A unidade terá capacidade para produzir 65 mil toneladas anuais de painéis enrijecidos com até 18 metros de comprimento.
O produto, segundo a empresa, permite que a Usiminas Mecânica amplie o portfólio de itens para a indústria naval.“A nova planta atenderá à crescente demanda do mercado naval, impulsionado pelas obras do pré-sal. A previsão é que a unidade entre em funcionamento no final de 2012″, diz a empresa em nota.
De acordo com Guilherme Muylaert, diretor-executivo da Usiminas Mecânica, a instalação no Suape é logisticamente uma vantagem competitiva para aproveitar a exigência de 65% de conteúdo nacional nas embarcações petrolíferas para exploração do pré-sal.
“A Usiminas Mecânica está ampliando sua participação no mercado naval, oferecendo ao mercado um produto de alta qualidade e com vantagens logísticas”, afirma Muylaert.
Estratégia no pré-sal
A ida da Usiminas Mecânica para o entorno do Estaleiro Atlântico Sul, em construção no Suape, tem como objetivo agregar valor às chapas grossas produzidas na usina de Cubatão (SP).
Com isso, a empresa pretende garantir o escoamento de chapas produzidas com a tecnologia CLC (resfriamento acelerado), trazida do Japão após aporte de R$ 1 bilhão, utilizada para fazer aço especial para unidades navais e plataformas de petróleo.
Segundo o presidente da Usiminas, Wilson Brumer, foco comercial da empresa não é vender apenas chapas brutas, mas os grandes blocos acabados, feitos com elas e usados pelos estaleiros para compor o corpo de embarcações.
“Ao invés de vender apenas chapas, vamos vender o painel de aço já pronto”, disse em entrevista ao Brasil Econômico na última semana.
Nivaldo Souza / Brasil Econômico
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