segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Refinaria terá que reforçar mão de obra


Estimativa da Petrobras é que sejam necessários 35 mil trabalhadores para acelerar obra. Previsão inicial era de 28 mil pessoas na construção, no período de pico
 
A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), que está sendo erguida no Complexo de Suape, deverá ter 35 mil funcionários no pico da construção, que começa a partir deste mês. A estimativa inicial era que esse número ficasse em 28 mil funcionários, mas a necessidade de acelerar o cronograma puxou a previsão para cima.
 
Ontem, durante palestra no Simpósio sobre o Novo Marco Regulatório da Indústria Petrolífera Nacional, realizado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o diretor corporativo da Rnest, João Batista Aquino, adiantou que a construção do empreendimento já conta atualmente com 30 mil trabalhadores.
 
Aquino explica que o aumento na contratação de mão de obra não vai elevar o valor da obra, orçada atualmente em R$ 26 bilhões. O valor inicial da refinaria era de US$ 4,05 bilhões. A estimativa de trabalhadores na obra é uma estratégia das empreiteiras. Se em alguns momentos elas atrasaram parte da obra, como nos meses de chuva, por exemplo, agora vão tentar recuperar esse tempo mobilizando mais funcionários. Como o contrato com a Petrobras já está assinado, não tem alteração para a estatal, destaca.

O executivo reforça, ainda, que a refinaria vai entrar numa fase de contratação de profissionais mais especializados, porque está acelerando a etapa de montagem. Até o próximo mês, a previsão é de que 40% da obra esteja concluída. As unidades mais adiantadas são casa de força, tanques (de água, petróleo e produtos) e a estação de tratamento dágua.

Aquino revela que a Petrobras já aportou R$ 8,5 bilhões na obra da Rnest. O desembolso médio é de 600 milhões por mês, calcula. Por enquanto, a estatal venezuelana PDVSA não aportou nenhum recurso na refinaria. Desde a semana passada, Petrobras e PDVSA dão informações diferentes sobre a participação venezuelana no empreendimento, que seria bancar 40% do empréstimo captado pela Petrobras junto ao BNDES. Na última quinta-feira, a estatal venezuelana encaminhou nota à imprensa afirmando que havia entregue as garantias ao BNDES.

João Aquino lembra que se for confirmada a participação da PDVSA na Abreu e Lima, será necessário aumentar o valor do projeto em R$ 400 milhões para construir uma unidade de tratamento de enxofre para o petróleo venezuelano.

Jornal do Commercio

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