segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Governador anuncia instalação de estaleiro e primeira fábrica da FIAT na PARAÍBA

O governador Ricardo Coutinho anunciou, na tarde desta quinta-feira (12), um dos maiores investimentos privados da história da Paraíba. Trata-se da construção do maior estaleiro de reparos de navios da América do Sul pelo grupo americano McQuilling Services LLC, no município de Lucena, Litoral Norte do estado. Além desta, também será instalada na Paraíba a primeira indústria da cadeia produtiva da Fiat na Paraíba, a GME Brasil. Juntas, ela irão investir quase R$ 2 bilhões e gerar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos. As duas empresas assinaram protocolos de intenção com o Governo do Estado, em solenidade realizada no Palácio da Redenção.
O investimento previsto para a construção da Empresa de Docagens Pedra do Ingá (EDPI) em Lucena é de R$ 1,9 bilhão, a qual deverá gerar 1.500 empregos diretos e outros 4.500 postos de trabalho indiretos. Já a GME Brasil vai se instalar em Caaporã, com aporte financeiro de R$ 6 milhões. Os empreendimentos incentivados pelo Governo do Estado colocam a Paraíba como protagonista nos segmentos naval e automotivo.
“É uma nova realidade que surge para Lucena, estagnada depois da proibição da pesca da baleia, e toda Paraíba. E agora temos o maior investimento que este estado já viu naquela região. Vamos mudando a cada dia o perfil da Paraíba, com este investimento de projeção internacional. E outros mais que verificam na Paraíba um ambiente preparado para estimular a iniciativa privada, o desenvolvimento econômico e social”, pontuou o governador Ricardo Coutinho, comentando sobre o marco histórico que as empresas representam na economia paraibana.
Com estes recursos, os investimentos privados na Paraíba nos últimos 3 anos totalizam R$ 4,4 bilhões. “Estes números são o fruto do esforço de toda equipe na estruturação da Paraíba e captação de investimentos. Com uma política ofensiva para compensar o tempo que o Estado passou no atraso, garantindo a competitividade regional e nacional. E queremos mais, estamos abrindo parques industriais e construindo condições para o estado, as empresas e a população ganhar”, destacou Ricardo Coutinho.
Estiveram presentes à solenidade, o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira; o secretário de Estado da Receita, Marialvo Laureano; o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano; a presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba, Tatiana Domiciano; além do deputado estadual Mikika Leitão.
O prefeito de Lucena, Marcelo Sales, participou da assinatura de protocolos e destacou a mudança que será provocada na economia do município. “Nossa cidade a partir de hoje é outra. Lucena era muito carente de emprego e renda. A proibição da pesca da baleia desempregou mil famílias. Agora, a solução que o governador disse que encontraria, chegou. Todos estão de parabéns e agora é a redenção da nossa cidade”, comemorou.
Referência mundial – A Empresa de Docagens Pedra do Ingá construirá no distrito de Costinha, em Lucena, um estaleiro de reparo de grande porte. Será o maior estaleiro de reparos e docagens de navios do hemisfério Sul, e comparável às maiores instalações do gênero no mundo, com previsão para iniciar suas operações em 2017.
De acordo com o secretário executivo de Indústria e Comércio, Marcos Procópio, o empreendimento é o de maior projeção na Paraíba, pelo aspecto do valor de investimento (R$1,9 bilhão) e pelo surgimento de uma nova matriz de desenvolvimento. “É um projeto de valores e localização que colocam a Paraíba como referência para as embarcações que transitam pelo Atlântico e precisam, a cada 5 anos fazer revisões e reparos”, comentou o secretário.
Representante do grupo de investidores McQuilling Services LLC, Celso Souza, destacou que as primeiras operações do estaleiro deverão começar em aproximadamente dois anos. “Estaremos desde já iniciando o projeto para instalação, cuidando de todos critérios estruturantes e ambientais para termos pleno sucesso no empreendimento. Para chegarmos à funcionalidade plena, levaremos 36 meses, gerando emprego para os paraibanos desde a construção até o funcionamento do estaleiro”, detalhou. O nome Empresa de Docagens Pedra do Ingá foi escolhido, segundo Celso, para homenagear o estado diante da hospitalidade recebida desde as primeiras tratativas com o governo local.
A outra indústria anunciada na tarde desta quinta-feira foi a EFG – Automação e Robotização de Linhas de Montagem, pertencente ao Grupo GME Brasil. O projeto da multinacional automotiva terá investimentos de R$ 6 milhões, e a previsão inicial é de gerar 120 empregos diretos. A empresa será construída em Caaporã, e seu objetivo é atender a demanda das três novas linhas de produtos que serão desenvolvidas na planta de Goiana, no vizinho estado de Pernambuco.
De acordo com o diretor comercial do Grupo GME, Geraldo Lima, a empresa projeta e constrói as máquinas que fazem a montagem dos veículos, bem como os robôs e os programas que são usados no processo. Na Paraíba, a unidade será responsável por desenvolver os equipamentos utilizados pela Fiat, que está sendo construída em Goiana, Pernambuco. O projeto é o primeiro da cadeia produtiva da montadora a instalar-se no Estado.
“Verificamos que a região de Goiana estava já saturada de empreendimentos e a Paraíba mostrou-nos ótimas condições de investimentos. E não tivemos dúvidas na escolha do Estado. Já temos 30 jovens paraibanos recebendo treinamentos em nossa sede, no Paraná. E queremos já nas primeiras quinzenas do próximo ano iniciar os trabalhos em Caaporã”, detalhou.
Para a presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, a região de Goiana, do lado pernambucano, e Caaporã, na Paraíba, é de interesse comum entre os dois estados e ambos só têm a ganhar com a vinda das empresas. “Vivemos um momento positivo para o Litoral Sul da Paraíba. Tanto com os empreendimentos focado em nosso estado, como o Polo Cimenteiro, que nos fará o segundo maior produtor do país. Assim como a Fiat em Pernambuco, permite que empresas complementares venham para nosso estado, além de gerar emprego e renda para os paraibanos nos dois lados da divisa”, comentou a presidente.
Redação com Assessoria

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

EAS quer estar em patamar técnico para competição internacional

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Otoniel Reis critica falta de mão-de-obra técnica
Pernambuco – Considerado o maior do nosso hemisfério, o Estaleiro Atlântico Sul(EAS), localizado em Suape, Pernambuco, tem uma missão: não só a de construir qualquer tipo de embarcação, como também desenvolver uma região, gerando emprego e renda. Em seis anos de operação, a unidade fabril ainda é considerado uma “criança” e tem em carteira cerca de US$ 7 bilhões referentes a 27 encomendas entre navios e sondas, conforme disse o presidente do EAS, Otoniel Reis.
“O EAS ainda é uma criança. Requer tempo, pois temos uma curva de aprendizado, de formação de mão-de-obra especializada. O investimento inicial na região de Suape foi de cerca de R$ 2,1 bilhões só em infra-estrutura. E estamos projetando mais R$ 700 mil para os próximos três anos. Com isso, vamos ficar num patamar técnico para ficar competitivo com o mercado internacional”, disse, explicando que o estaleiro é de quarta geração.
O EAS, segundo ele, trabalha com dois guindastes (apelidado de Golias), cada qual com capacidade para erguer 1.500 toneladas. Os dois operam sincronizados, podendo erguer até 2,8 toneladas. Com isso, o estaleiro pode produzir blocos maiores. Como exemplo, disse que, em um navio, normalmente na fase anterior, se fazia com 200 blocos. O EAS faz com 20 megablocos, gerando um ganho de produtividade.
Com capacidade instalada para processar 100 mil toneladas /ano, o EAS pode construir, se considerar uma embarcação de médio porte, do tipo Aframax (20 mil toneladas), cinco navios/ano. Segundo ele, essa é a meta que o estaleiro pretende alcançar o mais rápido possível.
“Isso é um programa que nós temos. Neste ano, estamos entregando duas embarcações. Para 2014, também vamos entregar mais dois navios. Além disso, estamos trabalhando simultaneamente essa fase de preparação para atingir a nossa meta. Trabalhamos em cinco navios em paralelo já nessa fase”.
explicou que a história do EAS começou com uma grande ambição. Porém o grande marco, de acordo com ele, foi a construção do casco da plataforma de produção de petróleo P-55. “Ficamos orgulhosos. Agora, recentemente, foi lançado ao mar a parte do casco em direção ao Estado do Rio Grande do Sul em que foi colocado o ‘top side’. Essa plataforma já está operando na Bacia de Campos. Temos orgulho de participado da parte naval dessa plataforma, a maior do mundo (25 mil toneladas)”.
Quanto ao navio “Dragão do Mar”, o executivo do EAS frisou que a embarcação saiu para prova de mar no último dia 4. Com isso, afirmou que serão três navios entregues e o casco da P-55. “O navio saiu para prova de mar e volta. Vamos entregar ele ainda neste ano, no aniversário do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, no próximo dia 18. Queremos dar esse presente a ele”, disse, acrescentando que o EAS, agora, está com a P-62, plataforma de produção de petróleo. É um contrato que o estaleiro tem de apoio.
“Nós participamos da construção de vários módulos. Damos apoio em tudo que essa unidade precisar. Toda edificação dos módulos construídos fora. Nós docamos em nosso dique com nossos guindastes e fazemos a montagem dos equipamentos”.
Em entrevista exclusiva ao MONITOR MERCANTIL, o presidente do EAS fala de vários outros temas como, por exemplo, o atraso na construção, troca de parceiro tecnológico, desafios, desenvolvimento da região, capacitação profissional, construção de embarcação militares, entre outros temas.
MONITOR MERCANTIL – Qual foi o motivo que gerou o atraso na construção dos navios?
Otoniel Reis – Foi no início. As obras de construção civil ao mesmo tempo em que se estava fazendo o início da montagem dos navios. Isso é um processo que, se você puder evitar, se tem que evitar. Porque se tinha obra de construção civil misturada com obras industriais. Esse foi o primeiro motivo.
MM – Quais foram os outros motivos?
OR – O segundo, foi à questão da falta de cultura da indústria naval em que se trabalha com desenhos de uma sofisticação razoável. E a mão-de-obra é quase toda da região. Hoje temos79% de funcionários da região. Não temos nada contra as pessoas do campo, muito pelo contrário, mas eles precisavam de um tempo. E um profissional, de acordo com os acadêmicos, para se formar numa função técnica demora cinco anos. Se você pegar um eletricista, ele faz um curso no Senai, um curso na nossa escola, ele não sai eletricista. Sai uma pessoa capaz de ser aprendiz de eletricista. Essa fator, juntando com o fator de ter vindo para Pernambuco que não tinha estrutura naval já instalada, e a população e a população daqui nunca tinha trabalhado nesse tipo de indústria. O terceiro motivo do atraso foi que os projetos eram escrito em coreano. Nós tínhamos que pegar o projeto e quebrar para que o brasileiro pudesse entender. Então, somando isso tudo e colocando num liquidificador e bate. Há um negócio chamado curva de aprendizado. Com relação a isso, nós podemos explicar a nossa ansiedade e, ao mesmo tempo, entender como um fracasso, mas não. Foi o tempo necessário. O estaleiro agora está maduro e não comete os mesmo erros.
MM – E a suspensão da carteira pela Transpetro?
OR – A carteira foi suspensa em função, principalmente, desse choque que houve. Nós tínhamos uma expectativa muito grande sobre aquilo que poderia dar o resultado que você esperava. A recuperação da carteira é a recuperação da confiança. A carteira voltou e, com isso, nos dá mais estímulo. Nós entramos nesse processo de melhoria contínua. Nós temos uma meta, um compromisso com a Transpetro, de entregar essa encomenda de 22 navios até o final de 2019.
MM – Como foi a troca de parceiro tecnológico?
OR – O projeto foi vendido para o estaleiro. Era um projeto de primeira linha, da Sumsung, que é uma empresa que faz isso há muito tempo. A questão era ideológica. Uma questão de definição, se eles realmente queriam vir para o Brasil ou não. A princípio, nós acreditávamos que eles tinham esse interesse. Depois, no cotidiano, nós fomos percebendo que eles tinham um problema na Coréia de oferecer emprego lá. E na medida em que estava em jogo de levar as encomendas para lá do que vir para cá. Isso nós percebemos claramente que eles, por um momento, queriam levar todas as encomendas para lá. Isso contraria o programa do governo. Então, a quebra com a Sumsung foi de se decidir que nós tínhamos que implantar a indústria aqui, gerar renda aqui e precisávamos de um parceiro que tivesse essa mesma visão.
MM – Fale sobre o novo parceiro tecnológico?
OR – Nós estamos agora com um parceiro que é uma empresa japonesa, através da IHI, que tinha no Brasil o estaleiro Ishibras. Essa volta coincide também com o desejo do governo japonês de procurar parceiro pelo mundo. Então casou. Eles estão querendo vir para cá e não levar as encomendas para o Japão porque lá não tem mão-de-obra para fazer esse tipo de atividade a mais. Essa era a oportunidade que eles estavam procurando. Quando as intenções são iguais é muito mais fácil de ser parceiro. A empresa IHI veio e se associou as outras empresas japonesas, a JMU (Japan Marine United), e a JGC. Eles compraram 25% do estaleiro. O restante ficou com a Camargo Corrêa e a Queiroz Galvão, cada uma com participação de 37,5%.
MM – E quanto à mão-de-obra especializada?
OR – Mão-de-obra especializada é uma demanda do Brasil e nós estamos sabendo disso. Sofremos muito porque da mesma forma que a mão-de-obra direta de mora cinco anos para se formar, a formação desses técnicos demora até mais para que essa pessoa possa ser um gestor. Nós temos carência de recursos humanos. Nós dizemos que estamos trabalhando e sendo pago para fazer gestão de falta de recursos humanos. Isto está acontecendo no Brasil. Os programas do governo (Prominp, Senai e outros) dão estímulo. O problema é tempo e estimular os jovens. Isso é fundamental. Então, diria que no Brasil hoje é preciso estudar, estudar e estudar.
MM – Então, os cursos não foram profissionais para assumir a função de imediato?
OR – Os cursos não são 100% porque são abrangentes. Aqui, no estaleiro, nós tomamos uma decisão e sabemos que acertamos. Montamos a nossa escola e conversamos com o Senai falando o seguinte: “nós só acreditamos no profissional que saiba”. Que ele saiba o que vai fazer depois que ele sair da escola. Hoje, no estaleiro, nós estamos dando um salto. Vou falar um caso real. O eletricista treinado no estaleiro, ele conhece o painel que ele vai ligar no navio. O soldador está vendo de perto o que está sendo soldado. Soldar aquilo que realmente precisa. Então, acredito que isso é o segundo passo da educação no Brasil, cursos profissionalizantes. Atualmente, ficou muito distante da necessidade da indústria. Temos que corrigir.
MM – E quanto ao cronograma de entregas?
OR – Nós temos hoje dois clientes que são linkados à própria Petrobras: a Transpetro e a Sete Brasil, que nomeou a Petrobras para ser a fiscal do projeto. No que se refere aos navios, temos essa carteira para ser entregue em 2019. E as sondas até 2018. Então, estamos trabalhando para atingir a nossa meta que é de cinco navios por ano. Daí começa a necessidade de procurarmos novos contratos. Nós não estávamos enxergando isso porque tínhamos muito problemas para resolver e nós não conseguimos pensar na parte comercial. A medida vai ser em 2014. Nós sabemos que vamos per formar e 2015 per formando, nós vamos precisar de carteira, pois o projeto demora a se desenvolver. E nós estamos terminando em 2019. Isso significa que em 2015 e 2016 temos que colocar novas encomendas para perpetuar essa indústria.
MM – Como o EAS vê o pré-sal?
OR – Nós fizemos, recentemente, uma reunião para falar do futuro do estaleiro. E disse o seguinte: a competência de hoje garante o nosso futuro. O trabalho de hoje, se nós mostrarmos essa competência, os contratos virão porque mercado existe.
MM – Qual a importância do EAS para a região de Suape?
OR – O estaleiro gera 6 mil empregos diretos. E sabemos que indiretamente têm conosco cerca de 25 mil pessoas. É praticamente uma cidade. Nós vemos que é gratificante, na medida em que temos vários programas de integração do EAS com a sociedade. Um deles, que é muito interessante, foi à criação de uma cooperativa de produtores rurais. Nós compramos tudo que é produzido na região. Temos apoio da Embrapa, desses órgãos de apoio nessa área de alimentação. E hoje 30% do que comemos no estaleiro é produzido na região. São 100 famílias que tinham renda zero e, agora, o que elas produzirem de tomate, alface e o que se pode imaginar e fazemos uma feira. Também temos outra cooperativa de costureiras. São 70 costureiras que trabalham para o EAS. Nós temos um projeto que fazemos também junto às prefeituras. Se somar tudo isso, dá um ganho muito grande para a população.
MM – Então, com a vinda do EAS para Suape aumentou a renda per capita?
OR – Essa região tem cerca de 100 empresas sendo instaladas. Na realidade, são empresas que vieram tanto para Renest Petroquímica, como empresas que estão vindo espontaneamente para atender a própria demanda das empresas que já estão instaladas. Então, há aqui um boom e acredito que hoje a região cresça a velocidade da China. A região de Suape tem um crescimento diferenciado do Brasil. O desenvolvimento será notável.
MM – O EAS tem tido problemas em comprar aço?
OR – O aço, na fase dos navios sondas, nós compramos no Brasil, da Usiminas. O grande problema do aço no Brasil está ligado diretamente à demanda. A indústria naval como ficou muito tempo fora, você tem que conseguir alguns slots de aço na Usiminas. O preço internacional caiu e tem caído. E a Usiminas teve de baixar o preço. Também há um limite de fabricação. Então, no Brasil de hoje se tem concorrência. Eu diria o seguinte: o que interessa para o Brasil é que comprássemos todo o aço aqui. Mas, eventualmente, não se consegue. Tem o problema do prazo. E o mercado internacional te oferece aço em mesma condição. Até hoje, nós importamos 80 mil toneladas de aço E compramos no Brasil a mesma quantidade.
MM – E quanto ao conteúdo local?
OR – Nós trabalhamos, no caso da Transpetro, com índice de nacionalização. Em todos os contratos, tanto conteúdo local quanto índice de nacionalização vai um comentário: nós já retomamos essa indústria, colocando-a num patamar bastante alto. Como temos produtividade alta, o nosso índice é muito maior do que o previsto. Porque, se fôssemos competente no nível que imaginávamos, o conteúdo nacional e o índice de nacionalização estariam empatados. Mas a produtividade causada por nós mesmo, gastamos muitas horas para executar. Então o conteúdo nacional em termos, é bem superior do que está indicado.
MM – Quais são os desafios do EAS?
OR – Trabalhar duro para entregar o que tem que ser entregue agora. Depois, consolidar isso para que tenhamos uma indústria não só para nós, para que fique para os nossos filhos e netos dos trabalhadores que estão sendo treinados. O nosso grande desafio é manter. Sabemos que vamos chega lá. Mas manter é um processo de melhoria contínua de poder começar a vender o produto para estarem de frente com esse triângulo de ouro que está na nossa frente, que é a África. Tem demanda. É começar a vender não só para o Brasil mais também para o mercado internacional.
MM – O EAS pensa em construir navios para a cabotagem?
OR – Acho que, pelo tamanho do estaleiro, ele pode fazer. Olhando como país, de cima, o EAS vai ter uma capacidade de fazer isso, além de trabalhar para a defesa do país. Acredito que num futuro breve, nós, a cada dia, passamos a ser mais importante nessa região. É nossa intenção e o governo também tem interesse. O EAS tem capacidade para fazer isso.
MM – Foi importante para o EAS ter investido em infra-estrutura?
OR – Acho que este tipo de investimento em infra-estrutura no Brasil, tipo ao que foi feito no EAS, é o caminho certo para o país. Não podemos fazer a conta do que é mais barato comprar hoje. Se pegar um navio que é vendido na Coréia, China ou Japão, é mais barato do que estamos produzindo. E de face é verdade. Só que eles já gastaram esse dinheiro antes, já investiu em tecnologia, se desenvolveu e garante emprego para seu povo. Então, essa conta de face que é feita, por pessoas que não sabem o que estão falando. Entendemos muito bem. Essa indústria vai ficar barata, mas ela precisa gastar esse tempo de aprendizado. Não dá para comparar pois, se comparar, vai comprar lá fora e nós perdemos a oportunidade de melhorar o polo industrial brasileiro. Cinco anos é curtíssimo prazo. Cingapura levou de 15 a 20 anos. Na China, mais de 20 anos, e no Japão 15 anos. E nós estamos no meio do caminho. Não vamos cair nessa armadilha mais.

Vard Promar próximo da Entrega do primeiro Navio

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O estaleiro Vard Promar, que está sendo construído no Complexo Industrial Portuário de Suape, espera entregar em abril à Transpetro, subsidiária da Petrobras, oprimeiro navio construído em Pernambuco e o terceiro com a marca do estaleiro. Atualmente, a embarcação está na fase da construção estrutural. No local, estão trabalhando 700 funcionários. Apesar de ter iniciado as atividades industriais em junho, o Vard Promar deve ser inaugurado oficialmente neste mês, quando a presidente Dilma Rousseff deve visitar o estado.
Ao todo, o estaleiro Vard Promar possui um lote de oito encomendas realizadas pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O investimento total nessas embarcações é de R$ 920 milhões. Para evitar atrasos na entrega das encomendas, as construções foram iniciadas no antigo Estaleiro Caneco, no Rio de Janeiro, cujas áreas foram arrendadas pelo Vard Promar, e serão finalizadas em Pernambuco.
Ontem, a Transpetro e o Vard Promar lançaram ao mar o navio Oscar Niemeyer, primeiro gaseiro da série construído na filial fluminense. Assim como as demais embarcações que estão sendo construídas pelo estaleiro, o navio é do tipo gaseiro, ou seja, utilizado no transporte de gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha. Após os testes do mar, o navio virá para Pernambuco, onde a construção será finalizada.
O navio possui 117,63 metros de comprimento, 34 metros de altura, 19,2 metros de largura e capacidade para transportar sete mil metros cúbicos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). No segundo semestre de 2014 quando todas as operações forem centralizadas em Pernambuco, o empreendimento deve gerar 1500 empregos diretos.

Rochelli Dantas – Diario de Pernambuco

Embaixador da Espanha conhece terreno do Estaleiro em Coruripe - AL

Manoel de la Cámara esteve em Coruripe e tomou conhecimento do projeto
O embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara, esteve nesta terça-feira (3), no município de Coruripe, para conhecer o terreno onde está prevista a instalação do Estaleiro do Nordeste (Enor) – antigo Eisa Alagoas. Durante a visita, o embaixador tomou conhecimento da dimensão do projeto e acredita que o empreendimento valorizará ainda mais a economia alagoana.
Para Manuel, o mercado naval brasileiro tem crescido bastante, sendo um dos mais competitivos do mundo. “Este estaleiro vai aumentar a produção naval do Brasil. Sua operação vai contribuir para o desenvolvimento de Alagoas, além de movimentar o turismo na região, que é bastante rico em belezas naturais”, comenta.
Após a visita, o secretário Luiz Otavio Gomes recebeu o embaixador e explicou que, recentemente, o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou a autorização de R$ 2 bilhões para financiar o empreendimento, que vai gerar 10 milempregos diretos e outros 40 mil indiretos no município de Coruripe.
A Embaixada espanhola está em Maceió para conhecer os resultados do termo de cooperação firmado em 2007 por Brasil e Espanha, onde mais de R$ 20 milhões foram investidos no Estado, entre eles, a Depuradora de Ostras em Coruripe, que tem a capacidade de produzir mais de 10 mil ostras a cada dois dias.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vida de vendedor: filmes que inspiram...


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Todo profissional precisa de inspiração. E não é diferente com o profissional de vendas. Precisamos ser “auto motivados” e para isso podemos utilizar algumas ferramentas e uma delas são bons filmes que nos animam e inspiram a continuar fazendo nosso melhor profissionalmente e até na vida pessoal também. Hoje começo uma série sobre filmes que marcaram minha vida profissional, seja com ideias, seja com inspiração. Cada postagem falarei de um filme diferente e ficarei muito feliz em ouvir sugestões de filmes para comentar aqui. O primeiro de minha lista é “A procura da felicidade”(em Portugal “A busca da felicidade”).
O filme, de 2006 é baseado na história real de Chris Gardner, um vendedor que apostou tudo em aparelhos médicoscaros que ninguém queria comprar. Com o tempo passando e as vendas dos aparelhos não acontecendo, a situação financeira de sua família vai piorando cada vez mais, ao ponto de sua esposa decidir abandonar marido e filho e ir “tentar a vida” em outro lugar.
Agora sem casa e sem dinheiro, o que resta para Chris é fazer o que ele sabe fazer de melhor: mostrar seu talento e determinação nas vendas!
O objetivo deste artigo não é fazer uma crítica ao filme, mesmo porque quero muito que você assista ao filme (se é que já não assistiu). Que lições podemos aprender desse filme?
  1. Cuidado ao acreditar em “produtos milagrosos” ou em “métodos revolucionários”: o herói do filme, por acreditar num aparelho dito “revolucionário” (scanner de uso médico) investiu tudo o que tinha e perdeu tudo. Mesmo tendo talento em vendas, Chris não conseguiu ganhar dinheiro de verdade com aquele produto.
  2. Quer ter sucesso em algo? Pergunte a quem já o tem! Há uma cena no filme em que Chris vê um sujeito saindo de uma Ferrari. Em vez de sentir uma “inveja” sem sentido, ele vai atrás da pessoa e lhe diz: “Me desculpe, mas eu tenho duas perguntas pra você. O que você faz e como você faz?” Depois dessa curta entrevista, ele pode montar um planejamento que terminaria no êxito financeiro que esse empresário tem hoje.
  3. Leia bons livros! Se você perceber, Chris passa o filme lendo um certo livro de capa preta. Que livro era esse? Era  Security Analysis, escrito por Benjamin Graham, que foi professor de Warren Buffet uma das pessoas mais ricas da atualidade. De acordo com Warren, esse livro o ajudou muito em sua carreira. Esteja sempre atualizado com bons livros!
  4. Desenvolva seu método ao trabalhar: perceba que, quando Chris atendeu seus primeiros clientes ao telefone, ele não parecia tão seguro assim. Em cenas posteriores ele aparece não só com uma desenvoltura toda sofisticada mas fazendo um pós venda de excelente qualidade! O que aprendemos? Conheça seu “jeito de ser”, conheça técnicas de vendas, mas adapte-as à sua maneira de ser. Crie seu método, afinal ninguém gosta de ser atendido por “uma máquina”. Faça com que o que aprendeu tenha “a sua cara”.
  5. Tenha persistência: quantos “nãos” o Chris ouviu negativas? E não só de clientes, de empresas, da família (esposa), de oportunidades… Mas nunca se deixou abalar por nada disso, sempre seguiu em frente. Use o não como um incentivo, quase que como um desafio a fazer mais e melhor.
  6. Seja bom no que faz! Ah isso é muito importante! Há uma cena em que para impressionar um patrão em potencial que estava com problemas para resolver um “cubo mágico”, Chris decide que pode solucionar o quebra-cabeças rapidamente. Para o espanto do empresário, ele consegue mesmo! É preciso (novamente falo isso) estar bem preparado, atualizado. Nunca sabemos quando o conhecimento de certo assunto nos será exigido. Isso ajuda em tudo, inclusive em negociações. Conhecimento nunca é demais.  Curiosidade: Will Smith, que interpreta Chris no filme, consegue resolver um cubo mágico em menos de 1 minuto de verdade!
Se você tem sugestões de filmes que inspiram na área comercial ou mesmo em outras áreas profisisonais, comente, dê suas sugestões de filmes. Ficarei muito feliz e vou mencionar você aqui no blog.
Um grande abraço e boas vendas!
 
Adaptado!!
Daniel Torquato