Indústria de gases começa a operar no próximo mês em Suape sua primeira fábrica na região Nordeste
A Indústria Brasileira de Gases (IBG) inaugura no próximo mês sua
primeira fábrica no Nordeste. A nova unidade ocupa uma área de 12 mil
metros quadrados no Complexo Industrial Portuário de Suape.O investimento nesta primeira fase é de R$ 2,7 milhões, com previsão de gerar 30 empregos. Dependendo da resposta do mercado, o empreendimento poderá ter uma segunda fase, com aporte de mais R$ 20 milhões e geração de outras 30 vagas.
A fábrica da IBG vai produzir gás carbônico (CO2), oxigênio, nitrogênio, argônio, óxido nitroso, hidrogênio, acetileno, misturas de gases e gases especiais, utilizados por hospitais e indústrias. Segundo o presidente, Newton de Oliveira, o foco inicial será a produção de CO2, para atender à demanda da indústria de bebidas. O insumo é utilizado na fabricação de águas gaseificadas, refrigerantes e cervejas.
“Esperamos que essa fábrica signifique 15% do nosso faturamento com o CO2. Considerando todos os produtos, a unidade pernambucana deverá significar cerca de 5% do nosso negócio”, diz Newton. A IBG é a única indústria 100% nacional do setor. “Trata-se de um mercado bastante disputado. Concorremos com as quatro maiores multinacionais do mundo”, completa o executivo.
A unidade de Suape também vai abrigar uma nova estação de enchimento. Até então, a empresa possuía apenas uma estação desse tipo no estado, que funcionava há sete anos no bairro da Imbiribeira, no Recife. “O custo do frete é muito impactante no nosso negócio. Trazer os gases de São Paulo tornava os produtos menos competitivos”, conta o presidente da IBG.
Os gases que abasteciam a estação de enchimento da Imbiribeira vinham da fábrica da IBG em Jundiaí (SP). A cada ano, a demanda por gases industriais e medicinais não para de crescer e surgiu a necessidade de ter uma fábrica na região. A planta de Suape abastecerá empresas do Ceará à Bahia, inclusive indústrias químicas e petroquímicas (com o nitrogênio), estaleiros e metalúrgicas (com o acetileno e o oxigênio, que quando combinados são utilizados em operações de solda e corte).
No país, a IBG possui dez fábricas espalhadas pelos municípios paulistas de Jundiaí e Descalvado e em Goiânia (GO), além de 15 estações de enchimento. Sua carteira de clientes é composta por mais de três mil empresas. A expansão da companhia teve início em 2005, com a implantação da planta Fox III em Jundiaí. Desde então, mais de US$ 57,3 milhões foram destinados a novos projetos fabris.
Micheline Batista – Diário de Pernambuco
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