terça-feira, 30 de junho de 2015

Indústrias vão investir R$ 97 milhões em Pernambuco

Foram aprovados 23 projetos de indústrias, 10 importadoras e três centrais de distribuição. Todos terão descontos no pagamento do ICMS




O Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) aprovou 36 projetos, incluindo 23 indústrias, dez importadoras e três centrais de distribuição. Os projetos industriais investirão R$ 97,1 milhões em 11 projetos de ampliação (com novas linhas fabris) e nove de implantação de empreendimentos. Os projetos vão gerar 838 postos de trabalho, dos quais 556 ficarão no interior e 282 na Região Metropolitana do Recife. Geralmente, o governo do Estado anunciava um grande investimento nas reuniões do Condic, o que não ocorreu este ano devido à crise econômica, que está provocando um freio nos novos investimentos.




Entre os projetos anunciados, o maior é a primeira ampliação da fábrica da Arno, que demandará um investimento de R$ 23,6 milhões na implantação de uma nova linha de produção de ventiladores e liquidificadores. A unidade pernambucana do grupo foi anunciada em maio, com um investimento inicial de R$ 25 milhões para fabricar ventiladores e máquinas de lavar. A previsão é que a unidade funcione em agosto próximo em Jaboatão dos Guararapes. No gráfico acima, estão os 10 maiores projetos industriais aprovados ontem, listados pelo valor do investimento. Preveem a produção cerveja artesanal, pallets, produtos químicos, colchões, parafusos, produtos de limpeza, acessórios para veículos, medicamentos, entre outras coisas.

“É muito importante ter ampliações, porque elas são confirmações de que as empresas fizeram a escolha certa do lugar para investir. Nos anima esse investimento de quase R$ 100 milhões. No primeiro trimestre deste ano, perdemos mais de 50 mil empregos. A nossa expectativa é de que depois de atravessar esse momento de crise, venha uma fase de empregos mais perenes e apareçam mais empreendimentos, que sinalizem a retomada do crescimento”, resume o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões.
Já as importadoras aprovadas pelo Condic vão comprar de azeite de oliva a produtos químicos (como polímeros, ácidos, entre outros), equipamentos para uso industrial, entre outros. Elas devem movimentar, anualmente, cerca de R$ 174,7 milhões na aquisição de mercadorias que vão trazer mais cargas para os portos do Estado.
Ainda na reunião do Condic, o engenheiro Aurélio Nogueira, que representa a indústria no conselho, entregou a Thiago Norões um pedido para que as empresas beneficiadas pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) em 1999 não fiquem sem o desconto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a partir de 2016. Pela lei do programa, os incentivos podem ser concedidos por 16 anos. O Prodepe dá um desconto de até 75% do ICMS para as empresas instaladas na RMR.
“As empresas que foram enquadradas em 1999 podem perder um desconto de 47,5% do ICMS a pagar em 2016. Isso vai causar uma distorção com as companhias que fazem parte do programa”, conta o presidente da Sociedade Pernambucana de Planejamento Empresarial, Márcio Borba. Com relação ao assunto, Norões afirma que a intenção do governo é dar um tratamento isonômico às empresas, mas que ainda não há uma definição de como isso será feito.
CONDIC-ARTE_web

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Gerador eólico sem pás de hélice é projetado para reduzir impacto visual e auditivo

O novo gerador sem lâminas foi criado para produzir eletricidade sem partes rotativas, em um espaço muito pequeno e com apenas um sussurro de ruído.



Ela lembra um junco gigante que balança com o vento, mas se trata de um protótipo de gerador eólico sem pás de hélice da empresa Vortex, que produz energia elétrica com pouquíssimas partes móveis, deixando uma pegada ecológica minúscula e em quase absoluto silêncio.
Projetada para reduzir os impactos visuais e sonoros dos geradores tradicionais com hélice, o conceito utiliza a energia dos vórtices do vento.
Muitos opositores das turbinas a hélice se preocupam com o risco que elas oferecem para aves e outros animais voadores, bem como com sua operação ruidosa e, especialmente nos casos de geradores comerciais, com o enorme tamanho das instalações. Tratando-se ou não de desculpas para aqueles que preferem permanecer com as tecnologias antigas e comprovadas de geração de energia elétrica, as turbinas eólicas convencionais têm esses efeitos colaterais que tendem a frear a sua aceitação e uso.
São esses fatores que fazem com que os criadores acreditem na vantagem da tecnologia que desenvolveram. A unidade é relativamente compacta e utiliza a oscilação de um mastro em reação aos vórtices de ar gerados pelo vento para movimentar uma série de elementos magnéticos posicionados próximos à base da estrutura, gerando eletricidade.
Apesar de não ser tão eficiente quanto às turbinas a hélice de alta velocidade, este fato é compensado pela menor quantidade de partes móveis do gerador que, de acordo com os criadores, é até 80% mais econômico na manutenção. Associado ao fato de, supostamente, ser 50% mais barata para fabricar e apresentar uma redução de 40% na pegada ecológica, em comparação às turbinas convencionais.
Há diversos outros conceitos alternativos para geradores eólicos, como a turbina “Solar Aero” e o “Saphonian”, este contando com um sistema de pistões hidráulicos.
A Vortex, por sua vez, se propõe a utilizar o movimento oscilatório do vento e não diretamente a sua “força”. O sistema explora o padrão repetitivo e alternado de vórtices que é gerado pelo escoamento do fluido (no caso, o ar) ao redor de um objeto sólido, conhecido como efeito de Von Karman.   
Isso quer dizer que, em conjunto, unidades Vortex podem ser posicionadas mais próximas umas das outras do que no caso de geradores a hélice, visto que distúrbios no escoamento se tornam muito menos críticos. Devido a isso, a geração de energia por área de um destes conjuntos de Vortex também deve ser maior que o de um conjunto de turbinas convencionais.
O primeiro modelo comercial será chamado Mini: uma unidade focada em aplicação residencial e para comércio de pequena escala, com 12,5m, para geração de 4kW.  Um modelo maior, chamado Gran, está em desenvolvimento e deve ser capaz de gerar até 1MW, dedicado à aplicação industrial e para companhias de eletricidade.
Para consolidar a produção, a equipe da Vortex lançou uma campanha de financiamento coletivo.
*Tradução livre CIMM,