quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

EAS recebe nova encomenda

Atlântico Sul vai realizar serviços navais para a conversão e integração da plataforma P-62 da Petrobras

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) foi contratado pela CCI Construções Offshore S.A., empresa formada pela Camargo Corrêa e a Iesa, para executar serviços navais que culminarão na conversão e integração da plataforma P-62 da Petrobras. A CCI está investindo cerca de R$ 60 milhões em obras de melhoria e em novas instalações junto ao EAS para poder construir e montar a P-62, gerando aproximadamente mil novos empregos diretos e mais de quatro mil indiretos até 2013.

O petroleiro VLCC SUVA atracou em Suape no último domingo, dia 8. Quando a embarcação for convertida em plataforma, será uma unidade do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading), capaz de produzir, estocar e escoar petróleo. Sua capacidade será de 180 mil barris de petróleo por dia, podendo estocar 1,8 milhão de barris e comprimir até seis milhões de metros cúbicos de gás natural. Deverá ser instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ).

“A CCI está investindo cerca de R$ 60 milhões em obras de melhorias no local de construção e em novas instalações junto ao EAS para poder construir e montar a P-62. Grande parte do investimento está concentrada na construção de 90 metros adicionais de cais, instalações de áreas de produção, almoxarifados, escritórios e dragagem, entre outras ações”, disse a CCI Construções Offshore através de nota.

A CCI, que tem participação de 70% do Grupo Camargo Corrêa e 30% da Iesa Óleo e Gás, foi contratada pela Petrobras por US$ 540 milhões (cerca de R$ 964,44 milhões) para construção de módulos, complementação da conversão e integração do FPSO P-62.

De acordo com a nota divulgada ontem pela empresa, o prazo para finalização da conversão e da integração dos módulos é de aproximadamente 45 meses e a previsão é que a P-62 esteja apta para entrar em operação no segundo semestre de 2013. “O escopo da CCI considera um percentual de conteúdo nacional mínimo de 71%”, completa o texto. O EAS não quis se pronunciar sobre o assunto.

O EAS possui em carteira 22 navios encomendados pela Transpetro. O primeiro, o João Cândido, apresentou problemas e ainda passa por ajustes no dique. Segundo a empresa, a embarcação “está em fase final de acabamento, vistorias de construção e comissionamento para ser entregue à Transpetro”. Ainda não há, contudo, prazo definido para a entrega ao armador.

Também foram encomendados ao EAS sete navios-sonda da Sete BR (que serão arrendados à Petrobras) e o casco da plataforma P-55, entregue em dezembro. O lower hull foi rebocado até o Estaleiro Rio Grande (RS), onde será integrado à estrutura superior (deck box). A plataforma do tipo semisubmersível (FPU) também será instalada no Campo de Roncador e terá capacidade para produzir 180 mil barris diários de petróleo leve, com pico previsto para 2013. No total, a carteira de encomendas do EAS soma US$ 8,1 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões).

MICHELINE BATISTA  \ Diário de Pernambuco

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