segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Indústria precisará de 7,2 milhões de técnicos até 2015


Supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas são algumas das vagas previstas (Foto: Reprodução Internet)
O Brasil terá que formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuar em profissões industriais até 2015. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações, que vão desde trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros até supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas. Os dados são da pesquisa inédita Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e que tem como objetivo subsidiar o planejamento de formação profissional da instituição.
Do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria. “Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”, afirma o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi.
As ocupações em áreas de média qualificação com maior demanda
OcupaçõesDemanda acumulada 2012-2015
Trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) (setor de alimentos)174.586
Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário88.600
Preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil81.817
Mecânicos de manutenção de máquinas industriais63.427
Mecânicos de manutenção de veículos automotores62.866
As regiões Sudeste e Sul são as que concentram as maiores necessidades de profissionais capacitados nas áreas técnicas. Na região Sudeste, a necessidade para o período de 2012 a 2015 será de 4,13 milhões de trabalhadores técnicos, ou 57,6% de toda a demanda nacional. O Sul demandará 1,5 milhão (20,9%) de trabalhadores capacitados tecnicamente. Em terceiro lugar, aparece o Nordeste, com 854,5 mil (11,9%), o Centro-Oeste, com 383,5 mil (5,5%), e o Norte, com 294,8 mil (4,1%).
Ainda segundo o Mapa do Trabalho Industrial, a demanda por profissionais de nível técnico para os próximos três anos é 24% maior que a registrada para o período de 2008 para 2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões.
Setores
Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos. Conforme o Mapa, serão necessários 174,6 mil trabalhadores para a indústria de alimentos (cozinheiros industriais) entre 2012 e 2015 em todo o Brasil. No mesmo período, o país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil.

As ocupações em áreas técnicas com maior demanda
OcupaçõesDemanda acumulada
2012-2015
Técnicos de controle de produção88.766
Técnicos em eletrônica39.919
Técnicos em eletricidade e eletrotécnica27.972
Técnicos de desenvolvimento de sistemas e aplicações25.204
Técnicos em operação e monitoração de computadores21.677
Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking com demanda de 88.766 profissionais. Atrás, vem a de técnicos em eletrônica com 39.919 e a de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.
A análise da demanda mostra ainda que os profissionais das ocupações operacionais precisam ser polivalentes, com capacidade para desempenhar várias funções. Vem aumentando também a importância de características como visão sistêmica do fluxo produtivo e capacidade de gerenciamento.
Apesar de não figurarem no topo da lista da demanda, algumas profissões têm ganhado espaço no mercado de trabalho industrial. Entre elas estão agentes de meio ambiente, pela utilização de tecnologias mais limpas e preocupação com a conservação dos recursos naturais, e os trabalhadores do campo da logística, desde os operadores até os técnicos.

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