Nos últimos seis meses, mais de 30% das indústrias aumentaram suas
demandas por profissionais técnicos de nível médio e 59% não reduziram
sequer um ponto percentual dessa necessidade. Esse cenário genérico pode
ser recortado para o setor de Petróleo, cujo desenvolvimento é
percebido pelos volumosos investimentos no Brasil. Por isso, investir
nesse tipo de formação, hoje em dia, tem suas vantagens.
Os números são do chefe de Educação do Centro de Tecnologia SENAI Automação e Simulação,
Maurício Rocha Bastos,
que
ressalta as possibilidades de atuação profissional de um técnico tanto
na operação quanto na coordenação de processos produtivos. Sobre os
benefícios do curso no setor petrolífero, ele diz: “É simples relacionar
as vantagens quando temos não somente o segmento em expansão como
também a demanda pela modalidade de formação crescente. O momento que a
indústria vive é do técnico de nível médio.”
De acordo com as definições do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos,
desenvolvido e mantido pelo MEC, as possibilidades de atuação em Óleo
& Gás estão direcionadas a três grandes frentes: empresas do setor
petrolífero, operadoras de campos de petróleo e prestadoras de serviços.
Entretanto, Bastos lembra que muitas vertentes que não a formação
específica em Petróleo e Gás, têm parentesco com o setor. Ele cita os
cursos de Eletrotécnica, Construção Naval, Automação Industrial,
Eletrônica, Mecânica e Metalurgia como exemplos. “Alguns deles são
altamente transversais, ou seja, aplicáveis em diversos segmentos”,
explica o executivo do SENAI, detalhando que um técnico nessas áreas
pode ser útil tanto na indústria farmacêutica quanto na de Petróleo.
É o caso de Lucas Alves, de 22 anos, estudante do sexto período de
Engenharia Mecânica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Técnico em Mecânica pelo Cefet/RJ, ele diz que, na época, não lhe
faltaram chances de entrar no mercado. “Existem muitas empresas
envolvidas na área de petróleo, diretamente e indiretamente, não tive
dificuldades para conseguir uma oportunidade de estágio”, diz ele, que
trabalhou po seis meses em uma empresa de inspeção de dutos.
Lucas é um exemplo de técnicos que preferiram buscar um novo patamar
na carreira, investindo em uma graduação. No entanto, tanto o estudante
quanto o executivo do SENAI concordam em um ponto: é possível construir
uma trilha de sucesso como técnico no setor petrolífero. “É possível,
sim, seguir carreira como técnico na área, mas para ganhar bem o
trabalho é duro, pesado, desgastante”, diz Lucas. “Existem excelentes
profissionais, com nível técnico de ensino médio, que ocupam posições de
relevância para a operação ou coordenação dos processos e que são muito
bem valorizados por isso”, diz Bastos.
Oferta
Devido ao aquecimento do setor, a profusão de cursos técnicos de
diversas áreas com foco na indústria de Petróleo é notória. Por isso, o
executivo do SENAI adverte que é o valor agregado e não o nome da
instituição que importa na escolha. “Basta identificar os recursos de
infraestrutura física e de pessoal envolvidos, bem como os investimentos
necessários para que um curso técnico de excelência seja
operacionalizado”, aconselha. (NN Petróleo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário