empolgado novo funcionário. E não é para menos. Só quem já trabalhou na informalidade sabe o que é estar empregado e contar com vale transporte, refeição e plano de saúde proporcionados pelo emprego.

Jornal do Commercio

Construção: mais vagas e salários

A construção civil é um dos setores que mais sentiram o impacto do bom momento da economia do Estado, que se refletiu numa maior contratação de pessoas e em reajustes mais altos do que a inflação nos últimos quatro anos. A quantidade de pessoas empregadas pelo setor cresceu 60% entre 2000 e 2010, segundo informações do Dieese.  Em 2010, o reajuste dos trabalhadores foi de 10%, enquanto a inflação oficial ficou em 5,9%”, comemora o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Pernambuco, Reginaldo Ribeiro.

Ele enumera outros fatores positivos.  Diminuiu o número de analfabetos nas obras, lembra, acrescentando que muitos profissionais que estavam fora do trabalho por ter mais de 50 anos voltaram a ser contratados. A experiência está sendo mais valorizada, comenta.

Também dobrou a quantidade de trabalhadores filiados ao sindicato, o que significou mais receita. Hoje, a entidade mantem duas clínicas, além de fazer parcerias para qualificação dos trabalhadores com o Sesi e o Senai.
    Muita coisa mudou. O tratamento no canteiro de obras, o fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Hoje, a empresa tem uma preocupação grande com a saúde física do trabalhador. Até a refeição é melhor, diz o encarregado de obras Alberto Luís da Silva, que trabalha no setor desde o final da década de 90. Atualmente, ele ocupa a função de encarregado de obras nas fábricas de POY e PET, que fazem parte do polo petroquímico de Suape. A primeira é usada pelo setor têxtil e a segunda utilizada para fazer garrafas plásticas.

Aos 41 anos, Alberto começou a trabalhar aos sete anos no corte da cana-de-açúcar. Em 1997, o emprego diminuiu com a falência da Usina Catende e ele conseguiu um emprego de ajudante de pedreiro no Recife.       Desde 2004, o horizonte está aberto e há uma variedade de opções na construção civil, conta. Com apenas um ano de escola formal, ele trabalhou na Bahia e até em Angola, quando o setor não estava muito aquecido no Estado.    Ir para Angola foi interessante, porque depois disso, a empresa passa a confiar mais em você, resume.

Jornal do Commercio

Caruaru se destaca e abriga grandes projetos

Foi um crescimento de 25% no fluxo de consumidores que impulsionou o grupo North Empreendimentos a investir R$ 40 milhões para praticamente dobrar o tamanho do North Shopping Caruaru. A expansão será inaugurada no dia 16 de junho e elevará de 4 para 11 o número das chamadas âncoras no empreendimento. O total de operações vai sair de 90 para 138. Atualmente a facilidade de atrair grandes redes para locação dos espaços é tanto que faltou até espaço para loja âncora. “Ainda teremos a Renner que só será inaugurada no segundo semestre porque não estávamos prontos para recebê-la”, diz um dos empreendedores do grupo, Walber Alencar, referindo-se a dificuldade de abrigar grandes operações mesmo com a ampliação.Segundo ele, lojas desse porte pedem espaços acima de 2.000 m². Nessa nova fase, marcas como a Riachuelo já garantiram a instalação no empreendimento. Um complexo com quatro salas de cinema da Centerplex também funcionará como atrativo para que mais consumidores circulem pelo mall do empreendimento. “Caruaru tem 320 mil pessoas, mas cerca de 1,2 milhão de pessoas estão a uma distância de 40 quilômetros”, conta Alencar, dando mais suporte ao investimento. O grupo é dono de outros quatro empreendimentos, sendo três deles no Ceará, estado de origem da empresa, e um no interior de São Paulo, em Barretos.

CONCORRÊNCIA

Há dois anos, o empresário Luciano Ferreira inaugurou o Shopping Difusora, em Caruaru, depois de um investimento de R$ 60 milhões. Para 2012, ele já prevê ampliação, com aporte de mais R$ 5 milhões e oferta de 30 novos espaços para lojas, além de uma área para eventos. De fato, o mercado de shopping no interior está em franco crescimento. Só para citar alguns exemplos, os dois shoppings de Caruaru estão com ampliação programada e um deles vai, inclusive, inaugurar a nova etapa em junho. Petrolina é outro município cujo shopping será ampliado.
Segundo a Associação de Lojistas de Shopping, enquanto há 10 anos 75% dos centros comerciais estavam nas capitais, hoje quase 50% estão fora da Região Metropolitana.
“Hoje, o shopping soma 118 operações e estimamos um público circulante de oito mil pessoas por dia. A gente sente que a economia não cresce em pirâmide. Todas as faixas estão crescendo. Caruaru tá vivendo um bom momento”, comenta Luciano Ferreira. Situado na principal avenida do município, na Agamenon Magalhães, Ferreira tem na ponta da língua as estatísticas para atrair os lojistas para o seu shopping. “Estamos em um local onde cerca de 13 mil alunos estão distantes apenas 10 minutos a pé. Isso para a McDonald’s é um mercado e tanto”, diz ele que terminou sendo o responsável por abrigar a primeira unidade dessa gigante de fast food no interior do Estado.
O franqueado, o empresário Mário Jorge Carvalheira, confirma o bom retorno da McDonald’s no município. “Realmente Caruaru ficou acima das expectativas, com vendas 20% maiores do que as projetadas para o local”, contabiliza ele.
Hoje, seu Luciano tem no mall do empreendimento lojas como as Americanas, a Eletro Shopping, franquias como as da Subway e O Boticário. Nos próximos dias, receberá uma revenda da HP e outra da Hering. Para garantir um bom público circulante, ele instalou na área do shopping um empresarial, com 300 salas, das quais 150 estão ocupadas. “Isso dá a praça de alimentação uma movimentação grande”, destaca.

POLO CARUARU

O Polo Caruaru também está se movimentando para aproveitar o bom momento do varejo no interior pernambucano. Com números de fazer inveja a muito shopping do País, com 720 pontos comerciais e um público circulante que chega a 600 mil pessoas/mês, o local se prepara para atrair grandes âncoras –hoje já abriga a maior Lojas Americanas da região – e está reformulando a operação. “Vamos reduzir o número de ruas e somar entre seis e oito lojas-âncora”, diz o superintendente do Polo, Erich Veloso. Questionado se atualmente é mais fácil atrair grandes redes para o interior, ele confirma e diz que isso não é exclusividade de Caruaru. “Sobretudo em cidades que exercem uma certa influência na região isso é fácil de ser percebido”. Segundo ele, já há uma adiantada negociação com três grandes empresas que devem se instalar no local até o final do ano.

Jornal do Commercio

O Porto de Suape

Nos últimos anos, o Complexo Portuário de Suape (PE) tem sido citado como exemplo de crescimento e expansão. E os números não deixam de provar os méritos desse porto pernambucano que, em pouco mais de três décadas de existência, conseguiu se firmar como um dos mais importantes terminais do país. Só em 2010, foram movimentadas nove milhões de toneladas de cargas, 16% a mais que em 2009, crescimento maior que Santos, o principal porto brasileiro e “hub port” da América do Sul – que obteve 15%.


Hoje, Suape não é visto mais somente como um porto, mas como um polo de desenvolvimento nas mais diversas áreas. “Trabalhamos para atrair empresas que abasteçam esse novo mercado de petróleo, gás, offshore e naval”, diz o vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio (foto). No segmento dos contêineres, o crescimento foi de 34% em unidades (TEUs). Pelos terminais do complexo, passaram 3,9 milhões de cargas em 217 mil contêineres. Quanto aos produtos movimentados, os granéis líquidos continuam em destaque com 4,1 milhões de toneladas com predominância para o gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha, dominando os registros com aumento de 25%. Também nos derivados de petróleo, destacaram-se a gasolina, com acréscimo de 35% e o querosene de aviação, que movimentou mais 31% em 2010.

As importações cresceram 19%, ou seja, pelos cais de Suape, entraram 5,6 milhões de toneladas de produtos. Já as exportações aumentaram 7,7%, embarcando mais de dois milhões de toneladas de produtos. A novidade foi a chegada dos automóveis da GM, transformando Suape em sua plataforma de distribuição de veículos, produzidos na Argentina, para o Norte-Nordeste do Brasil. O crescimento das importações e das operações em cabotagem, de 20%, com um volume embarcado de 5,4 milhões de toneladas, é visto por especialistas como sendo uma nova vocação de Suape, de ser um “hub port”, ou seja, um forte distribuidor de mercadorias para o Norte-Nordeste.

PETROQUÍMICA E REFINARIA

Tanto crescimento atrai ainda mais empreendimentos, a exemplo da Petroquimica Suape, da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), este já em operação. Mas a administração do porto acredita que não adianta apenas ter bons resultados, sem oferecer uma boa infraestrutura logística. No caso do EAS e de outros estaleiros que estão chegando a Suape, o vice-presidente do Complexo, Frederico Amâncio, explica que o porto fica responsável pela dragagem enquanto que cada unidade constrói seus cais.

“No porto interno, já dragamos a bacia de evolução e os braços direito e esquerdo relativos à Ilha de Tatuoca. Estamos estudando a continuação do canal para uma nova dragagem”, diz.
Naturalmente, Suape possui 15,5 metros de profundidade no seu porto externo e nos cais internos. Após uma dragagem realizada próximo ao molhe onde foram construídos dois terminais petroleiros, são 20 metros para receber os navios de até 170 toneladas da Refinaria Abreu e Lima. Para o gerente geral da Rnest, Wilson Ramalho, esses investimentos servem como uma contrapartida do avanço trazido para Pernambuco pela Petrobras. “O porto já foi dragado e ampliado para ganhar um molhe em um dos terminais, que terá capacidade de receber mais um navio. Isso ratifica a decisão acertada da Petrobras em escolher o Estado”, diz.

Ele completa explicando que Suape tem, além de uma boa infraestrutura portuária e de uma excelente posição logística, uma zona industrial estruturada e o segundo mercado de derivados do Nordeste. Depois de 30 anos sem implantação de novas unidades de refino, com a Rnest, a Petrobras volta a crescer em capacidade. “Com as atividades do pré-sal, é natural que cresça essa demanda e a prioridade foi investir no Brasil”, garante Wilson Ramalho, lembrando que a Refinaria Abreu e Lima é o maior projeto da Petrobras em execução.

A capacidade de produção da Rnest será de 230 mil barris de petróleo por dia, quando estiver em operação. Ela foi concebida para converter 70% de seu volume de processamento em óleo diesel, produzindo 28% desse combustível utilizado no Brasil. “Essa refinaria difere um pouco do perfil das demais, que não têm capacidade para refinar o tipo de produto que a Rnest trabalhará. Ela é considerada uma máquina de fazer dinheiro, porque pegará petróleo de baixa qualidade e o transformará em diesel de excelente qualidade, nos padrões europeus”, garante.

Ainda segundo o diretor, os investimentos já realizados na refinaria, entre 2006 e 2010, de R$ 2,5 bilhões, representam 12% do Produto Interno Bruto de Pernambuco. A perspectiva é de que sejam gerados 150 mil empregos diretos e indiretos. A maior parte do produto produzido pela Rnest será utilizada pela Petroquímica Suape, empreendimento com orçamento previsto de R$ 5 bilhões. “Esse valor subiu um pouco por conta do pequeno atraso nas obras, que está dentro da margem de previsão”, explica Edilberto Castro, gerente geral da PTA e PET da Petroquímica.

A Companhia Petroquímica de Pernambuco foi criada com o objetivo de estruturar uma cadeia nacional para produção de poliéster em Suape, que, em operação no segundo semestre de 2011, será o mais importante polo integrado de poliéster da América Latina. O projeto é constituído de três plantas integradas para produzir: ácido tereftálico (PTA), resina e fios de poliéster têxtil e resina para embalagem PET. “Cerca de 90% da produção de PTA será consumido pela própria Petroquímica, o restante distribuído para fábricas de tintas da região”, afirma Edilberto. O faturamento abual do empreendimento está previsto em R$ 4 bilhões, com 1.800 funcionários. Só na construção, estão sendo gerados 11 mil empregos.

Por Frederico Amâncio | Revista Cais do Porto