segunda-feira, 2 de maio de 2011

Construção: mais vagas e salários

A construção civil é um dos setores que mais sentiram o impacto do bom momento da economia do Estado, que se refletiu numa maior contratação de pessoas e em reajustes mais altos do que a inflação nos últimos quatro anos. A quantidade de pessoas empregadas pelo setor cresceu 60% entre 2000 e 2010, segundo informações do Dieese.  Em 2010, o reajuste dos trabalhadores foi de 10%, enquanto a inflação oficial ficou em 5,9%”, comemora o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Pernambuco, Reginaldo Ribeiro.

Ele enumera outros fatores positivos.  Diminuiu o número de analfabetos nas obras, lembra, acrescentando que muitos profissionais que estavam fora do trabalho por ter mais de 50 anos voltaram a ser contratados. A experiência está sendo mais valorizada, comenta.

Também dobrou a quantidade de trabalhadores filiados ao sindicato, o que significou mais receita. Hoje, a entidade mantem duas clínicas, além de fazer parcerias para qualificação dos trabalhadores com o Sesi e o Senai.
    Muita coisa mudou. O tratamento no canteiro de obras, o fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Hoje, a empresa tem uma preocupação grande com a saúde física do trabalhador. Até a refeição é melhor, diz o encarregado de obras Alberto Luís da Silva, que trabalha no setor desde o final da década de 90. Atualmente, ele ocupa a função de encarregado de obras nas fábricas de POY e PET, que fazem parte do polo petroquímico de Suape. A primeira é usada pelo setor têxtil e a segunda utilizada para fazer garrafas plásticas.

Aos 41 anos, Alberto começou a trabalhar aos sete anos no corte da cana-de-açúcar. Em 1997, o emprego diminuiu com a falência da Usina Catende e ele conseguiu um emprego de ajudante de pedreiro no Recife.       Desde 2004, o horizonte está aberto e há uma variedade de opções na construção civil, conta. Com apenas um ano de escola formal, ele trabalhou na Bahia e até em Angola, quando o setor não estava muito aquecido no Estado.    Ir para Angola foi interessante, porque depois disso, a empresa passa a confiar mais em você, resume.

Jornal do Commercio

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