O novo presidente da Magnetti Marelli para o Mercosul, Edison Lino Duarte, afirmou nesta quinta-feira que a companhia terá ao menos três unidades fabris em Pernambuco para atender a demanda da nova fábrica do Grupo Fiat na cidade de Goiana, a ser inaugurada em meados de 2014.
Segundo Duarte, a unidade de plásticos para tanques e peças menores e a fábrica de suspensão devem ficar no mesmo complexo industrial do Grupo Fiat, companhia da qual é subsidiária. “Já a unidade de escapamentos também será em Pernambuco, mas deve ficar fora do complexo porque atenderá unidades da Ford, em Camaçari (BA), e da JAC (que será construída também na cidade baiana)”, explicou Duarte. Ele não soube estimar os investimentos previstos. “Os investimentos estão fora dos previstos pela Fiat e, quanto aos valores, estamos nos finalmentes”, brincou o executivo.
Em 2013, os investimentos da companhia no Brasil serão de R$ 200 milhões, com R$ 110 milhões em pesquisas e desenvolvimento e o restante em máquinas industriais. Duarte informou ainda que a companhia prepara a introdução de uma nova geração de sistemas de injeção direta de combustível de gasolina e etanol no País.
Competitividade
O novo presidente da Magnetti Marelli no Mercosul criticou a falta de competitividade do mercado brasileiro, por conta do câmbio ainda valorizado e dos preços do aço 30% maiores que os do mercado internacional. Isso obrigou a companhia a transferir, desde 2012, linhas de produção do Brasil de amortecedores para montadoras.
As peças exportadas para os Estados Unidos serão produzidas lá e as exportadas do Brasil para a Europa foram para a linha de produção na Índia. “Não tivemos corte de funcionários porque o volume de produção ainda é sustentado pelos clientes novos, como Honda e Mitsubishi, e pelas peças de reposição que ainda são exportadas”, explicou Duarte. Ele avalia que o faturamento de R$ 2,7 bilhões de 2012 deve se manter estável em 2013.
Estadão Conteúdo
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